Eco4planet

Eco4planet

Em Janeiro de 2007, Mark Ontkush sugere no seu blogue (ecoIron) que uma versão preta do Google economizaria 750 Megawatt/hora e lança assim a ideia de uma página de pesquisa com fundo escuro. Segundo os seus cálculos, isto representaria uma economia de cerca de 20% de energia, quando comparado com o motor de busca com fundo branco.

Esta página passou entretanto a ser divulgada como a Eco4planet e acabou, neste último Agosto, por registar um aumento significativo na preferência dos internautas, quando assumiu o compromisso de plantar uma árvore por cada 50 mil acessos.

A contagem é automática na página inicial e as árvores são plantadas no início de cada mês com referência ao número plantado no mês anterior. Neste momento e para este mês, já se garantiu a plantação de 96 árvores e faltam 31664 acessos ao Eco4planet para garantir as 97.

Pelo que percebemos, a versão portuguesa está dedicada exclusivamente aos utilizadores brasileiros, não no que diz respeito aos acessos, porque esses são livres, mas sim no que concerne à plantação. Para quando a plantação de árvores numa qualquer localidade Portuguesa?

XI Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (XI FIMAI)

XI Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (XI FIMAI)

A FIMAI – Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de Novembro de 2009, no Pavilhão Azul, do Expo Center Norte, em São Paulo, SP, abre um leque importante de opções na área ambiental e possibilita o contacto com os mais importantes especialistas e empresários no Brasil.

Considerada como a mais importante feira do sector de Meio Ambiente Industrial na América Latina, a FIMAI apresenta-se como excelente opção para mostrar o que há de melhor e mais avançado em nível mundial, sendo um grande atractivo para investidores e empresários nacionais e internacionais que desejam estreitar contactos com empresas do sector, fazer negócios e expandir sua rede de relacionamentos comerciais.

As novas tendências, inovações tecnológicas, práticas ambientais bem sucedidas e pró-actividade nos sectores socioambiental é a marca registada dos expositores da feira, transformando o evento num centro gerador de experiências e de negócios importantes.

Para aqueles que nos visitam do Brasil, boa visita.

Nota: informação recebida por correio electrónico.

Conferência Nacional de Saúde Ambiental – Saúde e Ambiente, vamos cuidar da gente

Saúde e Ambiente, vamos cuidar da gente” é o lema da 1.ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA) no Brasil.

I Conferência Nacional de Saúde Ambiental - Saúde e Ambiente, vamos cuidar da gente

Esta 1.ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental é uma iniciativa dos Conselhos Nacionais de Saúde, Cidades e Meio Ambiente, tendo em conta as deliberações das Conferências Nacionais de Saúde (13ª), das Cidades (3ª) e do Meio Ambiente (3ª).

A 1.ª CNSA, instituída por meio de Decreto Presidencial, tem como lema: “Saúde e Ambiente: vamos cuidar da gente!” e como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.

Este evento será o culminar de uma série de etapas municipais, estaduais e do Distrito Federal e que terminarão já no próximo dia 30 de Outubro (ver conferências). A etapa nacional da 1.ª CNSA terá lugar em Brasília-DF, de 9 a 12 de dezembro de 2009.

A ação humana sobre a natureza tem causado impactos cada vez mais graves sobre a saúde humana e os ecossistemas do planeta. Associada a um panorama de desigualdades sociais e econômicas, a degradação ambiental aponta para conseqüências que já vivemos no presente: o esgotamento dos recursos naturais; os processos acelerados de desertificação; a intensificação de eventos climáticos extremos; a crise urbana relacionada à carência de serviços de saneamento básico, habitação, transporte e segurança pública; poluição química de ambientes urbanos e rurais; e a emergência e reemergência de doenças.

Estes problemas são interdependentes, seus impactos vão além das fronteiras locais e seus efeitos são produzidos e sentidos pelas populações. A busca de soluções para este quadro diversificado requer a formulação e gestão de políticas públicas interdisciplinares, integradas, intersetoriais, participativas e territorializadas. Neste sentido, surge a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, a ser realizada em três etapas (municipais, estaduais e nacional), tendo como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.

