Guia Técnico: Reutilização de Águas Residuais

No passado dia 20 de Janeiro foi lançado o livro “Reutilização de Águas Residuais“, da autoria de Maria Helena Marecos do Monte do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), e António Albuquerque da Universidade da Beira Interior (UBI). Para esse efeito, a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), entidade promotora do livro, realizou o Seminário “Reutilização de Águas Residuais“, que decorreu no ISEL com a participação de centena e meia de profissionais e investigadores do sector das águas e resíduos.

De acordo com os promotores, este livro reveste-se de grande interesse para o País em virtude de apresentar uma informação muito completa sobre a forma de reutilizar águas residuais domésticas e industriais tratadas, com as suas implicações económicas, sociais e ambientais. As águas residuais podem e devem ser encaradas como uma origem de água a aproveitar e não como um resíduo a eliminar. As vantagens imediatas são a redução de descargas de efluentes em meios receptores, reduzindo-se, desta forma, impactes ambientais associados à sua carga poluente residual, em especial em situações de escassez; podendo, por outro lado, aqueles efluentes serem utilizados como uma origem de água para diferentes usos (rega agrícola, recreativa e de espaços verdes, lavagem de espaços públicos e recarga de aquíferos, por exemplo).

Esta é uma divulgação que fazemos a pedido de um dos autores, mas será, garantidamente, um título a adquirir e a ler.

Jornadas Técnicas: Gestão de Resíduos de Construção e Demolição

Jornadas Técnicas de Gestão de Resíduos de Construção e DemoliçãoFoi da colega Marília Marques, Técnica de Saúde Ambiental, que recebemos, por mensagem de correio electrónico, a informação de que a Câmara Municipal do Barreiro irá promover no próximo dia 24 de Novembro as Jornadas Técnicas de Gestão de Resíduos de Construção e Demolição  (ver programa), que terão lugar no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Parque da Cidade.

Poderão requer mais informações pelo telefone 212068654 ou por correio electrónico. Os potenciais interessados deverão garantir a inscrição  até ao dia 18 de Novembro.

Seminário “Enquadramento e Aspectos Legais da Gestão de RCD”

Irá realizar-se no próximo dia 5 de Novembro de 2009, no auditório da Agência Portuguesa do Ambiente, o Seminário “Enquadramento e Aspectos Legais da Gestão de RCD.

Com esta acção pretende a entidade promotora do evento (CEIFA ambiente Lda.), enquadrar os participantes com a legislação ambiental comunitária e nacional e sua evolução, em particular, a aplicável à gestão de Resíduos de Construção e Demolição. Um dos objectivos passa por promover a discussão participativa e dinâmica sobre as questões práticas de aplicação da legislação no terreno, em torno de uma mesa redonda com os actores do sector e que apresenta como público alvo : actores do sector da construção civil e obras públicas, nomeadamente, gestores e técnicos, que pretendam actualizar conhecimentos sobre o tema, estudantes, docentes e investigadores que pretendem estar informados da evolução do enquadramento legal da gestão de RCD.

A (muita) legislação de hoje

O dia de hoje mostrou-se fértil naquilo que diz respeito à publicação de diplomas legais com relevância para o desempenho em Saúde Ambiental, conforme podem ver de seguida:

Decreto-Lei n.º 266/2009, de 29 de Setembro, que procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2008/103/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Novembro de 2008, relativa a pilhas e acumuladores e respectivos resíduos no que respeita à colocação de pilhas e acumuladores no mercado, que altera a Directiva n.º 2006/66/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro de 2006.

Decreto-Lei n.º 267/2009, de 29 de Setembro, que estabelece o regime jurídico da gestão de óleos alimentares usados.

Portaria n.º 1114/2009, de 29 de Setembro, que estabelece os termos da delimitação dos perímetros de protecção das captações destinadas ao abastecimento público de água para consumo humano.

Portaria n.º 1115/2009, de 29 de Setembro que aprova o Regulamento de Avaliação e Monitorização do Estado Quantitativo das Massas de Água Subterrâneas.

Decreto-Lei n.º 268/2009, de 29 de Setembro, que estabelece o regime do licenciamento dos recintos itinerantes e improvisados, bem como as normas técnicas e de segurança aplicáveis à instalação e funcionamento dos equipamentos de diversão instalados nesses recintos, e procede à terceira alteração do Decreto-Lei n.º 309/2002, de 16 de Dezembro, que regula a instalação e o financiamento de recintos de espectáculos, no âmbito das competências das câmaras municipais.

Centro Mineiro de Referência em Resíduos

O post que aqui vos deixo foi-me remetido no dia 9 de Julho pela Thamires Andrade, solicitando a sua publicação aqui no blogue.

Confesso que inicialmente não percebi ser essa a intenção. Questionando-a sobre isso, recebi entretanto a resposta:

Sim, o e-mail era para você mesmo. Como eu disse, procuramos os melhores blogs sobre sustentabilidade e estamos enviando notícias sobre projetos que possam ser interessantes e gerarem uma postagem bacana.

