A Saúde Ambiental na Saúde Pública

É no segundo semestre do 3.º ano do Curso de Saúde Ambiental que tem lugar o Estágio de Aprendizagem II.

Nós por cá, no Serviço de Saúde Pública do Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria (concelho de Vila Franca de Xira), desde há alguns anos, temos recebido estagiários da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, depois de no fim da século passado também por aqui terem passado alunos do Instituto Superior de Educação e Ciências.

Regra geral, ainda antes do “arregaçar de mangas”, passamos um ou dois dias em sala, com os estagiários, onde fazemos um enquadramento teórico daquilo que é a Saúde Pública, a sua evolução histórica (em Portugal), dando enfoque ao papel fundamental que os Drs. Arnaldo Sampaio e Gonçalves Ferreira tiveram naquilo que hoje conhecemos como sendo a Saúde Pública ao nível dos Cuidados de Saúde Primários e apresentando um modelo esquemático da estrutura organizacional dos serviços (até à reestruturação dos serviços – este ano teremos que reformular a apresentação).

Faz-se referência às atribuições dos Serviços de Saúde Pública de âmbito local e caracteriza-se o Centro de Saúde e a sua área geográfica de intervenção (freguesias de Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria e Vialonga). É feita uma abordagem daquelas que são (ainda) as competências da Autoridade de Saúde e termina-se aludindo a algumas actividades desenvolvidas, reforçando o papel do Técnico de Saúde Ambiental nos serviços.

Depois… bem, depois metemo-nos ao caminho para que os estagiários possam conhecer, efectivamente, aquele que será o seu “campo de batalha”.
Visitamos as três freguesias, percorrendo caminhos, muitos deles que jamais serão trilhados no decurso do estágio, mas que lhes permite terem a percepção do manancial de oportunidades que terão, para desenvolver um estágio de qualidade (marketing puro e duro).

Esta é uma metodologia inicial de trabalho, utilizada também no internato geral de medicina (ano comum), que não é diferente, melhor ou pior. É a nossa e tem dado frutos.

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Fotografia: uma das vistas possiveis na freguesia de Vialonga.

Controlo de Qualidade nos Estabelecimentos Termais

Vai realizar-se no próximo dia 5 de Dezembro, em Lisboa, um Seminário/Workshop subordinado ao tema “Controlo de Qualidade nos Estabelecimentos Termais”, promovido pela Associação das Termas de Portugal e a Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Irão ser abordados alguns temas, tais como: (i) Doença dos Legionários (biologia da bactéria e as principais medidas de prevenção face aos equipamentos existentes no meio termal); (ii) aspectos construtivos e arquitecturais dos projectos termais face à funcionalidade destas unidades prestadoras de cuidados de saúde; (iii) aspectos importantes do ponto de vista técnico a ter em linha de atenção na elaboração dos projectos de especialidades; (iv) a importância dos planos de controlo da qualidade da água termal nestes estabelecimentos; (v) metodologias práticas para a inspecção dos estabelecimentos termais pelas autoridades competentes; (vi) a importância do papel do médico hidrologista no âmbito da actividade termal e na atribuição das valências termais, salientando-se os estudos médico – hidrológicos; (vii) a importância dos estudos hidrogeológicos na caracterização do aquífero e na definição das águas minerais naturais e respectiva atribuição do título.
Serão igualmente apresentados e debatidos dois documentos, nomeadamente: uma proposta de Portaria Regulamentar no âmbito do Decreto-Lei nº142/2004 de 11 de Junho (Lei dos Estabelecimentos Termais); e um projecto de ficha de orientação para as Vistorias Oficiais, que já está a ser adoptada experimentalmente pela DGS e que divulgaremos oportunamente.
Apresentam-se como objectivos do evento:
  1. Aprofundar conhecimentos;
  2. Promover reforço de articulação entre todos os actores do sistema;
  3. Uniformizar procedimentos ao nível de actuação dos Concessionários, Autoridades de Saúde, Laboratórios e demais entidades envolvidas nos processos de fiscalização da actividade dos Estabelecimentos Termais;
  4. Uniformizar a realidade portuguesa à realidade dos principais países europeus deste sector;
  5. Tornar o Programa de Controlo de Qualidade anual mais eficaz e focalizado de acordo com as necessidades e capacidade de resposta de todas as partes envolvidas bem como do grau de risco associado à actividade.

Para mais informações, consultem o “arquivo de destaque” na área da Saúde Ambiental, no sítio da DGS.

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