Ana Escoval, a demissão e, as unhas e os anéis do Sr. Ministro

Ana Escoval, que conhecemos pessoalmente, além de muitas outras coisas é também a directora da revista “Tecnologias da Saúde. Gestão, Ciência e Inovação”, docente no curso de Mestrado em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e faz parte da Comissão Científica e Comissão Organizadora das “Conversas de Fim de Tarde”, a que já aqui fizemos referência.
No entanto, foi como responsável da Unidade de Contratualização do Ministério da Saúde que apresentou a sua demissão ao Ministro da Saúde. (fonte: Saúde SA).
Cá p’ra nós, parece-nos que o Sr. Ministro começa a perder os anéis dos dedos. Esperemos que entretanto não arranje uma unha encravada.

Centros de Saúde e Hospitais – Recursos e Produção do SNS – 2006

Já está disponível, a partir de hoje, no sítio da Direcção-Geral da Saúde, o documento “Centros de Saúde e Hospitais – Recursos e Produção do SNS – 2006“.
Após um rápido “passar de olhos” pelo documento, dando enfoque às questões que mais interesse me despertam, pude constatar que em relação aos dados estatísticos da publicação anterior, referente ao ano de 2005, verifica-se um decréscimo de cerca de 5,5% no que diz respeito aos Técnicos de Saúde Ambiental (TSA) em exercício em Portugal Continental.
No que diz respeito aos Médicos de Saúde Pública (MSP), houve um aumento de 0,8%. O aumento verificado para este grupo profissional, visto isoladamente, não terá qualquer significado. No entanto, se comparado com os valores dos últimos anos, em que a tendência era a diminuição efectiva de técnicos deste grupo profissional, os irrisórios 0,8% apresentam-se como um valor muito interessante.

O aumento de MSP deve-se à Região de Saúde no Norte e à Região de Saúde do Alentejo, sendo que nas restantes, o número de profissionais diminuiu, com especial relevância para a Região de Saúde de Lisboa, que contribuiu com a saída de 12 médicos. A diminuição de 2 médicos na Região de Saúde do Algarve corresponde a um decréscimo de 11% daqueles profissionais naquela região.

Preocupante tende a ser a situação dos TSA, que em todas as regiões de saúde viram o seu número diminuir (na Região de Saúde do Algarve, a redução de 3 TSA corresponde a quase 16% do número total daqueles profissionais naquela região) e que no próximo ano não deverá ser melhor. Porque será?