É bom considerarem que estamos entre “os melhores blogs sobre sustentabilidade” e que até promovemos uma “postagem bacana”. Só por isso… 😀

Centro Mineiro de Referência em Resíduos forma mais 100 alunos nos cursos de Gestão e Negócios em Resíduos e de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs)

Nesta semana, o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) forma cerca de 100 alunos dos cursos de Gestão e Negócios em Resíduos e de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs). Os cursos são gratuitos e buscam potencializar o papel do jovem na melhoria da qualidade socioambiental, além de ampliar a geração de trabalho e renda.

Dividido em quatro módulos, o curso de Gestão e Negócios em Resíduos prepara os estudantes para o mercado de trabalho, assim como para a organização e administração de seu próprio negócio a partir de resíduos domésticos (papel, plástico, madeira, metal e compostagem), específicos (de serviços de saúde, de construção civil, de postos de combustíveis, de supermercados) ou especiais (pneus, lâmpadas, pilhas e baterias).

Formada em Gestão de Resíduos, Denise Silva Chaves, 18 anos, é responsável pela gestão de resíduos e qualidade em obras da Santa Bárbara Engenharia. “Durante o ensino médio tinha muito receio do que eu iria fazer quando formasse no 3º ano. Hoje, com o que eu ganho, posso investir na minha formação. Faço o curso técnico em edificação no Senai. Meu próximo passo é formar e prestar vestibular para engenharia”, conta.

Já no curso de Montagem, Manutenção e Recondicionamento de Computadores (3RsPCs), os jovens aprendem a montar e desmontar computadores, o funcionamento de cada peça, e também freqüentam aulas de empreendedorismo e empregabilidade. O material utilizado durante as aulas é proveniente de máquinas não mais utilizadas pelos órgãos do Governo de Minas. Após o recondicionamento, os computadores são destinados a programas de inclusão social de comunidades carentes. 

Márcio Vinícius Magela, 18 anos, finalizou em dezembro do ano passado o curso 3RsPCs. O garoto trabalha em uma empresa de informática e já se prepara para prestar o vestibular para o curso de Ciências da Computação. “Hoje tenho o diferencial de saber sobre reciclagem de computadores. Procuro passar para meus colegas as coisas que aprendi no curso”, comenta Magela. 

Sobre o Centro Mineiro de Referência em Resíduos:

Iniciativa pioneira do Governo de Minas Gerais, o Centro Mineiro de Referência em Resíduos trabalha há dois anos com o objetivo de apoiar os municípios, empresas e cidadãos na gestão integrada de resíduos, por meio da disseminação de informações e capacitação técnica, gerencial e profissionalizante, visando à geração de trabalho e renda e à melhoria da qualidade de vida.

Sua atuação concentra-se em cinco áreas prioritárias: Apoio à gestão municipal de resíduos, Qualificação profissional; Comunicação e Informação; Pesquisa e Desenvolvimento; Educação ambiental e eventos (seminários, palestras, debates e oficinas, com foco no consumo consciente).

Localizado em Belo Horizonte, o espaço conta com auditório, biblioteca, área para realização de cursos e uma cozinha experimental, criada para orientar sobre redução do desperdício, reaproveitamento, reciclagem, tecnologia de alimentos e ações que envolvem o preparo de produtos úteis ao consumo da população. Possui ainda um espaço permanente para exposições, consolidando-se como um espaço múltiplo para o cumprimento de sua missão.

Reduzir o lixo produzido, é preciso!

De acordo com o Portugal Diário, são trinta as medidas que serão apresentadas e discutidas com a Agência Portuguesa do Ambiente, no âmbito do Plano Nacional para a Prevenção de Resíduos, com o objectivo de reduzir os resíduos produzidos por cada português.

Apesar de já há algum tempo se falar neste propósito e ser este, a Redução, o primeiro dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), raramente são tomadas iniciativas realmente tendentes à redução dos resíduos produzidos. Regra geral dá-se primazia à reciclagem!

Redução de resíduos... ou resíduos escondidos?
(imagem recolhida no blogue Pópulo)

O Plano Nacional para a Prevenção de Resíduos Sólidos Urbanos está a ser elaborado pelo Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) e deve estar concluído, segundo o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, em meados deste ano.

O coordenador da Unidade de Tecnologias de Prevenção e Reciclagem do INETI, Paulo Partidário, revelou esta quarta-feira, no 3.º Fórum Nacional de Resíduos, que o documento «está em fase de discussão» com a Agência Portuguesa do Ambiente e contém para já 30 medidas.

Estas medidas incidem sobre fluxos específicos de lixo produzidos pelos cidadãos, incluindo matéria orgânica, papel e cartão, embalagens, etc.

Entre as medidas incluem-se, por exemplo, a compostagem caseira, a doação de bens não consumidos aos bancos alimentares, adesão à factura electrónica, preferência por embalagens retornáveis com depósito, consumo de água da rede e venda de produtos em embalagens familiares.

De acordo com o cenário mais realista traçado pelo INETI, a concretização deste Plano, cujo período de vigência decorre entre 2007 e 2016, permitirá uma redução de 50 quilos de lixo anuais por habitante. Num cenário mais optimista, a redução poderia atingir os 100 quilos.

Cada português produz, em média, quase 500 quilos de lixo por ano.