APSAi – Associação Portuguesa de Saúde Ambiental

APSAi - Associação Portuguesa de Saúde Ambiental

A APSAi – Associação Portuguesa de Saúde Ambiental (antes ANSA – Associação Nacional de Saúde Ambiental), associação profissional dos licenciados em Saúde Ambiental,  ganhou um novo nome, uma nova imagem e esforça-se por ganhar uma nova “força” que se quer coletiva mas que depende da participação individual. Todos terão, certamente, consciência do “momento histórico” que se atravessa, naquilo que diz respeito ao exercício da Saúde Ambiental nos Cuidados de Saúde Primários, razão pela qual o associativismo e o reconhecimento do papel fundamental que a APSAi pode e deve ter na (re)definição do futuro que se avizinha, se afiança de extrema importância.

Para já, podem acompanhar as novidades na página do Facebook da APSAi, colocando-se entretanto o desafio a todos os licenciados e estudantes de Saúde Ambiental para que se associem (Proposta de Admissão de Associado da APSAi), porque o vosso apoio importa… e é importante!

Caros Colegas,
Nos dias de hoje, a comunicação e a partilha de informação estão entre os principais pilares do desenvolvimento e crescimento das organizações.
Partilhando desta visão, é com enorme prazer que lhe damos as boas vindas à página da APSAi – Associação Portuguesa de Saúde Ambiental, que enceta agora uma nova fase que se pretende de aproximação aos associados e de reafirmação no panorama nacional.
Neste espaço, pretendemos dar a conhecer a actividade associativa da APSAi, manter um contacto permanente com os nossos associados e com todos os que nos procuram, bem como partilhar informação relevante na área da Saúde Ambiental.
Desde já, o nosso obrigado pela sua visita e volte sempre!
A Direcção Nacional

Estaremos, com Dietética e Nutrição, a um passo da carreira de técnico superior de saúde?

Ontem, no Diário da República Eletrónico, foi publicada a Portaria n.º 838/2010. No respetivo sumário reza assim: “reconhece a licenciatura em Dietética e Nutrição da Faculdade de Medicina da Universidade Nova de Lisboa, como adequada ao ingresso no ramo de nutrição da carreira de técnico superior de saúde”. 

Lá dentro, no artigo 1.º pode ler-se que “para efeitos de ingresso no estágio da carreira de técnico superior de saúde é aditada ao elenco das licenciaturas previstas no n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 414/91, de 22 de Outubro [alterado pelo Decreto-Lei n.º 501/99, de 19 de Novembro], a seguinte licenciatura:
Ramo de nutrição: Dietética e Nutrição, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.”

Notas a retirar:

  1. Afinal estamos a falar da Universidade Nova de Lisboa ou da Universidade de Lisboa?
  2. O curso de licenciatura de Dietética e Nutrição em apresso (ver Deliberação n.º 732/2004, de 27 de Maio), e por aquilo que nos foi possível determinar, não faz parte das ofertas formativa da Universidade de Lisboa. Notei também algumas coisas estranhas no plano de estudos, mas isso ficará para os especialistas.
  3. É a primeira licenciatura que é valorizada, no sentido do reconhecimento como adequada ao ingresso num dos ramos da carreira de técnico superior de saúde, tendo em conta a instituição onde é pretensamente lecionada.

Só por curiosidade vejamos o que encontrei na Direcção-Geral do Ensino Superior…

Dietética
Instituto Politécnico de Bragança – Escola Superior de Saúde de Bragança
Instituto Politécnico de Leiria – Escola Superior de Saúde de Leiria
Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Vila Nova de Gaia
Instituto Politécnico de Saúde do Norte – Escola Superior de Saúde do Vale do Ave

Dietética e Nutrição
Instituto Politécnico de Coimbra – Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra
Instituto Politécnico de Lisboa – Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
Universidade do Algarve – Escola Superior de Saúde

Posto isto, e imprecisões (muitas imprecisões à parte), será este um sinal de que estaremos a um passo da carreira de técnico superior de saúde? Sim, porque se Dietética e Nutrição, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, conseguiu, certamente que as escolas acima enunciadas não se deixarão ficar. Muito provavelmente haverá depois muitas áreas das Tecnologicas da Saúde com condições para o fazer também.

O que vos parece? Provável? Erro grosseiro? Interesses?

Extinção dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

A mensagem de hoje é, diria eu, uma carta aberta a todos os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT), que nos foi remetida pelo colega Sérgio Cardoso enquanto “resposta” às inúmeras mensagens que aqui temos colocado a propósito das jornadas de luta desenvolvidas pelos sindicatos (ver, por exemplo, Greve??… Onde?… Quem?… Quando?…).

Não sendo um texto da nossa responsabilidade, compreendemos perfeitamente o “desabafo” do colega, porquanto reflecte também algumas das nossas preocupações.

