Importância da caracterização da contaminação fúngica em diferentes ambientes

O Ciclo de Conferências – Encontros com a Ciência na ESTeSL, que visa reforçar a promoção da cultura cientifica na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) através da divulgação da investigação levada a cabo pelos seus docentes/investigadores e por docentes/investigadores que desenvolvem a sua atividade em outras instituições, irá contar com a participação da área científica de Saúde Ambiental.

No dia 5 de janeiro de 2012, entre as  12h00m e as 13h00m, no Anfiteatro da ESTeSL, venham perceber a “importância da caracterização da contaminação fúngica em diferentes ambientes“, pela professora Carla Viegas, docente da Área Científica de Saúde Ambiental da ESTeSL.

Poluição Atmosférica em São Paulo pelas mãos da Faculdade de Medicina do ABC

Poluição atmosférica em SP afeta fertilidade de casais é o título da notícia de dia 17 de Maio, no Portal de Notícias da Globo.

Os estudos mostram que qualidade do sêmen dos jovens está cada vez menor e que, de uma forma geral, a poluição atmosférica pode ser causa de infertilidade de casais.

São estas as conclusões a que chegaram os colegas da Faculdade de Medicina do ABC, São Paulo (Brasil), nomeadamente os do curso de Saúde e Gestão Ambiental, que estiveram connosco no Congresso Internacional de Saúde ambiental 2010 (ver Congresso Internacional de Saúde Ambiental: dia 3 e último).

 

O trabalho desenvolvido especificamente por eles revela o risco que as mulheres correm quando expostas a índices relevantes de poluição atmosférica. A sua descoberta evidencia que a poluição do ar pode aumentar a taxa de uma hormona ligada à fertilidade.

“A poeira e a fumaça no meio ambiente podem ocasionar o risco de aumento de um tipo de hormônio chamado prolactina”, explica o coordenador do curso de Saúde e Gestão Ambiental da Faculdade ABC, Fernando Fonseca.

Todos nós temos uma dose equilibrada de prolactina no corpo. Nas mulheres, ela prepara as mamas para a gravidez. No homem, combinada com outros hormônios, pode causar alterações, como falta de libido, falta de apetite sexual. Se a taxa de prolactina for alterada, é grande a chance do casal não conseguir ter filhos.

“Se a população souber que os poluentes podem causar problemas na sua saúde, com certeza vão procurar melhorias até na forma de educação ambiental ou diminuir o uso de carros”, alerta o professor de saúde ambiental e de química, Odair da Silva.

Investigação Aplicada em Saúde Ambiental em debate no ENASA 2011

Foi ontem que teve início o ENASA 2011, aquele que é o terceiro Encontro Nacional de Alunos de Saúde Ambiental, desta vez organizado pelos estudantes de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto.

Com a moderação do estudante David Leite, os trabalhos tiveram início com um debate a propósito da Investigação Aplicada em Saúde Ambiental, desenvolvida nas escolas onde é leccionado o curso de licenciatura em Saúde Ambiental e onde as coordenações/direcções dos respectivos cursos se fizeram representar.

A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), além do Coordenador da Área Científica de Saúde Ambiental, em representação da Directora de Curso, fez-se representar também pela recém licenciada em Saúde Ambiental Marina Silva, assistente na ESTeSL e que se encontra neste momento integrada num “centro de investigação”, onde desenvolve o seu projecto de doutoramento. Terá sido esta a forma de evidenciar que a investigação, em moldes muito específicos, poderá ser encarada como uma “saída profissional”.

Aos elementos que integravam a mesa foram colocadas algumas questões, nomeadamente:

  1. Existe alguma unidade curricular direccionada para a investigação? Qual a importância que lhe é dada e qual foi a evolução dessa unidade curricular?
  2. Será que o projecto (de investigação) não teria um maior interesse inserido em empresas ou projectos já existentes, de modo a ter uma finalidade prática?
  3. Será o projecto um impulsionador do mercado de trabalho? De que forma?
  4. Qual a percentagem de Técnicos de Saúde Ambiental formados na vossa escola que envereda pela carreira da investigação?
  5. Qual a vantagem nos dias de hoje de enveredar pela carreira de investigação?

Chegou-se à conclusão que de facto a investigação é considerada relevante no âmbito das competências a adquirir e desenvolver pelos estudantes de Saúde Ambiental. Aludiu-se ao facto que se estar, eventualmente, a sobrevalorizar a investigação em detrimento da componente mais técnica, expectável numa formação desta natureza. Apesar de algumas diferenças evidenciadas pelas diferentes escolas,  a verdade é que muitos projectos de investigação desenvolvidos no âmbito dos cursos de licenciatura estão inseridos em empresas ou projectos já existentes ou acabam mesmo por potenciar novos projectos. Alguns dos trabalhos desenvolvidos acabam também por se relevarem “montras” daquelas que são as competências e mais-valias dos licenciados em Saúde Ambiental.

Lançou-se o desafio aos Técnicos de Saúde Ambiental (profissionais que desenvolvem a sua actividade no Serviço Nacional de Saúde, no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários) no sentido que também eles começarem a fazer uso das suas competências ao nível da investigação na medida em que têm acesso a informação que daria azo a trabalho dessa natureza, além do facto das Unidades de Saúde Pública serem encaradas, cada vez mais, como observatórios de saúde.

A terminar, o estudante David Leite questionou os elementos da mesa sobre a forma de como ultrapassar a inércia que se verifica actualmente nas Unidades de Saúde Pública e nos Técnicos de Saúde Ambiental nos Cuidados de Saúde Primários. Aqui aludiu-se à motivação (ou falta dela), à dependência hierárquica daqueles que não fazem e não deixam fazer, aos “bestiais” e aos “bestas” (todos conhecemos profissionais que podemos catalogar desta forma) mas a ideia final a reter é a de que as Unidades de Saúde Pública serão aquilo que os profissionais quiserem fazer delas e nisto os Técnicos de Saúde Ambiental têm (ainda) muito a fazer!