Finalistas 95/96 de Saúde Ambiental

Hoje foi dia de garantir que a tradição ainda é o que era, que se mantém e é para cumprir.

Hoje, último Sábado do mês de Maio, concretizou-se mais um almoço de Técnicos de Saúde Ambiental, estudantes Finalistas 95/96 da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL).

Esta é uma tradição que começou exactamente um ano após a Bênção das Fitas em 1996 e este terá sido, portanto, o décimo terceiro almoço. Recordo-me que o primeiro teve lugar em Lisboa, junto à então sede da ESTeSL, em Entrecampos. Desde essa altura já estivemos, por exemplo, na Nazaré, no Barreiro, em Évora, na Malveira, no Magoito, na Sertã, em São Vicente (Ilha da Madeira), na Póvoa de Santa Iria, em Sintra e, este ano, na Foz do Arelho (Caldas da Rainha). Ajudem-me!… Que locais faltaram?

Éramos poucos (muito poucos). Entre colegas e familiares contavam-se onze cadeiras ocupadas. Já fomos mais, mas também já fomos menos. O importante é garantir que a tradição se vá mantendo, proporcionando assim momentos para que aqueles que podem ir aparecendo, o façam. Como em cada almoço se determina quem fica responsável pela organização do encontro do ano seguinte, hoje ficou-se a saber que daqui a um ano, muito provavelmente, estaremos em Aviz.

Saúde Ambiental na ESTeSL (Finalistas 95/96)

Esta terá sido a última aula de Legislação Sanitária Ambiental e a última aula do curso de (Higiene) e Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, no ano lectivo 1995/1996. Não estamos todos mas a maioria está presente. Quem não estiver que se acuse!

As estagiárias vão à praia…

«Eram 8h00 e já se fazia sentir a ansiedade que antecede uma nova experiência… era a nossa primeira colheita de águas balneares!
Aconteceu-nos de tudo um pouco, desde frascos que teimavam em fugir, ondas que nos queriam derrubar, roupas que atrapalham, massagens naturais aos pés proporcionadas por mexilhões e conchas e terapia de algas…
Assim, constatámos que…
… a teoria nem sempre coincide com a prática, sendo fundamental para nós, como futuras Técnicas de Saúde Ambiental, experenciar todas estas actividades.
Desta forma, agradecemos às nossas monitoras, Ana Teresa Oliveira e Helena Patrício, por nos proporcionarem esta actividade durante o nosso Estágio de Aprendizagem.
Um especial agradecimento ao Técnico de Saúde Ambiental Vítor Manteigas, por nos ter acompanhado e por ter paciência para todas as nossas dúvidas, inexperiência e por ser um óptimo fotógrafo e à Técnica de Saúde Ambiental Ana Rita Santos, pertencente ao Centro de Saúde de Mafra, que nos demonstrou e transmitiu detalhadamente como se procede a uma colheita de águas balneares.
Por fim, deixamos aqui o conselho para os futuros técnicos, como nós, a viver experiências como estas…»
Ana Raquel Mendes, Carla Nunes, Cátia Machacaz, Vânia Gregório.
3ºano,
Saúde Ambiental, ESTeSL
Na fotografia, da esquerda para a direita, Cátia Machacaz, Carla Nunes, Rita Santos, Ana Raquel Mendes, Vânia Gregório e Vítor Manteigas

No ano passado foi assim…

Reestruturação da Saúde, a quanto obrigas

Ontem, depois de quase duas semanas ausente, ao sentar-me à secretária reparei num envelope com o meu nome. Abrio-o…
Lá dentro podia-se ler, em tom de despedida, Ad Amicos de Antero de Quental.

Em vão lutamos. Como névoa baça
A incerteza das coisas nos envolve.
Nossa alma, em quanto cria, em quanto volve,
Nas suas próprias redes se embaraça.

O pensamento, que mil planos traça,
É vapor que se esvai e se dissolve;
E a vontade ambiciosa, que resolve,
Como onda entre rochedos se espedaça.

Filhos do Amor, nossa alma é como um hino
À luz, à liberdade, ao bem fecundo,
Prece e clamor dum pressentir divino;

Mas num deserto só, árido e fundo,
Ecoam nossas vozes, que o Destino
Paira mudo e impassível sobre o Mundo.

Aquela “despedida” terminava apelando-se à manutenção dos valores que enquanto profissionais de saúde, haviamos defendido em conjunto, ao longo dos mais de dez anos de exercício em conjunto: responsabilidade pessoal e profissional; partilha interdisciplinar; trabalho em equipa; humanização na prestação; comunicação inter-profissional e respeito mútuos.

Porque a reestruturação da saúde a isso obriga, uns chegam e outros terão que partir.
Agora que a gestão do Agrupamento dos Centros de Saúde vem aí, quem estava já não está, mas os valores permanecem, as amizades subsistem e as saudades perduram.

Para que conste, gostei de trabalhar consigo.
Um beijo!

Descendentes da Saúde Ambiental

Miguelinho… Miguelito, ou simplesmente Miguel.

A família da Saúde Ambiental não pára de aumentar. Apresento-vos o mais recente rebento, made by Luísa e Delfim.
Foi no passado dia 20 de Janeiro, que o Miguel, de 3225 gramas, viu a luz do dia pela primeira vez.
Aos pais, em especial à mamã Luísa (colega do Centro de Saúde de Alhandra), os meus parabéns.
Atenção!!… Não são gémeos, apenas duas fotografias.

O meu botão de Rosa

Esta noite, ainda antes da hora do despertar consciente, acordei.
Veio-me à memória a Rosa.
A justificação que encontro, dever-se-à talvez ao facto dela, no jantar de véspera, ter sido tema de conversa à mesa.

A Rosa foi minha colega de serviço durante alguns anos. Foi a Assistente Administrativa que me acompanhou durante algum tempo, incluindo aqueles anos em que estive sozinho no serviço, sem Médico de Saúde Pública, sem Autoridade de Saúde.
Foi minha colega, minha companheira de folias laborais. Chegou a ser minha confidente.
Mas a Rosa, um dia murchou.

Se ainda estivesse entre nós, teria a minha idade.
Deixou familia: dois filhos, um esposo, seus pais e tantos outros, que tal como os amigos, ainda choram a sua ausência.
Um dia, chegou a leucemia e a Rosa murchou.
Recordo-a sempre bem disposta, mesmo quando as vicissitudes da vida nada o fariam prever.
Recordo-a sempre confiante, à espera de um dador, que tardava a aparecer.

Um dia, a Rosa murchou, mas deixou plantada nos nossos corações a sua alegria.

Rosa, trago sempre no meu coração, aquele botãozinho que agora floresce.

Para ti, Rosa, com eterna saudade.
Um beijo, onde quer que estejas.