A Saúde Ambiental esteve a um passo dos Jogos Olímpicos de Pequim

A Saúde Ambiental esteve a um passo dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 (Beijing) pelas mãos de Telma Santos, estudante de Saúde Ambiental na Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa.
Telma Santos, já por sete vezes campeã nacional de singulares senhoras em badminton, tem representado Portugal em diversos Campeonatos da Europa e do Mundo, mas falhou o apuramento para Pequim.
Ficará para a próxima.

Em entrevista publicada por Fernando Gouveia n’O BADMINTONISTA – Boletim Informativo, à pergunta: – A caminho de uma licenciatura em Saúde Ambiental como é a conciliação estudo/badminton?, Telma responde…

«É muito complicado quando se é atleta de alta competição e se está a lutar por algo muito importante. Pelo menos no meu caso que tive de empenhar por uma qualificação Olímpica foi impossível conciliar as duas coisas e tive mesmo de parar de estudar dois anos. Mas também depende das pessoas, umas conseguem e outras não. E depende também das condições que dão aos atletas, em muitos países são arranjadas soluções para que possam estudar e jogar. Alguns jogadores Top na Dinamarca são médicos, fisioterapeutas e nunca pararam de estudar mesmo viajando, pelo mundo fora.»

À futura colega, os parabéns e o desejo de muito sucesso desportivo e profissional.

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Nota: imagem recolhida no blogue MasterBad – Le BADMINTON en Belgique.

A Saúde Ambiental na Wikipédia

A Wikipédia é uma enciclopédia livre, escrita em colaboração pelos seus leitores e que contém uma vasta quantidade de informação sobre os mais variados assuntos, se não todos, e a Saúde Ambiental já lá está.
O artigo alusivo à Saúde Ambiental faz, basicamente, alusão ao conteúdo do Decreto-Lei n.º 117/95 de 30 de Maio, que cria a área profissional de técnico de higiene e saúde ambiental e define o respectivo conteúdo funcional.
É, certamente, uma forma de divulgação da nossa área profissional, mas cujo conteúdo é passível de vir a ser melhorado, com a inclusão de mais informação que venha a promover o que somos e o que fazemos.
Esta é uma ideia já abordada no Fórum das Tecnologias da Saúde Online no tópico TDT na Wikipédia e que eu aqui retomo.
Porque qualquer pessoa pode alterar, de imediato, qualquer artigo, fazendo uso da ferramenta Wiki, sugiro a todos os Técnicos de Saúde Ambiental que colaborem na melhoria do artigo a que já aludi.

A Saúde Ambiental aos olhos de uma médica interna do ano comum

Hoje, à semelhança do que acontece em muitos outros dias ao longo do ano, fui acompanhado por uma médica interna do ano comum.
A actividade da manhã de hoje estava inserida na vertente analítica do programa de vigilância da qualidade da água de utilização recreativa, o que nos fez visitar algumas das piscinas existentes no concelho.
Regra geral, tento promover a Saúde Pública como uma especialidade médica que deveria ser tida em consideração como primeira opção de escolha. Regra geral, não o consigo fazer.
A Saúde Pública é-lhes pouco grata, porque pouco grata também a é para os curricula de medicina. Todos se queixam do mesmo. Todos se queixam que só têm a percepção daquilo que é a Saúde Pública aquando do primeiro contacto com a realidade, muitas vezes já no internato.
Ainda assim, sou persistente neste papel ingrato de tornar a Saúde Pública apelativa para os médicos que por aqui passam. Se dizem que esta especialidade médica está em vias de extinção – e eu subscrevo –, não serei eu o acusado de nada fazer para inverter esta situação.
Ao longo do caminho para a primeira piscina, onde iríamos realizar as primeiras colheitas de amostras, fui abordando alguns conceitos teóricos, preparatórios para a actividade que se seguiria, enfatizando o papel do Técnico de Saúde Ambiental e, de alguma forma, o do Médico de Saúde Pública.
A meio da manhã, o assunto acabou, finalmente, por vir ao de cima.
– Então diga-me… já pensou na especialidade que irá escolher? Perguntei eu.
De lá veio a resposta mais improvável. – Sim, vou escolher Saúde Pública.

Confesso que se não fossemos no carro, teria dado ali e naquele momento, uma série de mortais encarpados à retaguarda, logo seguidos de um ou dois flick-flacks, tal era o meu contentamento.
Mas as surpresas não ficaram por ali. Logo de seguida continuou dizendo: – Mas as actividades dos Técnicos de Saúde Ambiental são muito mais interessantes que as dos Médicos de Saúde Pública. Não sei se escolhi bem.
Acenei com a cabeça, à laia de consentimento.

Naquela altura pensei seriamente se, afinal, não teria que voltar a tentar fazer-lhe ver que a Saúde Pública é que era de facto a especialidade a considerar.
Não! Não foi preciso.

A Saúde Ambiental chega ao "Arte para a Vida"

«O Arte para a Vida é um projeto de prevenção em saúde, utilizando a arte teatral como um dos veículos de sensibilização para os temas trabalhados. Projeto voluntariado da autora e componentes. Com muita vontade vou ensinando como devem a saúde tratar, teatro e muita vou a escola e aos quatro cantos levando conhecimento, mudando comportamento, em forma de poesia.»

