Ser-se Técnico Superior de Segurança e Higiene em Espanha

Foi na sequência do post alusivo ao Observatorio de Salud Laboral que recebi uma mensagem de correio electrónico de um colega, Técnico de Saúde Ambiental, que se encontra a trabalhar em Espanha.
Considerando a pertinência do assunto abordado, e com a devida autorização do próprio (obrigado Daniel), transcrevo-vos parte da mensagem por ele enviada.
Não consegui resistir a uma mensagem que deixou na página http://www.saudeambiental.net/ referente ao “Observatorio de Salud Laboral” mais propriamente ao início da notícia em questão, em que refere aos muitíssimos colegas a desempenhar funções em HST em Espanha.
Vou contar-lhe a minha história, prometo ser breve.
Sou licenciado em Saúde Ambiental e, como tantos colegas, não consegui emprego na área de SA nem na área de HST, assim que decidi arriscar o mercado de trabalho Espanhol.
Tive muitíssima sorte, já que em Agosto do ano passado uma multinacional do sector do comércio me seleccionou para trabalhar como “Técnico Superior de Prevencion de Riesgos Laborales” no seu departamento de HST interno. As minhas funções seriam de responsável de HST nas suas lojas em Portugal, e apoio à minha colega espanhola nas lojas em Espanha. Assim comecei a desempenhar funções nesta empresa em Setembro de 2007, e é aqui que começa a minha aventura.
A direcção da empresa queria a todo o custo que homologasse o meu CAP de Higiene e Segurança aqui em Espanha já que grandes parte das funções que iria desempenhar eram como Técnico de HST espanhol. Claro está que sem a homologação do CAP não poderia assinar nenhum trabalho por mim realizado.
Assim, em Novembro de 2007 desloco-me ao Instituto Nacional de Seguridad y Salud en el Trabajo (INSHT) (equivalente ao ACT em Portugal) aqui em Madrid para informar-me acerca da homologação, e qual o meu espanto quando eles me informam que não podem homologar seja o que for, e que a única entidade que tem esse poder é o Ministério da Educação. E encaminham-me para o Ministério da Educação. No Ministério da Educação deparo-me com outra situação, a licenciatura de Saúde Ambiental em Espanha é uma simples formação profissional (estes profissionais têm como uma das principias funções, desinfestações de pragas) comunicando-me que a minha licenciatura não pode ser homologada, e mais, que o CAP de HST também não é homologado pelo Ministério [da Educação] já que não é considerado uma carreira universitária. Informando-me que essa homologação seria efectuada pela entidade que autoriza as universidades e empresas de formação a leccionar esse curso, ou seja o INSHT. Volto a deslocar-me ao Instituto Nacional [de Seguridad y Salud en el Trabajo] e depois de comentar com eles o sucedido no Ministério [da Educação] encaminham-me para o Instituto Regional de HST [Instituto Regional de Seguridad y Salud en el Trabajo (IRSST)] também aqui em Madrid.
Desloco-me ao Instituto Regional com a minha colega espanhola, reunimo-nos com uma pessoa responsável e explicamos a minha situação.
A pessoa fica muitíssimo admirada porque diz que nunca teve conhecimento de uma situação semelhante em Espanha. Fiquei muitíssimo surpreendido já que tinha ouvido comentar a antigos professores que havia vários colegas a desempenhar funções em Espanha como Técnicos Superiores de HST.
Esta pessoa explicou-nos que o melhor era eu pedir à minha Universidade que enviasse documentação sobre o curso (carga horária, temas abordados, etc) directamente ao cuidado dela, ao qual iria estudar o meu caso.
Pouco depois a Universidade envia toda a documentação possível acerca do curso de Saúde Ambiental, e que já englobava a temática e carga horária referente ao curso de HST.
Duas semanas depois voltei a ligar e a pessoa que me atendeu explica-me que ainda estavam a estudar o caso, mas, fez um comentário “off the record” para não me preocupar que eles me dariam a homologação.
Volto a ligar umas semanas mais tarde e outra pessoa diz-me que não me irão dar a homologação já que a documentação que a Universidade enviou não tinha nada de semelhante ao curso de HST leccionado em Espanha.
Desloco-me novamente ao Instituto Regional e falo com uma pessoa que se apresentou como responsável pelo departamento de formação e que me comenta que a homologação de cursos de HST não é da competência daquele Instituto e acrescenta que o meu CAP não pode ser homologado em Espanha já que nenhuma entidade espanhola o faz.
Possuo neste momento cerca de 450 horas de formação prática na área de HST e mais de 800 em formação teórica, isto sem contar com cerca de 1200 horas de experiência Profissional na área. Os cursos de HST em Espanha são online, e não presenciais como em Portugal.
Como pode um País da União Europeia “dizer” que o nosso curso não é valido em Espanha!!! Depois da Legislação da área ser em grande parte comum para os dois países!!! Enfim….

Fui despedido uma semana depois da empresa.
Neste momento estou a trabalhar como tele-operador com um salário um pouco superior de o recebido por um técnico de HST recém licenciado em Portugal. Mas, o meu sonho, e o que espero conseguir, é homologar a minha licenciatura e o meu CAP de HST aqui em Espanha.

