Jovens Repórteres para o Ambiente: premiados 2022

Quase a terminar o primeiro semestre, e já com muito trabalho em mãos neste ano letivo, só hoje, dia 6 de dezembro, nos foi possível encerrar as atividades dos Jovens Repórteres para o Ambiente, relativas ao ano passado.

Hoje, os Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL) foram recebidos na sede da Associação Bandeira Azul da Europa, onde lhes foram entregues os prémios e os certificados relativos ao excelente trabalho realizado em 2021-2022.

Sob a coordenação do professor Vítor Manteigas, os estudantes da ESTeSL foram premiados com os primeiro e segundo lugares na modalidade de artigo, escalão dos 19 aos 25 anos, segundo lugar na modalidade de vídeo campanha e uma menção honrosa na modalidade de videorreportagem.

Muitos parabéns aos estudantes, por mais um ano fantástico, e muito obrigado à equipa da coordenação nacional dos JRA pela simpatia e fantástico acolhimento.

Bem hajam!

A Saúde Ambiental no Seminário Nacional JRA

No regresso aos encontros presenciais, os Jovens Repórteres para o Ambiente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), estudantes do curso de licenciatura de Saúde Ambiental, acompanhados pelo professor Vítor Manteigas, coordenador do programa na ESTeSL, participaram no Seminário Nacional Jovens Repórteres para o Ambiente. Este evento,  que decorreu em Braga nos dias 26 e 27 de novembro de 2021, contou com mais de 80 estudantes e professores provenientes de diversos pontos do país, e dos quais destacamos, para além da comitiva da ESTeSL, os colegas da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra.

Durante o Seminário, os participantes tiveram oportunidade de conhecer, investigar e reportar sobre diversos aspetos da sustentabilidade em Braga, tendo sido produzidas cerca de 17 reportagens que podem ser consultadas aqui.

No decurso do último ano letivo, os Jovens Repórteres para o Ambiente da ESTeSL publicaram onze trabalhos, incluindo uma colaboração internacional com uma escola da Turquia, do qual resultou a atribuição de uma menção honrosa na categoria de artigo e um segundo lugar na categoria de podcast (ouvir abaixo), dando continuidade ao sucesso alcançado em anos anteriores.

Estudantes de Saúde Ambiental em destaque no Concurso JRA 2020

Este ano, e apesar da situação pandémica, o Concurso Nacional Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA 2020) recebeu 219 trabalhos, distribuídos por 6 categorias distintas: artigo, fotografia, fotocampanha, videorreportagem, vídeo-campanha e podcast.

Todos os trabalhos foram avaliados por um júri, responsável pelo apuramento dos melhores trabalhos, composto por Jornalistas (Observador| Vera Novais, Público| Vera Moutinho), Jorge Neves (APA), Rui Queirós (ICNF), Filipa Coutinho (National Geographic), Carla Silva (SRA), Helena Gil (DGE), Fotógrafo (José Figueiras), Inês Mendes (ADENE), Sílvia Carapeto (JRA Alumni) e pela ABAE.

Apesar de todos os constrangimentos, e tal como vem sendo hábito, a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) também participou, submetendo trabalhos realizados no âmbito das unidades curriculares de Saúde Ambiental e de Gestão de Resíduos do curso de licenciatura em Saúde Ambiental. Infelizmente, e apesar de todos os esforços, ainda não nos foi possível envolver outros estudantes que concretizem de facto alguns dos trabalhos que idealizam. Este ano, para além do podcastSaúde Ambiental em linha!…“, a ESTeSL submeteu 12 trabalhos, sujeitando a concurso dois artigos, uma vídeo-campanha, uma fotorreportagem (fotografia) e o podcast que inclui 6 episódios. Este ano, na sequência do confinamento, não nos foi possível produzir videorreportagens.

Foi com grande satisfação que entretanto recebemos a notícia dos resultados do concurso nacional, onde a ESTeSL acabou por merecer alguns destaques.

