A propósito de um pretenso comunicado do
Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde, distribuido por todos os TSA nele sindicalizados e que foi dado a conhecer aos restantes colegas, pela Sílvia Silva, no Fórum dos Profissionais de Saúde Ambiental, cujo conteúdo poderão conhecer na integra
aqui, a colega Sandra Moreira (uma das redactoras do
manifesto), refere que (passo a citar)…
Agradeço desde já à colega Sílvia Silva a divulgação do comunicado que recebeu do seu Sindicato e de ter partilhado parte do texto com os restantes profissionais de Saúde Ambiental. À semelhança de outros colegas, como não sou sindicalizada, era impossível ter conhecimento do comunicado de outra forma.
No entanto, muito me entristeceu e surpreendeu a má interpretação do conteúdo do Manifesto efectuada pelo Sindicato Ciências e Tecnologias da Saúde, facto felizmente não evidenciado pela maioria dos Técnicos de Saúde Ambiental!!!…
Que fique bem claro, que o Manifesto teve como finalidade valorizar a Saúde Ambiental nos Serviços de Saúde Pública do Ministério da Saúde e consequentemente mostrar a disponibilidade e vontade dos Técnicos de Saúde Ambiental em participar na reestruturação dos Serviços. Quisemos, de igual forma, evidenciar a potencialidade dos Técnicos de Saúde Ambiental não só no Ministério da Saúde mas também noutros ministérios/entidades, dada a necessária proximidade das questões da saúde às problemáticas ambientais. Qualquer alusão a que o manifesto assenta numa “aceitação da destruição sucessiva dos serviços de saúde pública” é no mínimo abusiva e falaciosa.
O Manifesto do Movimento dos Técnicos de Saúde Ambiental teve na sua génese uma reunião promovida pelo Centro Regional de Saúde Pública de Lisboa e Vale do Tejo, realizada por solicitação de alguns Técnicos de Saúde Ambiental da Sub-Região de Lisboa, e que contou com a presença de mais de 60 Técnicos. Esta reunião teve como objectivo informar os presentes sobre o processo de reestruturação dos Serviços de Saúde Pública e permitir que os Técnicos de Saúde Ambiental tivessem oportunidade de falar entre si e de reflectir em conjunto sobre o futuro da Saúde Ambiental. Foi unânime que era necessário escrever um documento que mostrasse a posição dos Técnicos de Saúde Ambiental, o qual foi conseguido através do Manifesto!
Se inicialmente o Manifesto seria elaborado em nome da Associação Nacional de Saúde Ambiental (ANSA), questões logísticas e de timing obrigaram a recorrer a outra solução… criou-se assim o Movimento dos Técnicos de Saúde Ambiental.
Neste sentido, é de referir que:
a) O Movimento dos Técnicos de Saúde Ambiental utilizou os meios que teve ao seu alcance para divulgar o Manifesto. Sabemos hoje que pela “passagem de palavra”, sobretudo por via de e-mail, a maioria dos Técnicos de Saúde Ambiental, de norte a sul do país, teve conhecimento do Manifesto, assim como a ANSA e o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE). Para nós estas foram as vias “normais” e suficientes para a prossecução do nosso objectivo: reunir o maior número de subscrições. O manifesto só foi enviado formalmente (via postal) ao governo (Exmos. Srs. Presidente da República, Primeiro-Ministro e restantes Ministros, assim como ao Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses).
b) Sem colocar em causa a representatividade de qualquer Sindicato, verificou-se que a esmagadora maioria dos Técnicos de Saúde Ambiental do nosso país subscreveu o Manifesto, pelo que é legítimo dizer que o mesmo é “representativo” da nossa classe profissional!
c) Não existem “questões de carácter sindical”. Existem questões dos profissionais/trabalhadores que podem ser defendidas por sindicatos/associações. No entanto, a reestruturação dos Serviços de Saúde Pública encontra-se em curso há já algum tempo e não tinha sido emitida, até à data de divulgação do Manifesto, nenhuma posição oficial pelos Sindicatos que supostamente representam os Técnicos de Saúde Ambiental (sindicalizados). Muito nos honrou o SINDITE subscrever o manifesto. Estamos num estado democrático, em que todas as pessoas têm o direito de exprimir a sua opinião, seja através da elaboração e divulgação de um documento ou seja por outra forma.
d) O Manifesto teve uma dupla perspectiva: dar a conhecer, de forma sucinta, o que é a Saúde Ambiental e o que fazem os Técnicos de Saúde Ambiental (considerando que o Manifesto foi enviado ao Governo) e, por outro lado, espelhar as preocupações e a opinião dos Técnicos de Saúde Ambiental.
e) Como em todos os Movimentos, as pessoas unem-se de forma espontânea e voluntária para defender uma causa e algo em que acreditam! O Movimento dos Técnicos de Saúde Ambiental formou-se com o mesmo espírito. Claro que existem sempre “líderes” nos Movimentos, se se subentender aqueles que redigiram o Manifesto, que o divulgaram aos colegas e que o enviaram ao Governo, mas que não se evidenciaram como presidentes ou provedores!! De salientar, que além da listagem de subscritores, somente foram referidos os nomes dos redactores nos ofícios enviados ao Governo, pela necessidade de contacto posterior. Possivelmente a maioria dos colegas já sabe quem são os redactores do Manifesto; ou se não sabe, considera que é um aspecto pouco relevante, no entanto, aqui ficam os nomes (por ordem alfabética) para não sermos acusados de não termos rosto:
Ana Verde;
Carlos Lourenço;
Eduardo Figueiredo;
Raquel Santos;
Rogério Nunes;
Sandra Moreira;
Vítor Manteigas.
Neste momento de reestruturação dos nossos Serviços, onde a incerteza e a instabilidade são notórias, é fundamental unir esforços. O Movimento dos Técnicos de Saúde Ambiental tentou de forma modesta reunir o maior número de profissionais nesta causa. Conseguiu e deu o primeiro passo em prol da Saúde Ambiental.
Haja outros que tomem iniciativas!
Cumprimentos,
Sandra Moreira
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