MOOC do Politécnico de Lisboa ultrapassa 4 mil inscritos

Contribuir para o desenvolvimento e implementação de novas metodologias pedagógicas para promover e impulsionar a inovação de ensino e aprendizagem na comunidade do Politécnico de Lisboa é a missão do Grupo de Trabalho para o Ensino a Distância do Politécnico de Lisboa (EaD@IPL). Dentro do leque de novas ofertas de ensino a distância, disponíveis na Plataforma Nau, está o Massive Open Online Courses (MOOC), “Sustentabilidade Ambiental – Mobilizar, Observar e Operacionalizar“, produzido com a colaboração do IPL e envolvendo vários docentes de diferentes Unidades Orgânicas, nomeadamente:

  • Alexandra David e Sandra Miranda, da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS-IPL);
  • Pedro Sarreira, da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx-IPL);
  • Ana Monteiro, Marina Almeida-Silva e Vítor Manteigas, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL); e
  • Cristina Camus, do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL-IPL).

Até à data de hoje, o MOOC de “Sustentabilidade Ambiental – Mobilizar, Observar e Operacionalizar” totaliza 4447 formandos inscritos. Inscrições aqui!

Os MOOC são uma oferta assíncrona e gratuita, que permite atingir um elevado número de participantes e dá flexibilidade para que o formando faça a gestão da frequência da formação. São um exemplo de como colocar novos ambientes de aprendizagem, com recurso a tecnologias digitais e multimédia ao dispor da formação de docentes e estudantes em áreas estratégicas do conhecimento para o desenvolvimento científico, económico, social e cultural do país.

Texto: adaptado de IPL
Foto: GCI IPL

Youth Exchange “Go Greener, the change starts by yourself!”

Inês Andrade, estudante do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, participou no Youth Exchange (YE) “Go Greener, the change starts by yourself!” realizado em Oradea, na Roménia, entre os dias 10 e 16 de outubro.
Este projeto contou com a participação de jovens da Eslováquia, Grécia, Itália, Lituânia, Polónia, Roménia e Portugal.
Youth Exchange (YE) "Go Greener, the change starts by yourself!"
Neste YE, que tinha como objetivo consciencializar e capacitar estes jovens para a promoção do desenvolvimento sustentável e luta contra as alterações climáticas, foram abordados temas como a situação ambiental atual da Europa, as consequências das alterações climáticas a curto e a longo prazo, a proteção do ambiente através de ações individuais e coletivas e metodologias para que possam colocar em prática na sua (nossa!) comunidade tudo aquilo que por lá aprenderam.

Sobrepopulação mundial e as suas consequências ambientais

A sobrepopulação tem vindo a ser reconhecida como a principal causa da maioria dos problemas ambientais, na medida em que o excesso de consumo está a ameaçar a sustentabilidade do planeta.

Em 1950 o número de população mundial era cerca de 2,5 mil milhões de habitantes, passando a 6 mil milhões no ano 2000. Apesar deste enorme aumento, a taxa de crescimento da população tem vindo a diminuir nos últimos 20 anos. Esta diminuição ainda não é visível com uma certa clareza pois grande parte das pessoas nascidas nos últimos 70 a 50 anos ainda se encontram vivas. De acordo com a Organização das Nações Unidas, prevê-se que a população mundial continuará a aumentar, alcançando os 11 mil milhões de habitantes até ao final do século. Estes dados permitem perceber a dificuldade de resolver os problemas associados à sobrepopulação, nomeadamente em relação à exaustão e consequente escassez de recursos naturais.

Nos países em desenvolvimento, a taxa de mortalidade tem vindo a reduzir bastante após o fim da Segunda Guerra Mundial, devido à implementação e promoção de campanhas de saúde pública e de vacinação, tendo como resultado uma redução significativa de doenças.

Figura 1. Crescimento populacional ao longo dos anos (fonte: Our World in Data).

Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Saúde Ambiental do 1.º ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), para o programa Jovens Repórteres para o Ambiente, pelos estudantes André Fernandes, Miguel Silva e Tiago Silva (ver publicação original).

