Encontro Nacional de Saúde Ambiental 2011

Irá ter lugar nos dias 10 e 11 de Novembro de 2011, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra o Encontro Nacional de Saúde Ambiental 2011.

Este é um evento cuja organização conjunta é da responsabilidade da Associação Nacional de Saúde Ambiental (ANSA) e do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) e que conta com o apoio das escolas que em Portugal ministram o curso de licenciatura em Saúde Ambiental (Escola Superior de Tecnologia da Saúde de LisboaEscola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra e Escola Superior de Saúde de Beja).

Nós iremos marcar presença na sessão “Evolução e Importância dos Técnicos de Saúde Ambiental” e soubemos entretanto que iremos falar sobre a “Importância dos Técnicos de Saúde Ambiental”. Estamos ansiosos!!…

Entretanto desafiamos todos a participar, assistindo e/ou submetendo resumos para posteres. Estamos convictos de que aqueles que consideraram o CISA 2010 um excelente pretexto para passear por Coimbra (mesmo não tendo participado), irão considerar este evento bem mais interessante (ver Congresso Internacional de Saúde Ambiental).

Bênção das Fitas – ESTeSL 2011

Desde 2008 que temos vindo a marcar presença na Bênção das Fitas da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e este ano não foi excepção.

O grupo de estudantes de Saúde Ambiental que este ano benzeu as suas fitas recebeu-nos em 2008 naquele que foi o ano de transição (adequação a Bolonha) na ESTeSL e deles guardarei memórias para a vida. Obrigado por tudo.

A cerimónia deste ano merece da nossa parte uma “pequena” nota de destaque. Ali encontrámos estudantes de todos os anos do curso de licenciatura em Saúde Ambiental e ainda algumas colegas, ex-estudantes, que quiseram também marcar a sua presença e dar um forte abraço àqueles que agora estão a findar este percurso académico. Foi bonito e, mais uma vez, senti-me piegas. Começa a ser uma situação recorrente :/

Investigação Aplicada em Saúde Ambiental em debate no ENASA 2011

Foi ontem que teve início o ENASA 2011, aquele que é o terceiro Encontro Nacional de Alunos de Saúde Ambiental, desta vez organizado pelos estudantes de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto.

Com a moderação do estudante David Leite, os trabalhos tiveram início com um debate a propósito da Investigação Aplicada em Saúde Ambiental, desenvolvida nas escolas onde é leccionado o curso de licenciatura em Saúde Ambiental e onde as coordenações/direcções dos respectivos cursos se fizeram representar.

A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), além do Coordenador da Área Científica de Saúde Ambiental, em representação da Directora de Curso, fez-se representar também pela recém licenciada em Saúde Ambiental Marina Silva, assistente na ESTeSL e que se encontra neste momento integrada num “centro de investigação”, onde desenvolve o seu projecto de doutoramento. Terá sido esta a forma de evidenciar que a investigação, em moldes muito específicos, poderá ser encarada como uma “saída profissional”.

Aos elementos que integravam a mesa foram colocadas algumas questões, nomeadamente:

  1. Existe alguma unidade curricular direccionada para a investigação? Qual a importância que lhe é dada e qual foi a evolução dessa unidade curricular?
  2. Será que o projecto (de investigação) não teria um maior interesse inserido em empresas ou projectos já existentes, de modo a ter uma finalidade prática?
  3. Será o projecto um impulsionador do mercado de trabalho? De que forma?
  4. Qual a percentagem de Técnicos de Saúde Ambiental formados na vossa escola que envereda pela carreira da investigação?
  5. Qual a vantagem nos dias de hoje de enveredar pela carreira de investigação?

Chegou-se à conclusão que de facto a investigação é considerada relevante no âmbito das competências a adquirir e desenvolver pelos estudantes de Saúde Ambiental. Aludiu-se ao facto que se estar, eventualmente, a sobrevalorizar a investigação em detrimento da componente mais técnica, expectável numa formação desta natureza. Apesar de algumas diferenças evidenciadas pelas diferentes escolas,  a verdade é que muitos projectos de investigação desenvolvidos no âmbito dos cursos de licenciatura estão inseridos em empresas ou projectos já existentes ou acabam mesmo por potenciar novos projectos. Alguns dos trabalhos desenvolvidos acabam também por se relevarem “montras” daquelas que são as competências e mais-valias dos licenciados em Saúde Ambiental.