Nós temos vindo a acompanhar (à distância) todo o percurso que irá culminar em Brasília e sabemos que, do lado de lá do Atlântico, aquilo que vamos escrevendo por cá não lhes é indiferente. Há alguns meses atrás, ainda antes de terminar a etapa municipal, alguém nos escreveu dizendo:

Olá, amigo!
Muito interessante. Aqui no Brasil estamos caminhando para a I Conferência Nacional de Saúde Ambiental. Seu blogue será uma fonte importante de informações.
Abção, paz e bem!

Bruno, um abraço também para você.

Ecoturismo e a consciência ambiental

O contacto com a natureza aproxima a população das questões ambientais e promove a conservação da biodiversidade

Através da aproximação física e afectiva entre cidadãos e os seus patrimónios históricos e naturais, o ecoturismo é uma das formas mais eficientes de promover a responsabilidade sócio-ambiental. Nesta matéria, Minas Gerais tem vindo a ser referência entre os estados brasileiros, tanto pela sua biodiversidade, como pelas suas políticas públicas de preservação. Com uma vegetação composta maioritariamente por paisagens da Mata Atlântica e do Cerrado, apresenta belas espécies de flora e de fauna, além de sítios arqueológicos de inestimável valor.

Actualmente, o estado possui 34 parques sob responsabilidade do poder público, sendo sete deles abertos a visitantes, com infra-estruturas para turismo e pesquisa científica. A eles, o Governo Estadual assegura a manutenção da mata virgem e do equilíbrio ecológico. Esta é também uma das contribuições do Governo de Minas Gerais para o combate dos efeitos do aquecimento global no planeta. Para se ter uma ideia, as matas nativas são responsáveis pela retenção de 1,5 bilhão de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, por ano.

Entre os parques, destaca-se a Serra do Espinhaço, reconhecida, há quatro anos, como reserva mundial da biosfera pela Unesco. Neste complexo de montanhas, com 3 milhões de hectares de área, esta localizado um dos mais importantes viveiros de aves e um herbário, que facilita a identificação das diversas espécies de plantas. É de salientar que das 553 reservas da biosfera reconhecidas pela Unesco, sete estão no Brasil, entre elas a Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, três biomas que formam a vegetação de Minas Gerais.

Segundo os órgãos de protecção, estes espaços são fundamentais para o desenvolvimento de uma consciência ambiental e cultural. Locais que para além de muita beleza natural, relatam a história ambiental do pais. Criado em 1944, a Serra do Espinhaço foi um importante palco da luta pela conservação ambiental do Brasil, durante a década 30. Pelo seu activismo, Dom Helvécio Gomes, arcebispo do município de Mariana, ficou conhecido como “o bispo das matas virgens” por liderar as primeiras manifestações pela transformação do espaço no parque estadual.

Museu do CháJá o Parque do Itacolomi proporciona o contacto com a memória económica, cultural e social do estado, em relação directa com as belezas de sua fauna e da flora. Nele, foi inaugurado recentemente o Museu do Chá, que recupera a história da plantação de chá do século passado, abandonada depois da Segunda Guerra Mundial. Além de toda a maquinaria, os visitantes encontram fotografias e objectos de época e um documentário que apresenta a história do chá, desde a sua origem na China até a sua introdução na região de Ouro Preto.

Outros cinco parques estaduais também estão abertos ao público: Ibitipoca, Nova Baden, Rio Preto, Serra do Brigadeiro e Serra do Rola-Moça. Todos são áreas de protecção ambiental sob a tutela do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Mais 27 Parques Estaduais estão a ser criados pelo Governo de Minas Gerais para que também estejam habilitados a receber o público. Em consonância, o estado tem investido na conservação de áreas protegidas e na fiscalização à desflorestação de vegetação nativa, a maior causa do efeito de estufa no Brasil, facto que ainda coloca o país entre os cinco maiores emissores de gases no mundo.

Parque Estadual Nova Baden

Com a nova legislação florestal, por exemplo, a região estabeleceu regras mais rigorosas para o consumo e preservação de seus principais biomas, a Mata Atlântica e o Cerrado. A nova lei define prazo de 20 anos para a recomposição das Áreas de Preservação Permanente utilizadas para actividades agropecuárias (agronegócio). A meta é ampliar a cobertura vegetal nativa no território mineiro até 2023. A nova legislação ainda estabelece novas regras para recomposição das matas nativas e define períodos específicos para a redução do uso de produtos provenientes das matas nativas, em especial o carvão utilizado pelas indústrias de ferro gusa.

