Segundo o Climate Change Performance Index (CCPI), elaborado anualmente pela Rede Europeia de Acção Climática (Reac) e pela organização não-governamental GermanWatch, nenhum dos países analisados, conjuntamente responsáveis por mais de 90% das emissões de dióxido de carbono associadas à energia, teve um desempenho considerado satisfatório.
Os autores do estudo alegam que nenhum dos países está fazendo esforços que seriam necessários para assegurar que, numa escala global, o aumento da temperatura seja inferior a dois graus.
Em relação ao ano passado, Portugal desce da 13.ª para a 15.ª posição, mas o facto de nenhum país estar no pódio faz com que esta alteração possa até ser interpretada como a subida de um lugar, segundo a associação ambientalista Quercus, que integra a Reac.
De acordo com a Quercus, a boa posição reflecte o facto de o país “ter emissões per capita relativamente baixas e ter um conjunto de medidas consignadas, mesmo que ainda não implementadas, para as reduzir”.
Apesar disso, o país tem registrado um “aumento praticamente sistemático das emissões de dióxido de carbono desde 1990”, manifestando “dificuldades no cumprimento do Protocolo de Kyoto“, segundo os ambientalistas.
Neste ano, Suécia, Alemanha, França, Índia e Brasil lideram o ranking, elaborado com base na análise da política climática seguida em cada país, da tendência de evolução das emissões ao longo dos últimos anos e no nível actual de emissões, integrando variáveis como o Produto Interno Bruto (PIB) e as emissões per capita.
Espanha surge na 28.ª colocação na tabela, na qual a Arábia Saudita, o Canadá e os Estados Unidos figuram nos últimos lugares.
O relatório foi apresentando na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que acontece na Polónia. O estudo visa aumentar a pressão política e social sobre os países mais industrializados do mundo para que estes reduzam as emissões de dióxido de carbono, reforçando as medidas de proteção do ambiente.