Um pouco à margem dos propósitos que nos fazem escrever com alguma regularidade no Saúde Ambiental…, hoje damos-vos conta de que ontem foi aprovado em Conselho de Ministros um diploma que permite a criação de cursos técnicos superiores profissionais nos institutos politécnicos. Esta será uma “nova” oferta formativa com a duração de dois anos, que se perspetiva venha a começar a funcionar em setembro/outubro deste ano civil, início do próximo ano letivo.
De acordo com o Comunicado do Conselho de Ministros, trata-se então de um novo tipo de formação “não conferente de grau”, que apresenta como objetivo “alargar e diversificar o espetro da oferta do ensino superior em Portugal e por essa via aumentar o número de cidadãos com qualificações superiores necessárias ao país”. José Ferreira Gomes, Secretário de Estado do Ensino Superior referiu que estes cursos serão compostos por “um ano com componente geral muito forte” e por “um segundo ano com uma componente de formação profissional em sala de aula, juntamente com um estágio numa empresa”.
Por outro lado, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) tornou público, em comunicado, a sua “total indisponibilidade” para leccionar os novos cursos superiores, na medida em que estes revelam “desconhecimento da realidade” do ensino superior politécnico, dos interesses do mercado de trabalho e daquelas que são as necessidades de qualificação.
Estas são notícias de hoje, um pouco em toda a comunicação social, que se fazem acompanhar por uma outra, igualmente preocupante e que dá conta de que as desistência no ensino superior têm vindo a aumentar de forma significativa e que milhares de estudantes são obrigados a abandonar a universidade. Com os cortes nas bolsas, e sem dinheiro para as propinas, os estudantes, por exemplo, das Universidades do Porto, Minho, Algarve e Coimbra começaram a cancelar as inscrições e a congelar matriculas. Acreditamos que a realidade nas restantes instituições de ensino superior do país não seja muito diferente.
E vocês, estudantes e profissionais de saúde ambiental que nos seguem com regularidade, têm alguma opinião formada sobre esta matéria?