Colegas TDT
Se os TDT, continuarem a persistir no caminho: do “deixa andar”, do “desleixo”, do “desinteresse pelas questões Profissionais e de Carreira”, de “não combaterem por uma carreira digna, de acordo com as suas habilitações e competências técnicas”  e de continuarem a “viver no mundo imaginário e surreal”… Então, só irá realmente restar a extinção dos TDT e se isso ocorrer irá afectar-nos a todos e a todos mesmo.
É verdade que se vivem tempos difíceis e conturbados que nada favorecem as nossas revindicações, mas “baixar os braços”, nesta altura, é assumir uma derrota, sem luta. Se por ventura, formos derrotados, então deverá ser com esforço e sem peso na consciência que nada fizemos para alterar o rumo.
Lembrem-se, se nós não lutarmos por nós mesmos, ninguém o fará por nós, mantenhamos pelo menos a nossa honra, dignidade e brio profissional
COLEGAS TDT, temos que nos unir e assumirmos que a luta é de todos e para todos (não deverá estar a cargo só de alguns)…
Sejamos unidos e lutemos todos em conjunto… Abaixo o amorfismo e o comodismo dos TDT!
Sempre TDT, Saúde Ambiental
Sérgio Cardoso

Greve??… Onde?… Quem?… Quando?…

Meus amigos, quando nem os próprios serviços sabem os profissionais que têm e a que carreiras pertencem, sugiro que se acabe com a carreira de diagnóstico e terapêutica.

Consultem o mapa de adesão à greve (hiperligação desactivada) divulgada ontem ao fim da tarde pela Secretaria-Geral do Ministério da Saúde e pasmem-se, mais uma vez (ver Como foi a manifestação… e a intrujice do mapa de adesão à greve). Como a greve se prolonga até amanhã, vamos ver se os mapas serão entretanto corrigidos. Ontem já começaram a ser.

Na generalizada das situaçãos, das duas uma: ou não existem ou não fizeram greve. Qual é o vosso caso?

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica em greve, outra vez!

Transcrevo parte do comunicado conjunto do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) e do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE), referente à greve entretanto convocada para os próximos dias 31 de Maio e 1 e 2 de Junho de 2010.

Como foi ampla e detalhadamente informado, através dos comunicados de Abril e Maio, no dia 26 de Março o Ministério da Saúde apresentou uma proposta negocial que se caracterizava por:

  1. Violar os compromissos firmados no dia 5 de Fevereiro, os quais determinaram a suspensão da greve decretada para os dias 17 – 18 – 19 de Fevereiro
  2. Pretender criar 3 carreiras em vez de fundir as actuais duas de TDT e TSS
  3. Não apresentar qualquer proposta de articulado das hipotéticas carreiras
  4. Fazer arrastar indefinidamente as negociações sem concretização de qualquer objectivo

Efectuadas duas reuniões de negociação, nos dias 13 e 26 de Abril, nas quais os sindicatos (SCTS E Sindite) defenderam as suas propostas, nomeadamente com a apresentação pelo Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde de um documento onde se demonstrava e fundamentavam as propostas sindicais, constatamos que o Ministério da Saúde tinha uma única estratégia: fazer passar tempo.

Dado todo o historial de incumprimento de acordos do Ministério da Saúde, as direcções sindicais decidiram, igualmente:

  1. Não aceitar mais promessas do Ministério da Saúde, salvo se estas forem constituídas em acordos formais, públicos e assinados pelas partes envolvidas nas negociações.
  2. Destes acordos conste o projecto de revisão das carreiras para os colegas em regime de contrato público e contrato individual de trabalho.
  3. O acordo a firmar integre os projectos de revisão das carreiras, de acordo com as negociações efectuadas durante o ano 2009, bem como todas as matérias constantes das propostas sindicais, apresentadas em reunião de negociação efectuada no dia 13 de Abril (ver comunicado conjunto de Abril)

Petição CARREIRA TÉCNICOS SUPERIORES DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

Já perdi a conta do número de mensagens de correio electrónico que, nos últimos dias, me têm dado a conhecer e sugerido a subscrição da Petição CARREIRA TÉCNICOS SUPERIORES DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA.

Por esse motivo e porque muitos haverá que ainda a desconhecem, deixo-a aqui.

«NÃO A ESTE PROJECTO DE CARREIRA

Como os colegas têm conhecimento, desde a publicação do Regime Geral de Carreiras para a Administração Pública (Lei n.º12-A/2008, de 27/2 [que estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas]), que só existem 3 grupos profissionais:

  • os Técnicos Superiores
  • os Assistentes Técnicos (ex-administrativos)
  • os Assistentes Operacionais (ex-serviços gerais)

Naturalmente que a Carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica (TDT), por estar integrada nos Corpos Especiais tinha que ter uma regulamentação própria e, dado o nível habilitacional presentemente ser de Licenciatura naturalmente seríamos incluídos na futura Carreira de Técnicos Superiores.
Como o tempo dá sempre razão a quem a tem, constatamos que após as movimentações havidas, manifestação e greves, o Ministério da Saúde apresenta uma proposta de Carreira, que sofreu agora uma contraproposta que vem enformar dos vícios de anteriores Carreiras, ou seja olha para trás sem trilhar caminhos do futuro.
Não foi assim em 1985 quando se retirou a exigência de se ter o antigo 11º ano para ser promovido a Técnico Principal?
Querem saber quem só tinha o 9º ano…
Não foi assim em 1999, quando se “aceitou” a singularidade de uma Licenciatura Bietápica…
Querem saber quem esperava que lhe caísse uma Licenciatura no colo…

Nós a este Projecto dizemos NÃO!
E dizemos NÃO porquê?

