“Bactéria mortal nas cantinas” é o título de uma das notícias que aparentemente terá saído do I Congresso Nacional de Saúde Pública.
A bactéria mortal aludida no Correio da Manhã, a listeria monocytogenes, que causa a doença infecciosa listeriose, com elevada taxa de mortalidade, terá sido identificada em mais de cem amostras de géneros alimentícios recolhidas em cantinas públicas de escolas, hospitais e lares da terceira idade.
O anúncio da presença daquela bactéria nos alimentos foi feito ontem, no Congresso Nacional de Saúde Pública, pela investigadora Isabel Santos, do Laboratório de Microbiologia dos Alimentos do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
Aparentemente, e segundo a mesma fonte notíciosa, “as 101 amostras contaminadas com a bactéria foram detectadas num universo de dez mil análises efectuadas durante quatro anos”. Mais à frente pode ler-se que “das 101 amostras com a bactéria apenas cinco por cento – que correspondem a cinco amostras – apresentavam um grau de contaminação acima dos valores de referência, o que poderia pôr em risco a saúde das pessoas”.
Outras fontes, a mesma notícia: Destak, Portugal Diário, Diário de Notícias, SOL, TVI24.
Entretanto uma coisa me parece óbvia… apesar de haver contaminação e da bactéria ser mortal, não há doença nem mortes! Se assim não fosse teriamos como notícia “Bactéria mata nas cantinas“. Mas também poderá estar a ocorrer uma outra situação: há doença, mas os casos não são sujeitos a qualquer tipo de investigação epidemiológica. Se for este o caso, porque não se investigará?