Comemora-se amanhã o 25 de Abril de 1974.
Apesar de tudo o que nos possam ensinar, e possamos ler sobre o antigo regime, dificilmente poderemos imaginar como seriam os dias vividos por aqueles que almejavam a liberdade – eu ainda não tinha 2 anos.
Apesar de não ter passado pelas agruras de outrora, tento, entre outros e na medida do possível, passar aos descendentes os valores do amor, da amizade, da família. Os valores da liberdade.
Hoje, ao deixar o descendente mais velho no jardim-de-infância, a educadora e a auxiliar chamaram-me à parte.
– Queremos falar consigo, disseram-me elas. Fiquei preocupado.
– Está a ver o que ali está escrito? Foi o André que disse, e disse-o com tom eloquente, continuaram.
– Está a ver o que ali está escrito? Foi o André que disse, e disse-o com tom eloquente, continuaram.
No dia anterior tinham estado a falar sobre o 25 de Abril de 1974. No fim, perguntaram a todas as crianças da sala o que era, para elas, a liberdade. O André levantou-se e disse:
– Liberdade é quando um homem está apaixonado por uma mulher.
Haverá verdade maior que esta? Haverá liberdade mais desejada do que a liberdade de poder amar?
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