A Importância dos Técnicos de Saúde Ambiental

Foi no passado dia 10 de novembro, em Coimbra, que falámos sobre a Importância dos Técnicos de Saúde Ambiental. O evento era o Encontro Nacional de Saúde Ambiental e a sessão abordava a evolução e a importância destes profissionais.

Para quem não esteve presente, aqui fica o resumo…

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a saúde ambiental aborda os aspetos da saúde e qualidade de vida humana, determinados por fatores ambientais, quer sejam eles físicos, químicos, biológicos ou sociais. Refere-se também à teoria e prática de avaliação, mitigação, controlo e prevenção dos fatores que presentes no ambiente podem afetar potencialmente, de forma adversa, a saúde humana das gerações atuais e das vindouras.

Nesse sentido, e atendendo aos determinantes da saúde, onde o ambiente tem um peso significativo, contribuindo de forma relevante para o total de doenças e mortes prematuras, os licenciados em saúde ambiental, por conta daquelas que são as suas competências, podem e devem ser protagonistas privilegiados nas atividades de promoção da saúde e prevenção da doença.

Na década de noventa, com a criação do curso de higiene e saúde ambiental, perspetivava-se então o colmatar da necessidade de pessoal mais qualificado para o desempenho em saúde ambiental ao nível dos cuidados de saúde primários, como forma de obviar os problemas de saúde pública. Esta terá sido a razão pela qual se explicitou, inclusive, que a importância das atividades prosseguidas por este setor profissional nos serviços de saúde, atentava a interligação dos técnicos de saúde ambiental com as autoridades de saúde. Nos últimos anos, contudo, tem-se assistido a uma mudança de paradigma e o reconhecimento da sua importância tem-se salientado noutras áreas que não exclusivamente a saúde pública.

Atualmente, áreas como a saúde ocupacional e a gestão ambiental, em detrimento da saúde pública, têm primado por chamar a si os licenciados em saúde ambiental, reconhecendo as suas competências e valorizando os seus desempenhos. Esta é, garantidamente, a razão pela qual a taxa de empregabilidade ainda se vai mantendo acima dos valores médios para a generalidade dos cursos do ensino superior.

Para além de enfatizar esta constatação, importa ainda garantir a área da saúde ambiental nos cuidados de saúde primários, recolocando a saúde pública, e por inerência a saúde ambiental, na agenda política. Este será um processo que urge encetar já!… Porquanto será um processo longo, sem fim garantido e sem a garantia de que virá a ter um desfecho feliz.

Percebemos entretanto que os participantes eram, na sua maioria, profissionais em exercício nos cuidados de saúde primários e acabámos por adequar o discurso àquela realidade que tão bem conhecemos. Em algumas ocasiões admitimos ter sido um pouco duros na análise mas a bem da verdade é que, mesmo assim, muita da dura realidade ainda terá ficado por dizer e, mais importante, por debater.

A ANSA, o associativismo e a mobilização dos sócios

No âmbito do Encontro Nacional de Saúde Ambiental, que resultou de uma organização conjunta do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) e da Associação Nacional de Saúde Ambiental (ANSA), muito se falou da ANSA, do associativismo e da mobilização (ou falta dela) dos seus associados.

Se é verdade que as organizações só fazem sentido garantindo o real empenho daqueles que as dirigem, no caso das organizações profissionais o envolvimento também dos seus associados, profissionais ou estudantes, é mais que uma obrigação, uma necessidade.

Nesse sentido a ANSA está a presentear os potenciais sócios, com a oferta de jóia e um ano de quotas para propostas de admissão recebidas até 25 de Dezembro de 2011, à laia de presente de Natal, dizemos nós.

Os eventuais interessados devem descarregar a proposta de admissão, preenchê-la devidamente e encaminhá-la para a ANSA com os documentos necessários.

Entretanto, mais que angariar sócios, importa mobilizá-los para causas que se querem comuns. Naquilo que a nós diz respeito, cá estaremos para ajudar.

Recordatória: Encontro Nacional de Saúde Ambiental (ENSA 2011)

Foi no fim de julho deste ano que aqui fizemos alusão ao Encontro Nacional de Saúde Ambiental (ENSA 2011).

Hoje voltamos a referi-lo, à laia de recordatória, porque julgamos de extrema importância a participação de todos os licenciados em Saúde Ambiental, independentemente de serem, ou não, Técnicos de Saúde Ambiental. Os temas a abordar serão igualmente pertinentes para merecerem a atenção e a presença dos estudantes de Saúde Ambiental. O prazo de inscrição foi entretanto alargado até ao dia 2 de novembro.

Ao longo dos dois dias do ENSA 2011 (10 e 11 de novembro), os trabalhos serão distribuídos por sete painéis:

  1. Evolução e importância dos Técnicos de Saúde Ambiental;
  2. Os Técnicos de Saúde Ambiental nos sectores público e privado;
  3. Ensino superior e formação;
  4. O futuro da profissão e o  empreendedorismo;
  5. O papel da ANSA, do SCTS e do Fórum das TS;
  6. Reflectir a Saúde Ambiental nos Cuidados de Saúde Primários;
  7. Novas saídas profissionais.

