Guia Técnico: Reutilização de Águas Residuais

No passado dia 20 de Janeiro foi lançado o livro “Reutilização de Águas Residuais“, da autoria de Maria Helena Marecos do Monte do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), e António Albuquerque da Universidade da Beira Interior (UBI). Para esse efeito, a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), entidade promotora do livro, realizou o Seminário “Reutilização de Águas Residuais“, que decorreu no ISEL com a participação de centena e meia de profissionais e investigadores do sector das águas e resíduos.

De acordo com os promotores, este livro reveste-se de grande interesse para o País em virtude de apresentar uma informação muito completa sobre a forma de reutilizar águas residuais domésticas e industriais tratadas, com as suas implicações económicas, sociais e ambientais. As águas residuais podem e devem ser encaradas como uma origem de água a aproveitar e não como um resíduo a eliminar. As vantagens imediatas são a redução de descargas de efluentes em meios receptores, reduzindo-se, desta forma, impactes ambientais associados à sua carga poluente residual, em especial em situações de escassez; podendo, por outro lado, aqueles efluentes serem utilizados como uma origem de água para diferentes usos (rega agrícola, recreativa e de espaços verdes, lavagem de espaços públicos e recarga de aquíferos, por exemplo).

Esta é uma divulgação que fazemos a pedido de um dos autores, mas será, garantidamente, um título a adquirir e a ler.

2010: Ano Internacional da Biodiversidade

Segundo a informação que recebemos da  Naturlink, O Ano Internacional da Biodiversidade é uma iniciativa da Assembleia Geral das Nações Unidas para promover a consciencialização da sociedade no que respeita à importância da biodiversidade, às ameaças que enfrenta, e à urgência dos esforços para promover a sua conservação.

São quatro as mensagens que serão veiculadas através das inúmeras acções e actividades que decorrerão um pouco por todo o mundo ao longo de 2010:

  1. Os humanos fazem parte da rica diversidade da Natureza e têm o poder de a proteger ou destruir;
  2. A Biodiversidade, a variedade de vida na Terra, é essencial para manter as redes e os sistemas que nos proporcionam saúde, riqueza, alimento, combustível bem como os serviços vitais dos quais dependem as nossas vidas;
  3. As actividades humanas estão a causar a perda da diversidade das formas de vida na Terra a um ritmo muito acelerado. Esta perda é irreversível, empobrece-nos a todos e danifica os sistemas de suporte da vida de que dependemos todos os dias. Mas podemos evitá-la; e
  4. 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. Vamos reflectir sobre o que já alcançámos no que diz respeito à salvaguarda da biodiversidade e focar-nos na urgência do nosso desafio para o futuro. O tempo de agir é agora.

A nível nacional, a entidade responsável pela iniciativa é a Comissão de Coordenação Interministerial da Convenção sobre a Diversidade Biológica através do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

O Ano Internacional da Biodiversidade foi lançado oficialmente no passado dia 11 de Janeiro, numa cerimónia que terá tido lugar no Museu de História Natural de Berlim que contará com a presença da chanceler alemã Angela Merkel, do Ministro alemão do Ambiente, Conservação da Natureza e da Segurança Nuclear, Norbert Röttgen, do Director executivo do Programa Ambiental das Nações Unidas e do Secretário executivo da Convenção sobre a Diversidade Biológica, Ahmed Djoghlaf, entre outras personalidades.

Já fez alguns meses que, entre amigos, fiz alusão à relevância que 2010 teria para a Biodiversidade. Na altura, e porque não quis adiantar muito sobre o tema, a dúvida terá pairado no ar. E agora, já sabem o porquê daquela minha afirmação? 😉

II Encontro de Educação Ambiental

Terá lugar, nos dias 3 e 4 de Fevereiro de 2010, das 09H00 às 17H30, no auditório da Escola Superior de Educação de Bragança do Instituto Politécnico de Bragança, o II Encontro de Educação Ambiental – Divulgação de Práticas e Partilha de Experiências.

Este evento, que conta com a participação da colega, Técnica de Saúde Ambiental, Carla Quintas, surge num contexto de continuidade, objectivando a preocupação que a todos pertence – O respeito e interacção com o Ambiente, num clima de sustentabilidade e com o propósito de evidenciar a componente prática da Educação Ambiental, expondo actividades e reflexões que se têm vindo a desenvolver, tanto a nível particular como em instituições nacionais a esta área dedicadas.

Contextualizado na Licenciatura de Educação Ambiental e sendo momento de avaliação da unidade curricular de Produção de Eventos, este encontro decorrerá ao longo de dois dias, e contará com a presença de oito oradores e três especialistas responsáveis por oficinas práticas, terminando no segundo dia com um percurso pedestre no Parque Natural de Montesinho.

Destinatários: público em geral, estudantes, todos os que desenvolvem acções na área da Educação Ambiental e todos aqueles que tenham especial interesse nesta temática.

