Pandemias: há razões para entrar em pânico?

Covid-19 é o nome da doença que parou mundo, mas esta não é a primeira vez que a humanidade vivencia uma pandemia. Já foram testemunhados outros casos de uma doença que se propagou de forma rápida e prejudicou não só o Homem como o ambiente que o rodeia.

A palavra pandemia teve origem no grego pan, que significa “todos” e demos “as pessoas”, e é uma palavra normalmente usada para se referir a uma epidemia, ou seja, uma doença contagiosa, mas que acabou por se espalhar por vários países ou continentes.

Ao longo da história, a humanidade já presenciou diversas epidemias desde da Peste Negra, à Cólera, à Gripe Espanhola, ao HIV entre muitas outras e acabando no mais recente, o coronavírus. Todas elas, além de provocarem consequências debilitantes e às vezes fatais para aqueles que foram diretamente afetados, também podem provocar diversas consequências negativas ao nível socioeconómico e político. Qiu et al., no estudo “The Pandemic and its Impacts”, publicado em 2017 no jornal “Health, Culture and Society”, referem que em 2009, o impacto da gripe pandémica, o H1N1, não foi apenas relativo à mortalidade, mas também sobre os sistemas de saúde, a saúde animal, a agricultura, a educação, os transportes, o turismo e o setor financeiro. Outro exemplo, o SARS em 2003 e as pandemias de Ébola, em 2013 e 2015, respetivamente, perturbaram as economias e a ordem social na China e na África Ocidente, além dos doentes e mortos que causaram.

Figura 1. Intervenções de base comunitária. Legenda da figura: (#1) atrasar o pico do surto; (#2) descomprimir os picos de carga nos hospitais/infraestruturas; (#3) diminuir os casos globais e os impactos na saúde (adaptado de Markel H, Lipman HB, Navarro JA, et al. Nonpharmaceutical Interventions Implemented by US Cities During the 1918-1919 Influenza Pandemic. JAMA. 2007).

Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Saúde Ambiental do 1.º ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), para o programa Jovens Repórteres para o Ambiente, pelos estudantes Eduardo Pereira, Raquel Fonseca, Shakila Oliveira e Tânia Nunes (ver publicação original).