Eu não vou…

Por questões ambientais, deveriamos evitar ir, independentemente do dia.
Contudo, essencialmente por questões económicas…

Fazendo lembrar a “Mudança de Paradigma” da Saúde Pública…

Comportamento violento na idade adulta relaccionado com intoxicação por chumbo na infância

De acordo com a Agência Lusa, citada pela RTP (Notícias), “Um estudo científico norte-americano estabeleceu, pela primeira vez, uma ligação entre a intoxicação por chumbo nas crianças e um comportamento criminal ou violento na idade adulta”.

«Publicado no jornal PLos Medicine, o estudo da Universidade de Cincinnati abrangeu 250 crianças de bairros da cidade, onde as casas têm uma forte taxa de chumbo.
As crianças foram seguidas durante cerca de 30 anos, desde o seu nascimento até à idade adulta, para avaliar os efeitos a longo prazo de uma intoxicação crónica por chumbo, desde a mais tenra idade.
A presença de chumbo no sangue foi analisada regularmente, desde a gravidez da mãe até à criança atingir os seis anos e meio.
Os níveis de chumbo foram de seguida comparados com os processos judiciais dos indivíduos, já adultos.
“Os investigadores descobriram que, aqueles que tinham uma forte taxa de chumbo antes do nascimento e ao longo da pequena infância, eram mais presos por crimes violentos do que o resto da população com idades superiores a 18 anos”, informa a equipa de investigadores conduzida por Kim Dietrich, professor [do Departamento] de Saúde Ambiental na Faculdade de Medicina da Universidade de Cincinnati.
Pela menos 55 por cento das pessoas estudadas forma presas pelo menos uma vez, 28 por cento das quais por assuntos relacionados com droga.
A correlação mais nítida entre os níveis de chumbo no sangue e delinquência diz respeito a detenções por actos violentos.
“As crianças dos bairros desfavorecidos mantêm-se muito vulneráveis à exposição ao chumbo”, indica Dietrich

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Nota: ilustração recolhida no sítio do
Lead Education and Abatement Design Group.

Insólitos da Saúde Ambiental: o avião, as salinas e o rio

Há coisas de difícil explicação e esta é, seguramente, uma delas. Se alguém tiver uma explicação plausível, que a evidencie. A minha explicação será dada mais tarde.
A fotografia que vos mostro foi tirada hoje de manhã, na freguesia do Forte da Casa, concelho de Vila Franca de Xira, e mostra um avião da TAP no meio das antigas salinas que se encontram junto à linha da REFER que faz a ligação entre Lisboa e o Porto.
No percurso entre uma das piscinas do concelho e o centro de saúde, a Carla Nunes, uma das estagiárias do Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, gritou: olha ali um avião da TAP!!
Olhei para o céu e nada vi. Não!!… Ali ao pé do rio, disse ela.
Parámos e não resisti a tirar uma fotografia deste momento insólito, só observável porque nós, Técnicos de Saúde Ambiental, desenvolvemos actividades predominantemente na rua, junto da comunidade.
Mas agora uma dúvida me assolou. Será que mais uma vez o novo aeroporto de Lisboa mudou de localização?

Rio abaixo no Fluviário de Mora

Foi já no ano passado que passei uma tarde no Fluviário de Mora.
Ali poderão fazer uma viagem ao longo do curso de um rio (exemplo de um rio ibérico), da nascente à foz e observar diferentes tipos de habitats e os seres vivos que neles vivem.
Algumas das espécies de água doce, já desaparecidas dos nossos rios, como o esturjão, e outras ainda que urgem pela atenção do Homem, podem ali ser vistas.
No Fluviário de Mora podem ainda descobrir algumas espécies que também vivem em ambientes de água doce, embora noutros locais do mundo.
Localizado no concelho de Mora (distrito de Évora), o Fluviário de Mora encontra-se inserido no Parque Ecológico do Gameiro (freguesia de Cabeção), que possui vários espaços onde poderão passar momentos muito agradáveis. Têm um parque de merendas, uma praia fluvial, um pequeno estabelecimento de bebidas com uma esplanada e um pequeno espaço de jogo e recreio para os mais novos.
Deixo-vos esta sugestão… independentemente de serem, ou não, Técnicos de Saúde Ambiental, não deixem de visitar.
Para aqueles que se dedicam à Educação Ambiental, esta será uma visita de trabalho.

