«Um Presidente Alternativo para a Ordem dos Médicos
Declaração de Lisboa
Carlos José Pereira da Silva Santos
Chefe de Serviço de Saúde Pública da ARSLVT IP, Doutor em Saúde Pública, Professor Auxiliar Convidado da ENSP/UNL
Vamos entrar em campanha eleitoral. A candidatura alternativa apresenta-se aos médicos e à comunicação social com um trabalho feito de múltiplos contactos de grande abrangência, com um levantamento alargado das razões de descontentamento e das preocupações de muitas centenas de médicos. Desenvolvemos um processo exemplar de dinamização dos colegas com base em diagnósticos precisos da realidade e das ameaças em curso, construímos projectos e propostas que se encontram em desenvolvimento dinâmico e que durante a campanha eleitoral irão ser contrastadas com a vivência e a praxis dos médicos.
Entregámos as listas alternativas para a Secção Regional Sul, distritos médicos de Lisboa, Grande Lisboa e Beja. Contamos com votantes e apoiantes em muitas outras listas tanto nas Secções Regionais Norte como Centro e na generalidade das listas dos restantes distritos médicos.
Apresentamos hoje o programa base da candidatura Alternativa que irá enquadrar os múltiplos contributos individuais e de grupo que irão enriquecer o debate e a reflexão escrita sobre os diversos temas da agenda. Será o nosso contributo para colmatar a vil pobreza de pensamento escrito actual e da inteira responsabilidade das direcções, actual e anterior da OM.
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A questão das Carreiras Médicas, passado presente e futuro.
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A questão do Serviço Nacional de Saúde, o presente e o futuro.
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A questão dos jovens médicos, síntese prática e operativa das duas primeiras grandes questões temáticas.
Represento a candidatura melhor colocada para, em conjunto com todos os médicos das diversas sensibilidades e qualificações, definir uma agenda da OM, apresentar e defender propostas de progresso para a defesa dos interesses dos médicos, da medicina, dos serviços de saúde e da saúde dos portugueses.
Como candidato considero reunir os atributos necessários para enfrentar o desafio e reverter a actual situação de pré desastre para a profissão médica e para a saúde em Portugal na medida em que possuo capacidades:
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Capacidade e saber par identificar, analisar os problemas sentidos pelos médicos e apresentar soluções efectivas.
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Capacidade de avaliar técnica e cientificamente as medidas e propostas do governo e propor alternativas fundamentadas.
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Capacidade de desenvolver trabalho colectivo e de promover a cooperação inter profissional.
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Capacidade de promover a unidade dos médicos respeitando a diversidade de opiniões e de interesses legítimos.
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Capacidade de leitura política da realidade da saúde e dos serviços e de equacionar as prioridades da agenda da OM e dos médicos.
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Sei contextualizar saberes teóricos e a realidade da saúde/ doença.
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Sei o que quero saber sobre a produção de cuidados médicos e sobre a história natural das doenças.
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Sei onde encontrar a informação que fundamente a tomada de decisões com evidência.
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Sei identificar e abordar quem conhece ou está apto a investigar na área da saúde e dos serviços de saúde.
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Sei o que não sei e por isso me reservarei até está informado.
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Gerir a informação pertinente em saúde.
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Gerir grupos de trabalho para a produção de pensamento consensual e fundamentado.
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Gerir investigação não só sobre saúde/doença como sobre serviços de saúde.
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Gerir conflitos de interesses técnicos entre profissionais ou entidades do SNS.
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Gerir a acção em política de saúde com base em conhecimentos evidentes.