Ontem, 6 de Março, foi dia de Tertúlias de Saúde Ambiental: A Saúde Ambiental nos Serviços de Saúde Pública.
O tema era interessante e extremamente actual, digo eu. Os tertulianos dinamizadores, face, entre outras coisas, ao seu percurso profissional, faziam antever uma assistência interessada e esta acabou mesmo por “superar” as expectativas.
Naquela sala, estranhamente agradável da ” Fábrica Braço de Prata“, estiveram Técnicos de Saúde Ambiental (TSA) e Médicos de Saúde Pública, alguns no activo, outros já não. Por ali também vi Engenheiros do Ambiente, Juristas, Professores do Ensino Superior e mais alguns que confesso não saber o grupo profissional a que pertenciam mas que, garantidamente, a Saúde Ambiental nos Serviços de Saúde Pública lhes pareceu um tema que merecesse a pena. Mesmo não estando a representar as respectivas instituições, estiveram por lá profissionais do Instituto Português da Juventude, da Agência Portuguesa do Ambiente, Câmara Municipal do Barreiro, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Escola Superior de Saúde de Beja, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP (ARSLVT, IP) e respectivo Departamento de Saúde Pública… e mais algumas, com certeza… enfim… ilustres conhecidos e desconhecidos que vieram um pouco de todo o país. Vi por ali gente do Alentejo, do Oeste, da Beira Litoral, etc…
Foi, garantidamente, uma noite inesquecível, pelo tema, pelas pessoas e pelo facto de ter sido esta a primeira de muitas tertúlias que entretanto se seguirão. Aprenderam-se coisas novas, ouviram-se opiniões diferentes, souberam-se novidades (muitas e importantes) mas, estranhamente, ou talvez não, os TSA que estiveram presentes, foram os mesmo de sempre. Quase me atreveria a dizer que houve um boicote por parte dos Técnicos de Saúde Ambiental, reflexo, eventualmente, do seu desinteresse generalizado pela Saúde Ambiental nos Serviços de Saúde Pública.
Pergunto-me se não estão nos Serviços de Saúde Pública, os Técnicos a quem deveria interessar esta tertúlia? Parece que não!
Julgo, caros colegas, que terão perdido uma excelente oportunidade de se sentarem à mesa de jantar com outros profissionais que têm preocupações comuns e de discutir e questionar alguns daqueles que têm responsabilidades na área da Saúde Ambiental e da Saúde Pública e que são decisores sobre estes assuntos.
Há muitos que se questionam como é que se podem efectuar mudanças na Saúde Ambiental sem os TSA.
A resposta parece-me óbvia, não acham?