A título pessoal, admitimos ter algum receio de que a indiferença generalizada (reconhecendo algumas excepções) à qual temos assistido nos últimos anos, naquilo que diz respeito à Saúde Ambiental nos Cuidados de Saúde Primários, catapulte os Técnicos de Saúde Ambiental para uma situação constrangedora.

Urge participar e fazer parte da solução, ao invés de simplesmente contestar e continuar a ser parte do problema.

Conferência “A EDS na Sociedade do Conhecimento”

De acordo com a informação que recolhemos no blogue Eco-Escola ESTeSL, irá ter lugar de 28 e 30 de outubro de 2011, no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, a 2.ª Conferência CIDAADS, subordinada ao tema “A Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) na Sociedade do Conhecimento“, comemorando-se assim aquele que é o sétimo ano da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014).

A Conferência, organizada pela Associação CIDAADS em parceria com a Agência Ciência Viva, pretende contribuir para a monitorização da implementação da Década, assim como enfatizar as políticas seguidas no âmbito da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, promover o intercâmbio e a divulgação de projetos de investigação, além de promover a divulgação de práticas inovadoras.
Trata-se de um evento que, pelas temáticas em discussão no domínio do Desenvolvimento Sustentável, reúne académicos, investigadores e profissionais de educação e de outros domínios, proporcionando espaços facilitadores da partilha de experiências e da troca de saberes e preocupações.
Dado o tema proposto para este ano da Década A EDS na sociedade do conhecimento/Informação, procura-se que a II Conferência CIDAAS seja uma conferência sem papel (paper less). Assim, toda a informação da preparação e pós conferência serão disponíveis em formato digital a partir da página da CIDAADS e da Agência Ciência Viva.
No decorrer da Conferência toda a informação será apresentada em formato digital, incluindo os posters e a programação, prevendo-se a sua transmissão on-line em directo.
Acresce que a Conferência deve ser encarada como um espaço de intervenção no âmbito da Educação para Cidadania com vista à tomada de uma maior consciência crítica que promova uma participação cidadã mais activa e eficaz, ao mesmo tempo que contribui para o desenvolvimento da Educação Ambiental e para a implementação da EDS.
Este é um evento e uma temática à qual a Saúde Ambiental não poderá, também ela, ficar alheia.

Encontro Intercontinental Sobre a Natureza

O Encontro Intercontinental Sobre a Natureza – O2 é um evento cuja quinta edição se irá realizar entre os dias 21 e  27 de novembro de 2011 em Fortaleza no Ceará, e que nos foi dado a conhecer pela Janete Duarte (obrigado Janete).

Encontro Intercontinental Sobre a Natureza – O2 tem como objetivo promover a discussão sobre as questões do desenvolvimento sustentável ao nível intercontinental, salientando aquelas que são as condições atuais, os estudos realizados e as ações a serem implementadas numa perspetiva de gestão ambiental, além de mobilizar a população em geral para a consciencialização do interesse pela proteção da água, do meio ambiente, do turismo ecológico, da eco arte cultura (fazendo lembrar o CONSENSUS) e a convivência harmoniosa dos seres vivos em seu habitat.

O Oé um encontro bianual que acontece na cidade de Fortaleza em novembro dos anos ímpares com o objetivo de despertar na sociedade o interesse pela proteção da água, do meio ambiente, do turismo ecológico, da ecoarte cultura, com discussões de questões de desenvolvimento sustentável, ressaltando as atuais condições, os estudos e experiências realizadas e as ações a serem implantadas e implementadas para o manejo geoecológico da natureza no nível local e global.  Objetiva congregar líderes, cientistas e pessoas físicas e jurídicas comprometidas com a proteção da natureza e a sobrevivência do planeta que firma-se como um encontro de referência na disseminação das questões ambientais.

CONSENSUS – Consumo Sénior Sustentável

CONSENSUSConsumo nior Sustentável é o nome do projeto da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (ESTSP), dinamizado pela Saúde Ambiental, e que teve como alvo a população sénior que frequenta os Centros de Dia da Freguesia de Santa Marinha (Vila Nova de Gaia) com o objetivo de promover o Consumo Sustentável e a reutilização dos resíduos resultantes do ato de consumo.

O que era considerado “lixo” foi transformado pelos idosos em peças artísticas e/ou utilitárias que estão a ser utilizadas como meio de angariação de fundos destinados a uma Instituição de Solidariedade Social.

Estes objectos são pretexto para promover o contacto dos idosos com a comunidade, possibilitando a transferência da sensibilidade adquirida em relação ao consumo sustentável e a promoção de atitudes de Redução, Reutilização e Reciclagem dos Resíduos.

Este projeto, financiado pela Fundação Caloust Gulbenkian, terá sido um dos finalistas da edição deste ano do Green Project Awards 2011.