Mais informações: ficha de Inscrição On-line; programa do Encontro; e regras para a submissão de posters.

Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) abre portas à Saúde Ambiental

Foi hoje notícia, no Jornal  Destak, que recém-licenciados do curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Saúde de Beja vão poder estagiar na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para aplicarem conhecimentos que adquiriram ao longo da sua formação, em particular na área da segurança, higiene e saúde no trabalho.

Esta é, sem dúvida, uma excelente notícia que pode ser lida na integra aqui. Parabéns aos colegas que estiveram na génese do protocolo entretanto assinado e que propícia esta “nova” oportunidade.

A dúvida que entretanto me assola é se, referindo-se eles a “recém-licenciados”, estaremos nós a falar de estágios profissionais? Só pode!

Sistemas de Gestão Integrados de Ambiente, Qualidade e Segurança e Auditorias

Irá começar a 20 de Fevereiro de 2010 o Curso em Sistemas de Gestão Integrados de Ambiente, Qualidade e Segurança e Auditorias, promovido pela Escola superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e cujo prazo de candidatura termina a 5 de Fevereiro.

Este curso surge pelo facto de cada vez mais as organizações implementarem Sistemas de Gestão nas áreas do Ambiente, da Qualidade e da Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho, verificando-se como vantajosa a integração dos mesmos. Neste contexto as organizações requerem técnicos com conhecimentos nestas áreas, dando preferência a técnicos com policompetência.

Com este curso pretende-se oferecer os conhecimentos essenciais para a integração e auditoria a Sistemas de Gestão AQS, de forma a proporcionar um maior nível de versatilidade e qualificação aos seus formandos nestas áreas de trabalho.

Os formandos deverão adquirir conhecimentos no domínio da implementação dos Sistemas de Gestão Integrados (Ambiente, Qualidade e Segurança – AQS) e nas técnicas e metodologias de realização de auditorias a estes sistemas:

  • Adquirir bases para a Implementação de Sistemas Integrados de Gestão ASQ – requisito a requisito;
  • Compreender a principal legislação Ambiental e de Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho (SHST);
  • Compreender técnicas e metodologia de auditoria a Sistemas Integrados de Gestão AQS – ISO 19011;
  • Compreender como se prepara, realiza e elabora o relatório de uma auditoria a Sistemas Integrados de Gestão AQS, através de exercícios de simulação.

Mais informações aqui (ver folheto).

Greve dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (mais uma!)

Nos dias 15, 16 e 17 de Janeiro, no Hotel Conventual de Alpendurada, reuniu toda a estrutura dirigente do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS),  tendo como tema principal para debate a realização de uma greve nos dias 17, 18 e 19 de Fevereiro.

Entretanto ontem, dia 17 de Janeiro, a direcção do SCTS acabou por confirmar a realização da paralisação, estando prevista para a próxima semana a entrega do pré-aviso de greve.

Os temas nucleares que levaram à decisão terão sido:

  • Inexistência de auto-regulação profissional;
  • O exercício ilegal e inqualificado;
  • Os elevados níveis de desemprego nas 18 (dezoito) profissões de diagnóstico e terapêutica;
  • A evolução da aplicação do Processo de Bolonha ao ensino das tecnologias da saúde; e
  • A recusa do Ministério da Saúde retomar as negociações para a revisão da carreira destes profissionais.

De acordo com o sindicato, o último ponto, revisão da carreira, assume particular relevo, seja porque são os únicos profissionais de saúde que não são remunerados como licenciados dos serviços públicos, com perdas salariais médias de 300 Euros/mês, seja porque os mais de 25% de profissionais que exercem em regime de trabalho precário, continuam sem expectativa de qualquer convenção colectiva de trabalho e, por tal, sujeitos aos mais variados abusos dos serviços de saúde públicos.

Segundo o SCTS, esta situação é tão mais estranha e insólita quanto, em 12 de Agosto de 2009, o Ministério da Saúde ter interrompido as negociações para a revisão da carreira sem qualquer explicação, facto que determina serem os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica os únicos profissionais de saúde com quem o Ministério da Saúde não negoceia, quando os médicos e enfermeiros têm os seus processos praticamente concluídos.

Como nota de referência da gravidade das situações que se vivem nas 18 (dezoito) profissões de diagnóstico e terapêutica, apontam o “facto” da empregabilidade dos cerca de 3.500 licenciados formados em 2009, não ultrapassar os 2%; não exister qualquer plano de empregabilidade do Ministério da Saúde para estes profissionais; e, paralelamente, cresce exponencialmente o exercício inqualificado no sector privado, com especial incidência em análises clínicas, cardiopneumologia, farmácia, audiologia e fisioterapia.

Nota: post adaptado do texto remetido pelo SCTS à comunicação social a propósito da reunião da sua estrutura dirigente.