Pandemias: há razões para entrar em pânico?

Covid-19 é o nome da doença que parou mundo, mas esta não é a primeira vez que a humanidade vivencia uma pandemia. Já foram testemunhados outros casos de uma doença que se propagou de forma rápida e prejudicou não só o Homem como o ambiente que o rodeia.

A palavra pandemia teve origem no grego pan, que significa “todos” e demos “as pessoas”, e é uma palavra normalmente usada para se referir a uma epidemia, ou seja, uma doença contagiosa, mas que acabou por se espalhar por vários países ou continentes.

Ao longo da história, a humanidade já presenciou diversas epidemias desde da Peste Negra, à Cólera, à Gripe Espanhola, ao HIV entre muitas outras e acabando no mais recente, o coronavírus. Todas elas, além de provocarem consequências debilitantes e às vezes fatais para aqueles que foram diretamente afetados, também podem provocar diversas consequências negativas ao nível socioeconómico e político. Qiu et al., no estudo “The Pandemic and its Impacts”, publicado em 2017 no jornal “Health, Culture and Society”, referem que em 2009, o impacto da gripe pandémica, o H1N1, não foi apenas relativo à mortalidade, mas também sobre os sistemas de saúde, a saúde animal, a agricultura, a educação, os transportes, o turismo e o setor financeiro. Outro exemplo, o SARS em 2003 e as pandemias de Ébola, em 2013 e 2015, respetivamente, perturbaram as economias e a ordem social na China e na África Ocidente, além dos doentes e mortos que causaram.

Figura 1. Intervenções de base comunitária. Legenda da figura: (#1) atrasar o pico do surto; (#2) descomprimir os picos de carga nos hospitais/infraestruturas; (#3) diminuir os casos globais e os impactos na saúde (adaptado de Markel H, Lipman HB, Navarro JA, et al. Nonpharmaceutical Interventions Implemented by US Cities During the 1918-1919 Influenza Pandemic. JAMA. 2007).

Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Saúde Ambiental do 1.º ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), para o programa Jovens Repórteres para o Ambiente, pelos estudantes Eduardo Pereira, Raquel Fonseca, Shakila Oliveira e Tânia Nunes (ver publicação original).

Por detrás da máscara: COVID-19

As máscaras cirúrgicas e as luvas de latex que estão a ser utilizadas de modo massivo pela população como forma de prevenção durante a Pandemia da COVID-19, são de uso único, estando a ser eliminadas como resíduo urbano, podendo estes serem considerados resíduos de risco biológico inseridos no grupo III dos resíduos hospitalares.

O que são máscaras e luvas?

São equipamentos de proteção Individual (EPI), mas que simultaneamente podem ser considerados dispositivos médicos. De acordo com o Decreto-lei n.º 128/93 de 22 de abril de 1993 , artigo 1º – alínea a. (entretanto revogado pelo Decreto-Lei n.º 118/2019), EPI é “qualquer dispositivo ou meio que se destine a ser envergado ou manejado por uma pessoa para defesa de um ou mais riscos suscetíveis de ameaçar a sua saúde ou a sua segurança”.

Um trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Gestão de Resíduos do 2.º ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), para o programa Jovens Repórteres para o Ambiente, pelas estudantes Fabiana Clérigo, João Anjos e Sandra Ferreira (ver publicação original).

Um mar de redes!

De acordo com a organização não-governamental Animal Protection, cerca de 100 mil baleias, golfinhos, focas, leões-marinhos e tartarugas morrem todos os anos devido às redes de pesca que são abandonadas no mar e que a Organização das Nações Unidas estima serem 640 mil toneladas anuais. Num relatório publicado pela Greenpeace no final de 2019, este valor representava mais de 85% dos resíduos plásticos encontrados no fundo do mar. Recorde-se que há 10 anos atrás, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura estimavam ser este valor de “apenas” 10%.

Um trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Gestão de Resíduos do 2.º ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), para o programa Jovens Repórteres para o Ambiente, pelas estudantes Diana Narciso, Catarina Carvalho e Inês Andrade (ver publicação original).