The Environmental Health Clinic

Foi ao ler o Architectradure da Catherine Vaucelle, que tomei conhecimento da existência da “X CLINIC: the environmental health clinic“, um local onde se pode ir e discutir aquelas que são as nossas preocupações ambientais.

COMO FUNCIONA

Tal como numa qualquer clínica tradicional, terá que se marcar uma consulta para que você (paciente) fale sobre as suas preocupações de saúde ambiental. A grande diferença é que em vez de lhe prescreverem medicamentos irão prescrever-lhe: recolha de dados locais e intervenções dirigidas à compreensão e melhoria da saúde ambiental; referências, não a especialistas médicos, mas a arte, design e projectos locais, assim como a organizações, com preocupações na área do ambiente, etc.

«The Environmental Health Clinic at NYU is a clinic and lab, modeled on other health clinics at universities. However the project approaches health from an understanding of its dependence on external local environments; rather than on the internal biology and genetic predispositions of an individual.»

Sugiro-vos uma visita rápida para que percebem melhor o que é a “X CLINIC: the environmental health clinic“.

Quando ainda éramos "Higiene e Saúde Ambiental"

Apresento-vos um artigo de Ricardo Jorge Costa, do jornal “A Página da Educação“, que resultou de uma entrevista à nossa colega Marinela Peixoto Cristo, numa altura em que ainda éramos “Higiene e Saúde Ambiental“. Estariamos em 1996/1997.

«Em 1990 é criado o curso de Higiene e Saúde Ambiental. Uma área de estudo específica, instituída para fazer face aos desenvolvimentos registados nas actividades factores de risco para a saúde originados no ambiente, participar em acções de saúde ambiental e de educação para a saúde em grupos específicos da comunidade, desenvolver acções de controlo e vigilância sanitária de sistemas, estruturas e actividades com interacção no ambiente. Estas, em suma, as áreas de intervenção atribuídas aos técnicos de Higiene e Saúde Ambiental, uma profissão bastante recente com algumas dificuldades de implantação no mercado de trabalho.

Surgindo a partir de uma necessidade estrutural – actualizar a formação dos técnicos auxiliares sanitários, ministrada, até à altura, pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge -, a natureza das funções atribuídas a estes novos técnicos implicou a integração do seu ensino a um nível académico correspondente, passando a ser desempenhado pelas escolas técnicas dos serviços de saúde, englobadas nos institutos politécnicos de Lisboa, Porto e Coimbra [actualmente Escolas Superiores de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Porto e Coimbra].

Em 1994, quatro anos após a sua criação, Marinela Peixoto foi uma das primeiras finalistas. Antes, tinha frequentado o curso de matemática na Faculdade de Ciências do Porto, uma escolha que não correspondeu totalmente às suas expectativas, levando-a a mudar. Quando soube da sua existência arriscou uma candidatura, pois sabia que “o leque de opções em termos profissionais seria mais variado e que constituiria uma área de estudo multifacetada e multidisciplinar”, explica.

A sua primeira experiência profissional foi ao serviço de uma empresa de consultadoria ambiental, através de um convite de um professor, onde desempenhou o cargo de coordenadora do departamento de higiene industrial.

Um ano depois, a sub-região de saúde do Porto [actualmente Administração Regional de Saúde do Norte, IP] abre cinco vagas a concurso para contrato em regime de avença. Após concurso, é uma das escolhidas e consegue colocação num centro de saúde dos arredores do Porto. A integração no quadro viria no ano seguinte.

Porém, desde essa altura que ainda não conseguiu colocação efectiva e, mais ainda, “veio de cavalo para burro”, passando de uma situação de pré-quadro para recibo verde. Tudo, porque esta instância administrativa se encontra em regime de instalação há quinze anos e não possui, por essa razão, autoridade jurídica para proceder a contratações. Uma situação que se arrasta e que não parece ter um fim à vista.