Na categoria de artigo alcançou o primeiro lugar (Ex-aequo) com o artigo Aeroporto Humberto Delgado: a poluição que não se vê, por Ana Carolina Barata, Joana Lobão, Mariana Rosa e Rita Prôa (1.º ano de Saúde Ambiental) e Novo vírus, novos resíduos: a mudança na saúde, na sociedade e na produção de resíduos, por Ana Santos, Joana Ramos, Mariana Neves e Sérgio Santos (2.º ano de Saúde Ambiental).

Na categoria de fotografia, a ESTeSL foi também 1.ª classificada com o trabalho Um  Mar de Redes!, por Diana Narciso, Catarina Carvalho e Inês Andrade (2.º ano de Saúde Ambiental).

O trabalho A nossa sobrevivência só depende de nós!, por Jailsa Sanca, Leonardo Miranda, Márcia Pereira e Rodrigo Jorge (1.º Ano de Saúde Ambiental) foi um trabalho realizado exclusivamente por animação, e que acabou por atingir o 2.º lugar na categoria de vídeo-campanha.

Também o episódio Não lixes! #5  O contributo de Maria Granel, por Ana Santos, Andreia Coelho e Rita Relvas, produzido por toda a turma do 2.º ano de Saúde Ambiental, alcançou o 2.º lugar na categoria de podcast.

Apesar de todos os constrangimentos, este foi, mais uma vez, um ano com excelentes resultados para a ESTeSL, fruto do trabalho de mérito dos estudantes de Saúde Ambiental. Muitos parabéns a todos os estudantes que aceitaram este desafio e que, independentemente dos resultados alcançados, fizeram trabalhos excelentes que podem ser consultados na plataforma Jovens Repórteres para o Ambiente.  

A nossa sobrevivência só depende de nós!

O Homem tem promovido a destruição das florestas com o objetivo de explorar recursos naturais, ou para fazer uso das áreas livres na agropecuária, com consequências significativas para o planeta a para a humanidade. Em função das dinâmicas da economia mundial, a desflorestação tem vindo a aumentar, e com ela o aumento de gases poluentes na atmosfera, uma maior probabilidade de deslizamento de terras, assim como a destruição progressiva da flora e fauna, dentre outros.
Se não mudarmos o nosso comportamento, o mundo como o conhecemos pode deixar de existir e nós passaremos a ser a espécie em risco!

Esta é uma “video-campanha” de animação, produzida em período de pandemia COVID-19 e confinamento social, realizada no âmbito da unidade curricular de Saúde Ambiental do 1.º ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), para o programa Jovens Repórteres para o Ambiente, pelos estudantes Jailsa Sanca, Leonardo Miranda, Márcia Pereira e Rodrigo Jorge, com a colaboração de Henrique Pocinho.

Aeroporto Humberto Delgado: a poluição que não se vê

Aeroporto Humberto Delgado: a poluição que não se vê” é um artigo das estudantes de 1.º ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), Ana Carolina Barata, Joana Lobão, Mariana Rosa e Rita Prôa, realizado no âmbito da unidade curricular de Saúde Ambiental, para o Programa Jovens Repórteres para o Ambiente e que inclui uma entrevista a Francisco Ferreira, presidente da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável.

O Aeroporto Humberto Delgado, na cidade de Lisboa, é o 18.º mais movimentado da Europa, com um fluxo médio de 38 aviões por hora, colocando a cidade no 2.º lugar de pior capital europeia no que diz respeito à exposição da população ao ruído do tráfego.
Lisboa Capital Verde Europeia de 2020 e a situação atual do Aeroporto Humberto Delgado é uma relação insustentável e incoerente.