1 – logo no Artigo 3º ” Natureza do nível habilitacional” é proposto que o nível habilitacional seja a “cédula profissional…”(sic).
Ora isto a ser aprovado quer dizer que NÃO É a Licenciatura requisito de integração na Carreira de TSS, basta ter o 9º ano e cédula profissional…

Nós a este Projecto dizemos NÃO!
E dizemos NÃO porquê?

2 – o Artigo 5º vem definir as áreas de exercício profissional remetendo para futuro regulamento as “formas de exercício”(sic).
Ora não queremos um futuro regulamento, deve ser já explicitado pois as áreas de exercício profissional estão muito claramente definidas quer no Decreto-Lei n.º 261/93 [que regulamenta o exercício das actividades paramédicas] quer no Decreto-Lei n.º 414/91 [que visa definir o regime legal da carreira dos técnicos superiores de saúde dos serviços e estabelecimentos do Ministério da Saúde e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa], pelo que devem ficar aqui elencadas.

Nós a este Projecto dizemos NÃO!
E dizemos NÃO porquê?

3 – o Artigo 6º “Categorias” vem definir uma só categoria para a Carreira.
Lembramos que a Lei geral prevê duas categorias (o que acontece p.ex. na Carreira de Enfermagem já aprovada), pelo que a ser assim aprovado onde fica a diferenciação positiva dos colegas que obtenham graus de Pós-graduado, Mestre ou Doutor?

Nós a este Projecto dizemos NÃO!
E dizemos NÃO porquê?

4 – o Artigo 11º que vem estabelecer as condições de admissão para a Carreira, volta a enformar do “vício” do Artigo 3º ou seja, menospreza a Licenciatura e “valoriza” a cédula profissional…
Afinal o que queremos, uma Carreira de TSS com “pára-quedistas” sem habilitação ou seja sem Licenciatura em Tecnologias da Saúde ou sem Grau de Especialista?

Nós a este Projecto dizemos NÃO!
E dizemos NÃO porquê?

5 – em relação ao proposto no artigo 16º “Funções de direcção e chefia”, entendemos que não deve ser feita nenhuma ressalva ao “preferencialmente” pois isso é abrir a porta para a direcção e chefia sem formação pós-graduada (após a Licenciatura).
Mais entendemos que a remuneração por direcção e chefia deve ficar explícita no diploma regulamentar sobre remunerações (aliás como já existe na Carreira de TDT).
Mais ainda, entendemos que deve ser retirada a alínea a) do n.º 3 deste Artigo, sob pena de se pretender “proteger ad-eterno” os ditos “formados do curso de administração e ensino”… que aliás não tem reconhecimento académico.

Nós a este Projecto dizemos NÃO!
E dizemos NÃO porquê?

6 – sobre o Artigo 21º “Transição para a nova carreira” estamos frontalmente contra a redacção do n.º 2, ou seja só deve transitar para a nova Carreira de TSS quem é possuidor de Licenciatura!
Neste Artigo deve ficar explicitado que, os TDTs não possuidores de Licenciatura mas possuidores do Grau de Bacharel terão um período para completar a sua formação superior, mantendo todas as condições para progressão, os restante não possuidores de formação superior devem ficar nos mapas de pessoal em lugar extinguir quando vagar, mantendo a remuneração que actualmente auferem.

Nós a este Projecto dizemos NÃO!
E dizemos NÃO porquê?

7 – em relação ao Artigo 24º “Normas finais e transitórias” entendemos o seguinte:

  • sobre o n.º4 devem cessar imediatamente todas as nomeações de coordenação e serem nomeados novos coordenadores em respeito pelo proposto em relação ao Artigo 16º;
  • sobre o n.º 7 o mesmo deve ser pura e simplesmente eliminado pois, com esta redacção o que se pretende é dar cobertura legal para pessoal actualmente classificado como “TSS”, mas que sem ser detentor do Grau de Especialista, está ilegalmente a exercer nos serviços e instituições do Ministério da Saúde e, que assim ainda teriam o “prémio” de serem integrados na nova Carreira, ao mesmo tempo que se pretende abrir portas aos profissionais que têm cédula mas que não tendo curso de base “alegremente” seriam integrados……

Nós a este Projecto dizemos NÃO!
E dizemos NÃO porquê?

Dado estarmos num momento histórico para as nossas profissões, bem como para o desenvolvimento autónomo quer em termos de exercício quer em termos de ensino e investigação, importante é que todos os colegas se mantenham informados e procurem informação, pelo que apelamos á partilha de toda a informação ficando á vossa disposição para todos os esclarecimentos.»

Para aqueles que concordam e a desejam assinar, cliquem aqui.