No entanto, Marinela considera que mesmo estes cinco lugares são “insuficientes para suprir as necessidades da área territorial e populacional abrangida”. O número mínimo exigido para uma gestão apropriada seria um técnico por cada dez mil habitantes, uma média que, considera, “é utópica”. “Mas à falta de tal cobertura, pelo menos dez eram necessários”.

Falta de reconhecimento oficial

“O mercado de trabalho existe e está aí para ser preenchido. No entanto, há uma grande falta de informação acerca das atribuições e dos conteúdos funcionais da profissão, nomeadamente no que se refere aos órgãos autárquicos e às direcções regionais de ambiente e recursos naturais. É inconcebível que existam câmaras com pelouros do ambiente e não contemplarem a vinculação destes profissionais. A única excepção é a câmara de V. N. Gaia”, explica.

Quanto a este aspecto, a lei não determina uma obrigatoriedade explícita para a contratação destes técnicos por parte de instituições do domínio público, preferindo pôr em relevo a sua importância no contexto das novas problemáticas relacionadas com o ambiente. “Sendo uma profissão nova, é natural haver dificuldades de abertura da sociedade, mas é no mínimo estranho ser o Estado a impor uma necessidade e depois não proporcionar as condições para uma efectiva integração”.

Para resolver estes e outros diferendos constituiu, em 1995, juntamente com algumas colegas, a Associação Nacional de Higiene e Saúde Ambiental [actual Associação Nacional de Saúde Ambiental]. Como objectivos principais, definir e defender os direitos profissionais e os conceitos orientadores da actividade, bem como representar a classe perante quaisquer organismos. Outro das metas passa pela realização de acções de formação não só a estes técnicos, mas também a profissionais de outras áreas que, de uma forma ou outra, necessitem do mesmo tipo de aprendizagens.

A formação contínua é um aspecto fundamental na carreira destes técnicos. É uma área profissional assente no manuseamento de legislação e de equipamento técnico que pressupõem uma aprendizagem e actualização constantes. “Apesar das escolas desempenharem um papel muito importante neste domínio, as pessoas devem igualmente ser auto-didactas, tentando diariamente melhorar a sua postura e avaliar o seu desempenho”, afirma Marinela.

O estágio profissionalizante, constante na estrutura curricular do curso, é um instrumento que considera ser “essencial para um conhecimento mais aprofundado das tarefas a desempenhar no terreno e um dos mais importantes factores para o sucesso na actividade”. Dado que os finalistas não ultrapassam anualmente as 20, 22 pessoas, são apenas cinco os locais a isso destinados: os centros de saúde de Águas Santas, na Maia, e Soares dos Reis, em V.N. Gaia, a autarquia deste último concelho, o Instituto Ricardo Jorge e a delegação da Direcção Regional do Ambiente e Recursos Naturais [actual Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte].

No entanto, afirma a necessidade de existência de uma especialização académica pós-CESE (Curso de Estudos Superiores Especializados), em áreas específicas de actuação como “Águas Residuais, Higiene e Segurança no Trabalho ou Gestão de Resíduos”, para nomear apenas algumas. O CESE existente é considerado demasiado abrangente, servindo de igual modo todas as 18 profissões que integram a carreira de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica.»

Pergunto: – Terá mudado alguma coisa desde então?

Saúde Ambiental em convívio… no estágio

Esta semana foi bonito de se ver.
Começou a unidade curricular “Estágio de Aprendizagem II” do 3.º ano do Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), do Instituto Politécnico de Lisboa e, ao mesmo tempo, decorreu o “Seminário de Integração Profissional I” do 1.º ano do Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Saúde de Beja (ESSB), do Instituto Politécnico de Beja.
Tal como já vem sendo hábito, também este ano recebemos estagiárias da ESTeSL mas, pela primeira vez, também recebemos alunas da ESSB. Se as primeiras terão que nos aturar durante três meses, as segundas apenas ficaram uma semana, naquilo que foi um estágio de observação, e hoje foi a despedida. Tivemos pena… soube a pouco.