Enquanto blogue, reconheço que não será um sítio a colocar nos favoritos, no entanto, foi o projecto propriamente dito que me chamou a atenção…

E a Saúde Ambiental já chegou ao Arte para a Vida através da peça “Jardim de Sonhos” e da qual vos apresento um poema em tom de RAP (Rhythm and Poetry).
Entretanto, à Maria Anunciada, o desejo de continuação do bom trabalho.

A NATUREZA CHORA

Restos de comida, cascas de frutas
Papel, papelão, lâmpadas queimadas
Pilhas gastas, móveis quebrados.
Pedaços de tábuas, pregos enferrujados

Cascas de ovos, borra de café
Lápis sem ponta, restos de tinta
Palha de milho, caroço de jaca
Cascas de coco, pedaços de lata.

Que desperdício a natureza chora
No terreno ao lado o munturo aumenta
As reações químicas entre a matéria agem
Exalando odores insuportáveis.

Ratos, baratas, moscas, mosquitos
Ploriferam neste ambiente
São macrovetores crescendo fortes
Levando doenças a nossa gente

As diarréias, febres estranhas eclodem
Epidemias se alastram sem controle
Dengue, parasitoses,
As crianças adoecem, mães sofrem.

Podemos evitar estas doenças
Lavando as mãos tratando as águas
Com cuidado, deixando lixo coberto
Limpando a casa e o terreno ao lado

Do lixo ao luxo é só um passo
A lata, o vidro, o jornal lido
Papel usado amassado
É reciclado e novamente reutilizado

Pequenas medidas, grandes mudanças
Dantes odores, hoje perfumes, flores
A natureza respira, as doenças desaparecem
As crianças saudáveis sorriem /A saúde resplandece

O meio ambiente dantes agredido
Hoje sorri, o planeta floresce.
Transformando lixo em luxo
As flores reaparecem
A NATUREZA AGRADECE.

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Nota: ilustração recolhida no blogue Arte para a Vida.

A Saúde Ambiental na "nova" travessia sobre o rio Tejo

Hoje proponho mostrar-vos uma fotografia que descobri no “fundo do baú”.
É uma das minhas relíquias de estágio, quando, no ano de 1996, passei pelo Serviço de Saúde Pública do Centro de Saúde de Sacavém, na qualidade de aluno de Saúde Ambiental da ainda Escola Técnica dos Serviços de Saúde de Lisboa, actual Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa. Já lá vão mais de 12 anos.
Também naquela altura a máquina fotográfica andava quase sempre comigo. Se agora é uma digital da Sony, em 1996 era uma reflex da Minolta. A Dynax 500 si.
Terei sido, em conjunto com o meu colega de estágio, Carlos Lourenço, actual Técnico de Saúde Ambiental (TSA) do Centro de Saúde de Algueirão-Mem Martins e a minha monitora de estágio, TSA Dulce Fernandes, um dos primeiros elementos alheios à obra da construção da Ponte Vasco da Gama, a subir a um dos tabuleiros da “nova” ponte sobre o rio Tejo.
Oportunamente espero relevar-vos mais algumas fotografias daquela actividade e daquele tempo.
Entretanto, a propósito da fotografia que aqui vos mostro, peço-vos que lhe prestem alguma atenção.
O que se vê ao fundo corresponde à margem norte do rio Tejo e compreende a parte norte do concelho de Lisboa – local onde naquela altura se desenrolavam as obras para a Expo’98 – e ainda, parte do concelho de Loures.
Reparem na interface terra-atmosfera. Notam alguma coisa “estranha”? O que será?

Comportamento violento na idade adulta relaccionado com intoxicação por chumbo na infância

De acordo com a Agência Lusa, citada pela RTP (Notícias), “Um estudo científico norte-americano estabeleceu, pela primeira vez, uma ligação entre a intoxicação por chumbo nas crianças e um comportamento criminal ou violento na idade adulta”.

«Publicado no jornal PLos Medicine, o estudo da Universidade de Cincinnati abrangeu 250 crianças de bairros da cidade, onde as casas têm uma forte taxa de chumbo.
As crianças foram seguidas durante cerca de 30 anos, desde o seu nascimento até à idade adulta, para avaliar os efeitos a longo prazo de uma intoxicação crónica por chumbo, desde a mais tenra idade.
A presença de chumbo no sangue foi analisada regularmente, desde a gravidez da mãe até à criança atingir os seis anos e meio.
Os níveis de chumbo foram de seguida comparados com os processos judiciais dos indivíduos, já adultos.
“Os investigadores descobriram que, aqueles que tinham uma forte taxa de chumbo antes do nascimento e ao longo da pequena infância, eram mais presos por crimes violentos do que o resto da população com idades superiores a 18 anos”, informa a equipa de investigadores conduzida por Kim Dietrich, professor [do Departamento] de Saúde Ambiental na Faculdade de Medicina da Universidade de Cincinnati.
Pela menos 55 por cento das pessoas estudadas forma presas pelo menos uma vez, 28 por cento das quais por assuntos relacionados com droga.
A correlação mais nítida entre os níveis de chumbo no sangue e delinquência diz respeito a detenções por actos violentos.
“As crianças dos bairros desfavorecidos mantêm-se muito vulneráveis à exposição ao chumbo”, indica Dietrich

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Nota: ilustração recolhida no sítio do
Lead Education and Abatement Design Group.