Este post foi adaptado de um texto que o Leonardo Sacco, via Brasil, nos fez chegar a propósito do Ecoturismo e a consciência ambiental. Obrigado ao Leonardo e à Thamires da Webcitizen pela colaboração que têm dado no Saúde ambiental…. E eu confesso que estou cada vez mais desejoso de visitar o Brasil, em especial o Estado de Minas Gerais e os seus parques. Lindo!

Gestão de Habitat para a Fauna em Sistemas Agrícolas e Florestais

Por solicitação da Naturlink divulgamos o Seminário “Gestão de Habitat para a Fauna em Sistemas Agrícolas e Florestais“.

Gestão de Habitat para a Fauna em Sistemas Agrícolas e Florestais

Uma adequada gestão do habitat é uma componente essencial para conservação e gestão de espécies de vertebrados de elevado valor de conservação e/ou de interesse cinegético, afectando simultaneamente e de forma decisiva os recursos disponíveis e a dinâmica populacional de um vasto leque de espécies faunísticas e florísticas com quem partilham os ecossistemas.

Neste contexto, e numa altura em nos aproximamos rapidamente de 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, a Naturlink e o Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves, do Instituto Superior de Agronomia, estão a organizar o Seminário “Gestão de Habitat para a Fauna em Sistemas Agrícolas e Florestais“, no qual se apresentarão diversos projectos de conservação e de gestão de vertebrados e se discutirão componentes fundamentais a ter em conta quando se intervém nestes meios com objectivos de gestão faunística. O Seminário decorrerá no próximo dia 20 de Novembro de 2009, no auditório Adriano Moreira do Palácio Burnay, da Universidade Técnica de Lisboa (Rua da Junqueira, nº 86, Lisboa).

Este evento irá congregar trabalhos e entidades-chave associados à gestão faunística em Portugal, para além de um orador convidado Espanhol responsável pelo principal projecto de conservação do Lince Ibérico na Andaluzia, que inclui componentes de intervenção no terreno associadas à reprodução desta espécie em cativeiro.

Os interessados poderão aceder a informação adicional sobre o Seminário e descarregar a respectiva ficha de inscrição seguindo a hiperligação “Gestão de Habitat para a Fauna em Sistemas Agrícolas e Florestais“. Chamamos a atenção para o facto das inscrições deverem ser efectuadas até ao dia 30 de Outubro de 2009.

Minas Gerais altera Lei Ambiental

Deixo-vos mais uma sugestão de post, desta vez enviado pelo Leonardo Sacco, alusivo às alterações na Lei Ambiental Estadual de Minas Gerais feitas após o 2020 Leadership Campaign, evento que reuniu os maiores especialistas de meio ambiente do mundo em Belo Horizonte. As novas medidas adoptadas tenderão a reduzir a devastação de florestas originais e incentivar as indústrias e demais empresas a continuar com as suas acções de reflorestamento.

O estado aprova uma lei pioneira no pais, restringindo para 5% o uso de matéria-prima de florestas originais para empresas em sua produção anual.

Na primeira semana de agosto Minas Gerais foi sede de um dos mais importantes eventos do calendário ambiental no mundo, o 2020 Climate Leadership Campaign, que estabeleceu metas para a redução em 30 anos do tempo para que se atinja o controle do aquecimento global. Alinhada com a proposta no evento, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) anunciou na terça-feira (11), alterações na Lei Florestal. As mudanças visam principalmente o controle e redução do uso de florestas por empresas e indústrias mineiras.

As alterações preveem que até 2018 apenas 5% das florestas nativas sejam utilizadas como matéria-prima. O antigo texto afirmava que a vegetação original poderia ser utilizada em sua totalidade, desde que as empresas consumidoras replantassem duas árvores para cada uma derrubada. Sua implementação será gradual, com o percentual de utilização diminuindo em períodos de anos, até que chegue aos 5% de 2018. Entre 2009 e 2013 as indústrias poderão utilizar 15% de mata nativa em seu consumo anual total. Entre 2014 e 2017 esse percentual cairá para 10%, sendo finalmente reduzido a 5% após este segundo período.