Sei de colegas que trabalham em Espanha, na área da Segurança e Higiene do Trabalho. É provável que já se tenham confrontado com os mesmos problemas. A questão que entretanto se coloca é: já alguém conseguiu resolver um problema idêntico?
Se sim, que nos conte como o conseguiu. Ajude o colega Daniel e outros a fazê-lo também.
Obrigado.

Jobs In Environmental Health

A California Conference os Directors of Environmental Health (CCDEH) disponibiliza uma lista de empregos na área da Saúde Ambiental. As ofertas são restritas ao estado da California e para nós servirão apenas para…

Técnicos de Saúde Ambiental em crise na Escócia

O The Royal Environmental Health Institute of Scotland (REHIS), que representa os Técnicos de Saúde Ambiental (TSA) escoceses, alerta para o facto de ao longo da última década o número de TSA em actividade nos concelhos daquele país ter diminuido 40%. Dos mais de 800 TSA que existiam, restam agora apenas cerca de 500 profissionais.

Informação recolhida no The Herald. Saibam mais aqui.

No nosso país, ao longo dos últimos anos, a tendência tem sido inversa, à excepção do ocorrido em 2006, ano em que se verificou uma ligeira diminuição do número de TSA face ao ano de 2005. Contudo, temo que os dados referentes a 2007 sejam mais acentuados e perspectivo que piorem em 2008 e 2009. Face ao atraso com que a Direcção Geral da Saúde disponibiliza os dados (mais de um ano), lá para 2011 saberemos se terei, ou não, razão.

Environmental Health Officer procura-se… no Reino Unido

Eis uma proposta de emprego para um “Técnico de Saúde Ambiental”, para St. Albans City and District Council, no Reino Unido.

«We are looking to recruit an enthusiastic and committed professional to join our environmental protection team. You will job share with an officer who is currently on maternity leave and will be returning part-time in 2009. Your working days will be Mondays and Tuesdays, with the remaining hours being made up on one other day. You will have the opportunity to work across a range of environmental duties including noise, air quality management, general public health complaints and planning application consultations. Educated to degree level or equivalent in Environmental Health, you will have EHORB [Environmental Health Officer’s Registration Board] and be a member of the CIEH [Chartered Institute of Environmental Health]. A diploma in Acoustics or Environmental Protection would be advantageous. Applications will be considered from applicants qualifying by summer 2008. A current driving licence is also a prerequisite for this post. You may be required to participate in the Out of Hours Noise Control Service, which attracts additional remuneration of around £1,000 per annum, if and when there is a vacancy.»

Às £1,000 (€1472,16) acresce um rendimento anual entre £24,284 (€35749,83) e £33,826 (€49797,14).
O pacote de benefícios, como lhe chamam inclui ainda “22 days annual leave, flexitime (for specific posts), pension scheme, childcare vouchers, annual train season ticket loan, bicycle loan and staff leisure discount. The Council is keen to promote homeworking and other flexible working practices.”
Mais informações aqui.

——————————
Nota: informação recolhida no Opportunities.

Concurso para Inspector Director das Direcções Regionais da ASAE

Foi ao regressar das mini-férias da Páscoa que vi, na caixa de correio electrónico, uma mensagem de uma colega que dava conta da abertura de concurso para Inspector Director das Direcções Regionais da ASAE (Aviso n.º 8930/2008, D.R. n.º 58, Série II de 2008-03-24), nomeadamente para a Direcção Regional do Norte, Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo e Direcção Regional do Algarve.
Os requisitos legais são:
a) Ser funcionário público licenciado, dotado de competência técnica e aptidão para o exercício de funções de direcção, coordenação e controlo;
b) Ser detentor do mínimo de seis anos de experiência profissional em funções, cargos, carreiras ou categorias para cujo exercício ou provimento seja legalmente exigível uma licenciatura.

Se com o primeiro requisito ainda se poderiam encontrar, a nível nacional, dois ou três colegas, já com o segundo, no Ministério da Saúde, tal nunca seria possível.
Não basta ser licenciado, mestre ou doutor. Seria preciso que para o desempenho em Saúde Ambiental, houvesse a necessidade de ter uma licenciatura, coisa que não se verifica.

Para aqueles que desenvolvem a sua actividade ao nível autárquico ou no Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional (não são muitos, mas já há alguns), a realidade será diferente. Tanto quanto julgo saber, nestes casos são Técnicos Superiores, onde é imperioso ter uma licenciatura.

E é assim… tratamento diferente para formações iguais, que geram oportunidades diferenciadas.
Já agora, o perfil exigido é:
a) Licenciatura, mestrado ou doutoramento;
b) Possuir competência técnica e aptidão comprovada para o exercício de funções de direcção, coordenação e controlo;
c) Possuir experiência profissional em gestão e organização em organismos ou entidades da Administração Pública;
d) Capacidade de liderança e organização de serviços públicos;
e) Disponibilidade para assumir funções na área da fiscalização;
f) Possuir espírito de iniciativa e capacidade de decisão.

Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho para a DHL

Para todos os(as) eventuais interessadas(os), informa-se que a DHL abriu uma vaga para Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho. Os candidatos deverão enviar o seu Curriculum Vitae, via correio electrónico para aqui (Hélder Fernandes).

——————————
Cortesia do colega Hélder Simões