Congresso Internacional de Saúde Ambiental: dia 2

Chegou ao fim o segundo dia do Congresso Internacional de Saúde Ambiental.

O dia de hoje foi, para além de interessante, divertido. Tudo começou com o painel Impactes das Alterações Climáticas na Saúde, onde contámos com a presença do José Palma, do Eduardo Santos, do Francisco Ferreira e da Isabel Lança (a ausência do “prefixo” é intencional). Ficámos a saber que o infanticídio seria uma solução a adoptar para o combate à superpopulação. Tão interessante quanto este painel, acabaram por ser as conversas que depois fomos tendo com um dos convidados ali presentes, autor do despropósito acerca da superpopulação.

As sessões paralelas de hoje, tanto as da manhã como as da tarde, acabaram por ter o mesmo “problema” que as do dia anterior: muitas ausências. Ainda assim, as que tivemos oportunidade de assistir foram interessantes.

A sessão plenária da tarde, Riscos Emergentes em Saúde Ocupacional, contou também com a excelência de vários comunicadores. Destaco aqui a comunicação do Garcia Pereira, o advogado dos trabalhadores, que arrancou um magote de palmas quando aludiu à soberba da Autoridade para as Condições do Trabalho (palavras minhas) na medida em que, ela própria, não tem serviços organizados de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. De seguida tivemos a oportunidade de ouvir o José Pinto da Costa que, com o tom que o caracteriza, nos deu a conhecer a relevância das vaginas e dos testículos, naquilo que para a incapacidade para o trabalho podem significar (sim, não leram mal!).

Foi também neste dia que a Patrícia, a nossa leitora que havia ganho a última Smartbox Aventura que aqui tínhamos oferecido, se chegou a nós, apresentando-se. A ela e às restantes colegas com quem estivemos, por aquela ocasião, à conversa, desejo as maiores felicidades.

Um cumprimento também especial aos estudantes de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa que em Coimbra se fizeram representar. Hoje deixamos aqui uma fotografia de parte da comitiva. Amanhã, quem sabe, mostraremos os restantes elementos.

À noite, chegou entretanto a hora do jantar do congresso. Comeu-se bem a bordo do Basófias e trocaram-se algumas impressões com colegas do Azerbeijão e do Bahrain. Foi também a bordo do Basófias que decidimos o ano e a localização onde o próximo Congresso Internacional de Saúde Ambiental irá decorrer. Por razões óbvias, daremos aqui a notícia apenas em segunda mão.

Congresso Internacional de Saúde Ambiental: dia 1

Estamos, desde ontem à noite, por Coimbra.

Apesar dos trabalhos só terem iniciado na manhã de hoje, a verdade é que já desde ontem que o Congresso Internacional de Saúde Ambiental (CISA), que decorre por estes dias em Coimbra, sentou à mesma mesa vários colegas, docentes de Saúde Ambiental de Portugal, Brasil e Espanha.

Os trabalhos começaram à mesa do Trovador, no Largo da Sé Velha onde, por entre um trago de tinto e uma garfada de porco preto, colegas das Escolas Superiores de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Lisboa e Porto, da Escola Superior de Saúde de Beja, da Faculdade de Medicina do ABC (São Paulo) e da Universidad Politécnica de Madrid partilharam experiências.

No entanto, foi hoje pela manhã que os trabalhos tiveram o seu início formal.

Na sessão de abertura foi notória a ausência dos representantes da Direcção Geral da Saúde e da Autoridade para as Condições do Trabalho. Esta foi uma situação alheia à organização e que a meu ver (opinião muito pessoal), em nada prestigia as instituições que se haviam comprometido a ali se fazerem representar.

A primeira sessão plenária, subordinada ao tema Saúde Ambiental: Ensino e Profissão, apesar da ausência do representante da International Federation of Environmental Health, contou com a presença daqueles com quem havíamos tido o prazer de jantar na noite anterior e acabou por ser um momento muito interessante. Interessante acabou também por ser o painel Gestão da Emergência em Saúde Pública.

A partir do meio da tarde, os participantes rumaram a cada um dos auditórios onde tiveram lugar as quatro sessões paralelas. Destas, pouco vos podemos contar porquanto tivemos lugar cativo em apenas uma delas, na qualidade de moderador. Algo que terá sido recorrente em todas as sessões, foi a ausência de alguns dos oradores esperados. Ainda assim, por aquilo que nos foi veiculado, a sessão que moderámos acabou por ser aquela onde se verificou o maior número de comunicações (três das cinco previstas) e o maior número de congressistas assistentes.

Os meus sinceros parabéns ao Reuben Govender (África do Sul) e ao Diogo Sousa Gomes e à Carla Viegas (Portugal), pelas excelentes comunicações apresentadas. Sentimos a falta da Maria de Fátima (Brasil) e do Mohammad Islam (Bangladesh).

Por fim, e já depois da exposição e esclarecimento de posteres, rumámos ao Fórum Coimbra, para o Chá com vista para o Mondego, ao som da Tu Na D’ESTES (um abraço especial ao “bicho” que nos abordou após a actuação e nos vendeu um CD).

E pronto… está feito o relato daquele que foi o primeiro dia do CISA. Valeu pelas comunicações, pelos colegas que revimos e conhecemos (Serranita, um beijo para ti) e pelos estudantes das várias escolas com quem tivemos oportunidade de falar (boa viagem para aqueles que entretanto irão rumar a Madrid).

Se porventura tiverem algo mais a acrescentar àquilo que aqui já foi dito, aproveitem o espaço de comentários para o fazer.

Amanhã, se tivermos oportunidade, voltaremos com mais notícias.