O português de garrafão e beata no canto da boca diz que está sujo

Este fim-de-semana, no sítio do costume, a paisagem era bem diferente dos anos anteriores.
Todos os anos, o destino de eleição acaba por ser a praia do Barranco das Canas vulgus Praia do Alemão, mesmo ao lado da praia do Vau no Algarve, concelho de Portimão (veja aqui).
Ainda antes de chegar ao areal já se ouviam os veraneantes a falar: “isto este ano está tudo sujo!!”.
A paisagem lá em baixo era “assustadora”. O areal estava coberto de algas e só uns 10 a 20 metros depois de se entrar na água é que esta ganhava a sua cor natural. Ainda assim, não me parece que estivesse tudo sujo. Será que o conceito de “sujo” é igual para todos nós? Duvido! Será que alguém pensou naquilo que suja todos os anos, nas praias deste país?
Muito provavelmente quem a adjectivava daquela forma acha normal enterrar as beatas na areia e levar o melhor amigo do homem a defectar onde todos nós estendemos a toalha.

“(…) as praias de Alvor, Barranco das Canas [entenda-se praia do Alemão], Carianos, Três Castelos, Três Irmãos (Alvor Nascente) e do Vau foram distinguidas pela Quercus com a Bandeira Dourada, devido à boa qualidade da água.”
in Portimão em directo, n.º 9, Julho de 2007

 

Até há pouco tempo, e a propósito deste post, o sítio Viv’a Praia era um óptimo local de passagem para que pudessemos, entre outras coisas, ir acompanhando a qualidade da água balnear deste país. Infelizmente, o registo daquele domínio expirou em Junho deste ano e corre-se o risco de o ver ir por água abaixo.
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