Celebrou-se ontem, dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher e a Saúde Ambiental, pelo exemplo da Marisa Lúcio, licenciada em Saúde Ambiental pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), foi notícia no jornal online “Notícias ao Minuto” (ver Elas estão num mundo que (supostamente) é para eles).
A Marisa não é caso único, se tivermos em consideração que cerca de 65% dos estudantes dos cursos de licenciatura em Saúde Ambiental são do sexo feminino, face aos 54% da média nacional para todos os cursos do ensino superior (dados do Ministério da Educação e Ciência) mas, ainda assim, não deixa de ser um excelente exemplo de que o que importa é a competência e a excelência no desempenho profissional, seja em que área for. Parabéns à Marisa Lúcio. Parabéns a todas as mulheres!…
Uma mulher de capacete sem medo de se impor
O gosto pela área e uma forte possibilidade de arranjar emprego foi o que levou Marisa Lúcio a seguir a área da construção civil. Ciente de que iria entrar num mundo de homens, esta jovem de 32 anos nunca considerou que isso lhe fosse causar algum “transtorno”. E hoje, tem a certeza disso.
“Tenho um cargo de autoridade, sempre fui respeitada e nunca senti qualquer tipo de dificuldades ou sentimento de inferioridade”, afirma a licenciada em Saúde Ambiental, que se especializou posteriormente como técnica superior de Higiene e Segurança no Trabalho.
Marisa, que conjuga o seu emprego com o de maquilhadora, sabe bem que os dois mundos podem ser muito diferentes. Se nas obras a veem como “a chata da fiscal que passa não conformidades e chama a atenção dos erros sucedidos”, em frente aos espelhos é “a fada que transforma o mulherio em princesas”. A diferença de tratamentos “exige inevitavelmente” o assumir de diferentes posições.
Apesar disso, considera que as únicas dificuldades que encontra “são mesmo as relacionadas com o trabalho e com a responsabilidade que lhe é intrínseca”.