Para incentivar a redução imediata no consumo, no entanto, o Governo mineiro promoveu também alterações na parte da lei que trata da reposição de árvores. As empresas que optarem por manter o consumo de matéria-prima florestal nativa, até o limite de 15%, terão de observar novos critérios de reposição. A utilização de 12 a 15% de consumo total proveniente de mata nativa exige a reposição  do triplo do consumido, ou seja, plantar três árvores para cada utilizada. Para a faixa entre 5 e 12%, a reposição será mantida com o dobro do consumido. Para o consumo de até 5%, a reposição será simples, de um para um.  

Ainda sobre a reposição de árvores, os consumidores tem novas opções para o replantio: podem optar pela participação em projetos sócio-ambientais com foco na proteção e recuperação da biodiversidade, em projetos de pesquisa científica, para recuperação de ambientes naturais junto a instituições nacionais e internacionais, ou em programas de recomposição florestal ou plantio de espécies nativas, implantação de unidades de conservação e no aperfeiçoamento técnicos os órgãos ambientais.

Outra importante modificação da lei é o sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no Estado, permitindo um melhor controle dos pontos de carga e descarga em Minas Gerais. As empresas transportadoras que atuam no estado deverão instalar dispositivos eletrônicos em todos os caminhões e estes serão monitorados por satélite. O aparelho que será instalado nos veículos permitirá o acompanhamento da trajetória da carga identificando todos os pontos de parada desde a origem até o destino da carga.

As alterações lei fazem parte do Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica, que visa diminuir a incidência de devastação nas duas localidades por meio de ações sociais e governamentais voltadas ao meio ambiente. Só em 2008 mais de R$ 10 milhões foram investidos pelo Governo de Minas Gerais na recuperação de áreas ambientais devastadas. Com as adequações feitas na lei Minas pode se tornar em breve um estado modelo no Brasil. Atualmente Minas Gerais é o único estado brasileiro no qual este tipo de lei ambiental está regulamentada.

Confira abaixo as oito principais alterações promovidas na lei ambiental de Minas Gerais:

  1. Fixação de cotas decrescentes (15% a 5%) até 2018 para consumo de matérias-primas originadas de floresta nativa;
  2. Estabelecimento de regras mais rigorosas em relação ao não cumprimento dos cronogramas de suprimento estabelecidos, inclusive com a possibilidade de redução obrigatória da capacidade de produção para as empresas que não se enquadrarem nas novas regras estabelecidas, incluindo a paralisação de suas atividades;
  3. Eliminação do dispositivo que permitia às indústrias de ferro gusa consumirem até 100% da sua demanda, com carvão vegetal de florestas nativas, mediante ressarcimento em dobro da reposição florestal;
  4.  Implantação de um sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no estado, permitindo o controle eficiente dos pontos de carga e descarga destes produtos, aliando-se desta forma o controle da produção e consumo destes insumos;
  5.  Estímulo de mecanismos alternativos à formação de plantações florestais, através de comercialização de créditos de carbono tanto pelo aumento de estoques florestais, quanto pela adoção de alternativas de substituição energética;
  6.  Novo sistema de cadastramento de produtores e consumidores de produtos e subprodutos florestais incluirá transportadores de madeira;
  7.  Uma inovação é apresentada pela emenda nº 9, que define, pela primeira vez na legislação, a destinação dos recursos obtidos com a arrecadação de multas ambientais. A emenda estabelece que 50% dos recursos serão aplicados no programa Bolsa Verde, que consiste em pagamentos de serviços ambientais prestados por produtores rurais;
  8.  A emenda nº 4 amplia de oito anos, como previsto anteriormente, para o máximo de nove anos, o prazo para que os consumidores de produto ou subproduto da flora (madeira, estéreos ou carvão) promovam o suprimento de suas demandas com florestas de produção na proporção de 95% do consumo total de matéria-prima florestal. Dessa forma, a adequação deverá ser feita até o ano agrícola 2019-2020.