Lançou-se o desafio aos Técnicos de Saúde Ambiental (profissionais que desenvolvem a sua actividade no Serviço Nacional de Saúde, no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários) no sentido que também eles começarem a fazer uso das suas competências ao nível da investigação na medida em que têm acesso a informação que daria azo a trabalho dessa natureza, além do facto das Unidades de Saúde Pública serem encaradas, cada vez mais, como observatórios de saúde.

A terminar, o estudante David Leite questionou os elementos da mesa sobre a forma de como ultrapassar a inércia que se verifica actualmente nas Unidades de Saúde Pública e nos Técnicos de Saúde Ambiental nos Cuidados de Saúde Primários. Aqui aludiu-se à motivação (ou falta dela), à dependência hierárquica daqueles que não fazem e não deixam fazer, aos “bestiais” e aos “bestas” (todos conhecemos profissionais que podemos catalogar desta forma) mas a ideia final a reter é a de que as Unidades de Saúde Pública serão aquilo que os profissionais quiserem fazer delas e nisto os Técnicos de Saúde Ambiental têm (ainda) muito a fazer!

Adeus Duarte d’Oliveira… adeus teessea!

Esta é uma daquelas mensagens que gostava de deixar para depois. Para alguns anos depois…

Muitos conheciam-no por João e tantos outros por Duarte d’Oliveira. Falamos do teessea (TSA) do Jornal de Saúde Ambiental, de Salvaterra de Magos, de Gouveia, das águas termais, disto e daquilo, de uns e de outros… e de todos nós. Infelizmente nunca mais o veremos mas garantidamente todos o recordarão como alguém a quem era impossível ficar indiferente.

O teessea faleceu no passado dia 11 de Março de 2011, com 63 anos.

Conhecemos-nos em 1997, nas V Jornadas de Saúde Pública, em Leiria. Naquela ocasião falámos de associativismo, da Associação Nacional de Técnicos Auxiliares Sanitários (ANTAS) e da Associação Nacional de Saúde Ambiental (ANSA). Alguns anos depois voltámos-nos a encontrar na internet e foi aí, nos fóruns de discussão e nos blogues que a amizade se foi alicerçando. Não raras vezes tínhamos opiniões extremadas que culminavam em acesa “discussão”. Gostávamos disso!

Foi com ele, à beira da Albufeira de Magos, com um copo na mão, que partilhei pela primeira vez alguns dos resultados da dissertação de mestrado Satisfação Profissional nos Serviços de Saúde Pública: a Satisfação na Reestruturação da Saúde Pública.

Nos últimos anos era frequente almoçarmos juntos. Falávamos principalmente de Saúde Ambiental. Era delicioso ouvir as suas estórias doutros tempos e dos tempos de agora. Doutros tempos que não eram os seus e por mais do que uma ocasião lhe disse isso. O João havia nascido para a Saúde Ambiental alguns anos cedo demais. Talvez seja essa a razão pela qual era incompreendido por muitos dos seus colegas, Técnicos de Saúde Ambiental, Médicos de Saúde Pública e Engenheiros Sanitaristas. Foi ele que em algumas ocasiões me chamou à razão, fazendo-me ver não ser oportuno dizer e escrever algumas coisas.

A última vez que nos encontrámos foi à mesa, como sempre. Tirámos uma fotografia para depois fazermos disso notícia no Jornal de Saúde Ambiental e no Saúde Ambiental…

A notícia nunca se deu a ler e o Duarte d’Oliveira nunca mais se deixou ver.

Quando um de nós ficava algum tempo (tempo demais) sem colocar qualquer coisa online, não tardava uma mensagem a questionar o porquê de tal ausência. A última mensagem que lhe havia enviado, evidenciando a minha preocupação, foi a 9 de Março de 2011. Nunca cheguei a receber resposta e agora sei porquê.