Estima-se que mais de 57 mil residentes em Lisboa são afetados pelo ruído, um número que tem vindo a aumentar. Estes dados são da associação ambientalista ZERO que tem feito medições nas periferias do aeroporto, com o objetivo de alertar e sensibilizar os cidadãos e as autoridades para o ruído e o impacto na saúde da população, referindo que a lei do ruído é ignorada.

CS-TOP Airbus A330-202, Aeroporto de Lisboa (fotografia de P.J.V.Martins)

Os aeroportos, apesar de indispensáveis num mundo altamente globalizado, são focos de poluição sonora para toda a área circundante, não só pelo ruído dos aviões, mas pelo tráfego adjacente. Ao longo do tempo, este ruído constante pode causar problemas de saúde na população, nomeadamente distúrbios do sono, aumento do risco de doença cardiovascular, redução da capacidade de aprendizagem das crianças, entre outros. É importante que sejam feitas medições frequentes nessas áreas, de modo a avaliar os níveis e, consequentemente adotar medidas para diminuir os riscos.

Em Lisboa, a ANA é a entidade responsável por essas medições e pelo cumprimento dos valores medidos, dentro dos parâmetros da legislação, que estipula que o limite máximo de ruído durante o período diurno (Lden: 07h-23h) é de 65 dB(A), e de 55dB(A) no período noturno (Ln: 23h-07h) nas zonas mistas. Valores acima dos aconselhados pela OMS que recomenda que o ruído constante se mantenha abaixo dos 30 decibéis e os ruídos pontuais não excedam 40 decibéis durante a noite. Estando o aeroporto inserido num denso meio urbano,é de grande importância que se realizem medições transparentes, para o bem de toda a população. É o que a ZERO tem feito com frequência.

Foi realizado um estudo durante dois dias em 2019 na zona do Campo Grande, que revela que em vez dos 55 decibéis de ruído máximo legal durante o período noturno, foi registado um valor médio de 66,5 decibéis, “representado em escala logarítmica quatro vezes mais que o permitido legalmente”.

De modo a entender um pouco mais acerca desta temática, que representa um problema de saúde pública, colocámos algumas questões ao Presidente da associação ambientalista ZERO, Professor Francisco Ferreira:

JRA ESTeSL – O aumento do ruído durante a noite deve-se ao facto de haver aviões de modelos mais antigos (que possam fazer mais barulho), ou é mesmo devido ao grande número de aviões em voo no mesmo espaço?

Os aviões mais antigos que possam fazer mais barulho estão proibidos de circular nesse período, pelo que, tem mesmo a ver com a quantidade de voos. A lei limita um total de 26 movimentos diários, não excedendo os 91 semanais, porém há uma data de exceções que não entram para esta contagem, mas que na realidade existem e fazem diferença.

– As medições de ruído são feitas com que frequência? Os seus dados são apenas arquivados, ou são tidos em conta para aplicação de medidas de correção.

A ANA dispõe de sonómetros que fazem essas medições constantemente, no entanto, os seus resultados não são tornados públicos, pelo que não é possível tê-los em conta. A ZERO faz medições avulsas, com alguma frequência, e apresenta os seus resultados publicamente para que sejam tomadas medidas. A ANA apresenta de 5 em 5 anos um Plano de Ação que visa a adoção de medidas para diminuição dos níveis registados, contudo esses planos têm sido chumbados consecutivamente pela APA.

– Visto que efetivamente há um alto nível de ruído, existe algum tipo de medidas a ser estudadas para a diminuição desse ruído? Nomeadamente a redução do número de voos noturnos, por exemplo, e caso seja afirmativo, será viável essa redução tendo em conta o fluxo de passageiros que atualmente Portugal apresenta por ser um país com o turismo em alta?

A medida mais eficaz é sem dúvida a redução do número de voos, que é possível e que já se evidenciou quando o aeroporto esteva para obras e com zero voos durante a madrugada, é, portanto, possível ajustar os horários e a quantidade destes, pelo menos em meses com menos fluência turística. Com o fluxo de passageiros e mercadorias que Portugal regista, de facto torna-se complicado uma redução eficaz e viável, mas há outras medidas, tais como: a utilização de aviões maiores, que transportem mais pessoas; e a construção de aeroporto novo, numa zona em que não prejudique a população, e não o alargamento do atual, que só irá agravar o problema.