Da esquerda para a direita, Liliana Martins, Ana Rita Matos e Soraia Marques da ESSB e, Vânia Gregório e Ana Raquel Mendes da ESTeSL.
Esta semana foi bonito de se ver. Foi bonito de se ver o convívio entre alunas de cursos de Saúde Ambiental, de escolas diferentes.
Para as que ficam, haja paciência. Três meses passam num instante e, apesar de trabalhoso, o estágio será gratificante (faremos por isso).
Para as que vão, muitas felicidades. Teremos saudades!

As "Environmental Health Association" Americanas

Após uma semana ausente, resultado de uns dias pessoal e profissionamente atribulados, eis-me de regresso para vos dar a conhecer mais algumas Organizações de Saúde Ambiental. Desta vez são as Associações de Saúde Ambiental de alguns estados dos Estados Unidos da América

Alabama Environmental Health Association
Alaska Environmental Health Association
Arizona Environmental Health Association
California Environmental Health Association
Colorado Environmental Health Association
Connecticut Environmental Health Association
Florida Environmental Health Association
Georgia Environmental Health Association
Hawaii Environmental Health Association
Idaho Environmental Health Association
Illinois Environmental Health Association
Indiana Environmental Health Association
Iowa Environmental Health Association
Kansas Environmental Health Association
Louisiana Environmental Health Association
Massachusetts Environmental Health Association
Michigan Environmental Health Association
Minnesota Environmental Health Association
Nebraska Environmental Health Association
Nevada Environmental Health Association
New Jersey Environmental Health Association
New Mexico Environmental Health Association
North Dakota Environmental Health Association
Ohio Environmental Health Association
Oregon Environmental Health Association
Pennsylvania Environmental Health Association
Rocky Mountain Environmental Health Association
Tennessee Environmental Health Association
Texas Environmental Health Association
Utah Environmental Health Association
Virgina Environmental Health Association
Washington Environmental Health Association
Wisconsin Environmental Health Association
Wyoming Environmental Health Association

Micologia Clínica e Ambiental

Micologia Clínica e Ambiental (hiperligação para o folheto) é o nome do curso que a Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa está a organizar com a colaboração da bioMérieux.
O início da formação será a 1 de Abril e a finalização a 29 de Maio. terá a duração de 60 horas, a que corresponderá a atribuição de 4 ECTS.
As sessões decorrerão às terças e quintas-feiras, das 17 às 20 horas, com dois seminários previstos a ocorrer nos sábados de 24 e 31 de Maio, na Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa.
Inscrições até 28 de Março de 2008.
PROGRAMA
Micologia Clínica
– Fungos leveduriformes micoses mucocutâneas.
– Testes de detecção de anticorpos/antigénios de agentes fúngicos
– Dermatófitos e dermatofítias
– Fungos associados a infecções respiratórias e sistémicas.
– Micoses subcutâneas.
– Colheitas biológicas.

Micologia Ambiental
– Contaminação fúngica das areias balneares, do ar interior, da água e das superfícies.

Seminário
– Doenças Emergentes em Micologia.

Comunicação e Saúde Ambiental

Decorrerá, já no próximo dia 1 de Março de 2008, sob a coordenação da Prof. Doutora M. Fátima Reis, do Instituto de Medicina Preventiva, o seminário “Comunicação e Saúde Ambiental“.
O evento decorrerá entre as 10 e as 17 horas, no edifício Egas Moniz do Instituto de Formação Avançada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e contará com a presença de, entre outros: Prof. Filipe Duarte Santos da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; Prof. Francisco Ferreira da Quercus; Prof. Salvador Massano Cardoso da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; e Viriato Soromenho Marques do Programa Gulbenkian Ambiente.
Para mais informações sigam a hiperligação do cartaz.