Adeus Duarte d’Oliveira… adeus teessea!
Estarás para sempre comigo.

Técnicos de Saúde Ambiental vs. Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública

No passado dia 18 de Fevereiro foram publicados no Diário da República, uma série de regulamentos, com origem na Ordem dos Enfermeiros, e onde estão definidos os perfis de competências das várias especialidades de enfermagem que a seguir enunciamos:

Regulamento n.º 122/2011
Define o perfil das competências comuns dos enfermeiros especialistas e estabelece o quadro de conceitos aplicáveis na regulamentação das competências específicas para cada área de especialização em enfermagem.

Regulamento n.º 123/2011
Define o perfil das competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem.

Regulamento n.º 124/2011
Define o perfil das competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem em Pessoa em Situação Crítica.

Regulamento n.º 125/2011
Define o perfil das competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem de Reabilitação.

Regulamento n.º 126/2011
Define o perfil das competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem em Saúde Familiar.

Regulamento n.º 127/2011
Define o perfil das competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica.

Regulamento n.º 128/2011
Define o perfil das competências específicas dos enfermeiros especialistas em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública.

Regulamento n.º 129/2011
Define o perfil das competências específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Mental.

Destes, pedia a vossa atenção para algumas das unidades de competência e respectivos critérios de avaliação do Regulamento das Competências Comuns do Enfermeiro Especialista, do Regulamento das Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação e do Regulamento das Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública, nomeadamente:

Promove um ambiente físico, psicossocial, cultural e espiritual gerador de segurança e protecção dos indivíduos/grupo.

  • Promove a aplicação dos princípios da ergonomia e tecnológicos para evitar danos aos profissionais e aos utentes;
  • Promove a adesão à saúde e segurança ocupacional;
  • Gere o risco ao nível institucional ou das unidades funcionais;
  • Colabora na elaboração de planos de emergência.

Promove a mobilidade, a acessibilidade e a participação social.

  • Identifica barreiras arquitectónicas;
  • Orienta para a eliminação das barreiras arquitectónicas no contexto de vida da pessoa;
  • Emite pareceres técnico-científicos sobre estruturas e equipamentos sociais da comunidade.

Procede à vigilância epidemiológica dos fenómenos de saúde-doença que ocorrem numa determinada área geodemográfica.

  • Participa nos processos inerentes à vigilância da saúde ambiental.

Agora, além da “Geração à rasca”, teremos também os “Técnicos de Saúde Ambiental à rasca”. Agora, esperemos que não tarde demais, vislumbram-se inquietudes de preocupação.

A verdade é que a Ordem dos Enfermeiros apenas tenta elencar as competências que aparentemente julgam ser dos seus e que outros, ardilosamente, teimam em não largar.

À laia de provocação deixo aqui algumas questões que alguns de vós não compreenderão e outros, teimosamente, fingirão não entender:

  • A vigilância em Saúde Ambiental é exclusiva competência dos Técnicos de Saúde Ambiental?
  • Quais as diferenças entre um Técnico de Saúde Ambiental e um licenciado em Saúde Ambiental?
  • Qual o papel dos sindicatos, das organizações profissionais e das escolas, nesta pretensa “usurpação” de competências?

Ainda à laia de provocação, adiantamos-vos que pelo facto destas questões correrem o risco de ficar sem resposta por parte dos nossos interlocutores, trataremos de arranjar alguém sem competência para o fazer.

A Saúde Ambiental nos 30 anos da ESTeSL

Fez ontem 30 anos após a primeira aula daquela que é agora a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL). Esta é uma data comemorada de forma reincidente, todos os anos, recordando o dia 12 de Janeiro de 1981. É neste dia de cada ano que se entregam os diplomas aos licenciados do ano lectivo anterior e este ano não foi excepção.

Foi bom recordar alguns ex-alunos, agora colegas e, garantidamente, amigos para a vida. Com este mesmo grupo de pessoas, foi a segunda vez que me senti piegas… raios partam! 😐

Soube entretanto que alguns ainda não estão a trabalhar. Especialmente a esses desejo sorte na senda pela procura de um primeiro emprego.