Pedro Bento, sete meses depois, eis finalmente a explicação do que me levou à “terrinha”.

O Pálido Ponto Azul

Foi esta noite, agora, há pouco mais de cinco minutos que recebi uma mensagem de correio electrónico da colega, Técnica de Saúde Ambiental, Paula Rodrigues.
“Uma perspectiva bem diferente” era o assunto da mensagem. Nela, uma hiperligação para um vídeo do YouTube fazia antever mais do mesmo. Piada!… Risota!… À laia de “apanhados”.
Ainda assim fui ver.
Nem de propósito… “O Pálido Ponto Azul” a que Al Gore havia feito referência no “An Inconvenient Truth” passava diante dos meus olhos, ao som de Carl Sagan.

Contemplem e meditem…

«Look again at that dot. That’s here. That’s home. That’s us. On it everyone you love, everyone you know, everyone you ever heard of, every human being who ever was, lived out their lives. The aggregate of our joy and suffering, thousands of confident religions, ideologies, and economic doctrines, every hunter and forager, every hero and coward, every creator and destroyer of civilization, every king and peasant, every young couple in love, every mother and father, hopeful child, inventor and explorer, every teacher of morals, every corrupt politician, every “superstar,” every “supreme leader,” every saint and sinner in the history of our species lived there – on a mote of dust suspended in a sunbeam.»

Está pronto para mudar a sua vida? A crise climática pode ser resolvida.

Eu já terei visto vezes sem conta “Uma Verdade Inconveniente“.
Já o vi sozinho, acompanhado, no cinema, em sala de aula.
Da última vez que o vi, uma aluna de Saúde Ambiental, antes de sair da sala, disse baixinho: pronto, já estou deprimida!
Este sentimento é característico de quem se sente impotente. Incapaz de fazer a diferença.
A questão que entretanto se coloca é a de saber se você Está pronto para mudar a sua vida?
É que, em função dessa mudança A crise climática pode ser resolvida.
O texto que vos apresento de seguida surge no fim do filme, durante os créditos finais. Surge naquela fase em que já ninguém olha para a tela de projecção e está ansioso por esticar as pernas, perdendo, muitas vezes, informação importantíssima. A mim já me aconteceu.
Está pronto para mudar a sua vida?
A crise climática pode ser resolvida.
Aqui diz como começar.
De facto, você pode reduzir as suas emissões de carbono a zero.
Compre aparelhos e lâmpadas eficientes.
Mude o seu termostato (use termostatos temporizados) para reduzir os gastos energéticos na climatização.
Climatize a sua casa aumentando a insolação. Controle o consumo de energia.
Recicle.
Se puder, compre um carro híbrido [aqui e aqui].
Quando puder, caminhe ou ande de bicicleta.
Onde puder, use transportes públicos.
Diga aos seus pais para não arruinarem o Mundo em que vive. Se é pai, junte-se aos seus filhos… para salvar o Mundo em que irão viver.
Mude para fontes de energia renováveis. Veja se a empresa que lhe fornece energia dispõe de energia verde. Se lhe disserem que não, pergunte: porquê?
Vote em políticos que prometem resolver esta crise.
Escreva ao Parlamento. Se não o ouvirem, candidate-se.
Plante árvores, muitas árvores.
Fale acerca desta questão na sua comunidade.
Telefone para programas de rádio e escreva a jornais.
Insista para que os Estados Unidos da América [e demais países, incluindo a Austrália] congelem as emissões de CO2…
… e junte-se aos esforços globais para parar o aquecimento do Planeta.
Reduza a nossa dependência do petróleo.
Ajude os agricultores a produzirem combustíveis à base de etanol [combustível à base de biomassa].
Eleve os seus padrões de economia de combustível. Exija menores emissões nos veículos automóveis.
Se acredita no poder da oração, reze para que as pessoas encontrem a força necessária para mudar.
Nas palavras de um antigo provérbio africano,
Quando você reza,
Os seus pés mexem-se.
Encoraje os outros a ver o filme “Uma Verdade Inconveniente
Aprenda tudo o que puder sobre a crise climática e ponha o seu conhecimento em acção.
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Nota: adaptação e tradução livre.