– Com a situação atual de fronteiras aéreas interditas devido à pandemia Covid-19, evidenciou-se uma redução significativa do número de aviões em circulação, o que diminuiu também os níveis de ruído. Qual é a percentagem desta redução a nível de número de voos?

Nos dias que correm, com Estado de Emergência Nacional decretado, o aeroporto regista uma quebra de pelo menos 95% nos voos de passageiros, uma situação que a ZERO pretende analisar, irá realizar nos próximos dias as medições de decibéis em período diurno e noturno, de modo a poder comparar esses níveis.

É de carácter urgente a redução dos níveis de ruído em toda a área afetada, enumeradas no Mapa Estratégico do Ruído (Municípios de Lisboa, Almada, Oeiras), pois é um problema de saúde pública que por não ter efeitos imediatos e visíveis, acaba por ser ignorado de forma negligente. A situação arrasta-se há vários anos, com a legislação a não ser cumprida por parte das entidades responsáveis.

Mapa Estratégico de Ruído, Aeroporto Humberto Delgado, 2016 (LN). Fonte: Plano de Ações de Gestão e Redução de Ruído. Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), 2018-2023.

É importante referir que na envolvência directa do aeroporto Humberto Delgado está inserido o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Hospital Júlio de Matos, igrejas como a dos Olivais e a de São João de Brito, complexos desportivos, escolas como a Padre António Vieira, universidades como a Lusófona de Humanidades e Tecnologias para além de toda a zona residencial do Campo Grande, Alvalade, Olivais, e ainda incluindo outras áreas envolventes. Doentes do foro psíquico, estudantes, moradores, crianças e trabalhadores sujeitos ao ruído constante, esta situação arrasta-se há tantos anos, que já nem têm perceção desse ruído. Isto evidencia que é um problema invisível, pouco percetível e que está profundamente enraizado, o que é completamente inaceitável para a saúde da população.

Esta situação requer uma avaliação mais séria por parte das entidades responsáveis e do próprio Governo, é urgente a sua resolução, e é preciso fazer uma escolha: por um lado, o turismo e a economia, por outro, o benefício da saúde pública, ou seja, manter os valores registados até aqui, ou apostar numa redução do número de voos e tentar atingir os níveis recomendados pela OMS. Existe, portanto, uma necessidade de escolha em que a saúde da população tem de ser uma prioridade, SEMPRE.

“Não Lixes!”: um projeto para a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (EWWR2019)

Não lixes! Reduz a produção de “lixo”.
O podcast “Não Lixes!” é um projeto dos estudantes de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) para a Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (EWWR 2019), que decorre entre os dias 16 e 24 de novembro de 2019. Todos os episódios do podcast já pode ser ouvido diretamente nesta publicação, assim como nas plataformas Anchor, Spotify, Breaker, Google Podasts e RadioPublic.  Também será apresentado em formato de vídeo no canal Youtube e na página do Facebook da Saúde Ambiental da ESTeSL (versão “vodcast”), cujos episódios irão ser divulgados gradualmente até ao fim da semana.
Este projeto, desenvolvido no âmbito das atividades práticas da unidade curricular de Gestão de Resíduos, é então constituído por um conjunto de cinco episódios, com o testemunho de várias convidadas, nomeadamente: (i) Joana Xavier da Valorsul; (ii) Margarida Gomes da Associação Bandeira Azul da Europa; (iii) Filipa Moita da ERP Portugal e da Novo Verde; e (iv) Patrícia Vieira da Maria Granel, que nos relatam na primeira pessoa aquele que tem sido o papel das respetivas instituições na prevenção de resíduos.