Sociedade Portuguesa de Saúde Ambiental

O sítio na internet da Sociedade Portuguesa de Saúde Ambiental (SPSA) tem novo visual.
Actualmente já dispõe de um espaço onde promove a divulgação de algumas actividades que se propõe realizar. A saber:
  • Acção de formação “Segurança Biológica e Química em Unidades Laboratoriais”;
  • Ciclo de colóquios “Saúde Ambiental é…”;
  • Encontro Internacional; etc…
Pretendem ainda, entre outras coisas, promover a publicação/divulgação de artigos científicos e a criação de uma newsletter.

Também já é possível saber “quem somos” (um espaço onde é evidenciada a missão, os valores, a vissão e a organização da SPSA), qual a consituição dos órgãos sociais e consultar os estatutos da sociedade.

No campo da “inscrição” têm ainda acesso às FAQ’s (frequently asked questions), onde poderão ver respondidas algumas questões.

Arsénio na água para consumo humano

O Arsénio e os valores paramétricos encontrados na água de consumo humano têm sido notícia nos últimos dias.
De acordo com o Decreto-Lei n.º 243/2001 de 5 de Setembro, que “regula a qualidade da água destinada ao consumo humano e tem por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes de qualquer contaminação da água destinada ao consumo humano, assegurando a sua salubridade e limpeza”, o valor de referência é de 10 ?g/l As, não sofrendo, este parâmetro, qualquer alteração decorrente da aplicação do Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de Agosto, que irá entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 2008 e que revoga o anterior.
No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza o limite de 50 de microgramas por litro de arsénio, considerando que este valor acautela a salvaguarda da saúde pública das populações.
A opção tomada no espaço da União Europeia, que culminou com a redução do valor paramétrico, resultou de uma postura preventiva, de grande exigência, e que não foi adoptada noutras regiões do mundo, onde a preservação da saúde pública continua a ser assegurada pelos padrões da OMS.
Sendo assim, estejamos descansados… ou talvez não.

«Quatro de 51 concelhos portugueses ultrapassaram em 2006 o limite legal de Arsénio na água, um metal pesado que um estudo confirma ser um factor de risco de cancro em bebés cujas mães beberam água contaminada durante a gravidez.

Quatro dos 51 concelhos analisados no ano passado pelo Instituto Regulador da Água e Resíduos (IRAR) ultrapassam o limite máximo de arsénio permitido pela lei, segundo o item “Qualidade da Água para Consumo Humano” do Relatório Anual do Sector das Águas e Resíduos.

Em destaque está o concelho de Évora, com um incumprimento de 7,50 por cento nos níveis máximos permitidos de arsénio na água, seguido de Barcelos (5,0 por cento), Vila Franca de Xira (2,86 por cento) e Pombal (1,75 por cento).»

Segundo uma equipa do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), os filhos de mães que tenham ingerido, durante a gravidez, água contaminada com arsénio apresentam alterações na expressão de alguns genes que pode, eventualmente, originar mais tarde cancro e outras doenças.

Esta descoberta, publicada na “PLoS Genetics”, é a primeira evidência publicada de alterações em genes originadas por uma exposição pré-natal a um contaminante ambiental.

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Informação recolhida no Portal Ambiente & Saúde e no Jornal Público.

A Saúde Ambiental na Saúde Pública

É no segundo semestre do 3.º ano do Curso de Saúde Ambiental que tem lugar o Estágio de Aprendizagem II.

Nós por cá, no Serviço de Saúde Pública do Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria (concelho de Vila Franca de Xira), desde há alguns anos, temos recebido estagiários da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, depois de no fim da século passado também por aqui terem passado alunos do Instituto Superior de Educação e Ciências.

Regra geral, ainda antes do “arregaçar de mangas”, passamos um ou dois dias em sala, com os estagiários, onde fazemos um enquadramento teórico daquilo que é a Saúde Pública, a sua evolução histórica (em Portugal), dando enfoque ao papel fundamental que os Drs. Arnaldo Sampaio e Gonçalves Ferreira tiveram naquilo que hoje conhecemos como sendo a Saúde Pública ao nível dos Cuidados de Saúde Primários e apresentando um modelo esquemático da estrutura organizacional dos serviços (até à reestruturação dos serviços – este ano teremos que reformular a apresentação).

Faz-se referência às atribuições dos Serviços de Saúde Pública de âmbito local e caracteriza-se o Centro de Saúde e a sua área geográfica de intervenção (freguesias de Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria e Vialonga). É feita uma abordagem daquelas que são (ainda) as competências da Autoridade de Saúde e termina-se aludindo a algumas actividades desenvolvidas, reforçando o papel do Técnico de Saúde Ambiental nos serviços.

Depois… bem, depois metemo-nos ao caminho para que os estagiários possam conhecer, efectivamente, aquele que será o seu “campo de batalha”.
Visitamos as três freguesias, percorrendo caminhos, muitos deles que jamais serão trilhados no decurso do estágio, mas que lhes permite terem a percepção do manancial de oportunidades que terão, para desenvolver um estágio de qualidade (marketing puro e duro).

Esta é uma metodologia inicial de trabalho, utilizada também no internato geral de medicina (ano comum), que não é diferente, melhor ou pior. É a nossa e tem dado frutos.

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Fotografia: uma das vistas possiveis na freguesia de Vialonga.

Petição contra a imbecilidade viral

A propósito da imbecilidade viral, está a decorrer online uma petição contra a situação a que foi sujeito o indivíduo que viu confirmada judicialmente como justa causa para o seu despedimento, o facto de ser HIV positivo.
Nós já a subscrevemos e sugerimos que o façam também.
«A kitchen chef at one of the SANA HOTEL group in Portugal has been fired due to the fact that he is HIV POSITIVE!!!
The chef got ill with Tuberculosis, took a leave of about one year for treatment, and then got back to work, in perfect health conditions.
The hotel’s management didn’t allow him to continue cooking when it was informed by the hotels MD that the man was HIV POSITIVE.
The management then fired the chef, who had been working there for the past seven years.

The worker complained to the portuguese Justice (Labor Court) and they confirmed
that the hotel had every right to fire its employe, due to the fact that he could endanger guests when manipulating the food.

The chef submitted an appeal to the higher court (Tribunal da Relação) and the three judges confirmed the previous sentence, inspite of two medical expert advices that rulled out the possibility of contagion, as well as an official statementent from the US Center for Disease Control.

The worker has now an on-going appeal at the Supreme Court.

This type of ridiculous descrimination against any HIV POSITIVE person is not only silly, but absolutely intolerable under the portuguese constitutional law. It is also against every guideline regarding non-descrimination by the European Comission.

I therefore stress everybody to insurge against it by signing this petition that will be sent to His Excellencies President Aníbal Cavaco Silva, Prime-Minister José Socrates and José Manuel Durão Barroso, President of the European Comission.

Remember, it can be YOU tommorrow!

Thank you for your support.
DR. M. Rodrigues Pereira*»

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* HIV activist, founder and former President of ABRAÇO (Portugal’s first HIV/AIDS NGO) … and HIV POSITIVE for the past 16 years

Ensino da Saúde Ambiental e o Processo de Bolonha

Por solicitação da direcção de um instituto onde, há uns anos atrás, se leccionou o curso de Saúde Ambiental, apresentei, no ano passado, uma proposta de adequação do curso daquele instituto ao Processo de Bolonha.

Sempre defendi os 3 anos para um primeiro ciclo, conducente ao grau de licenciado (180 créditos), por uma enormidade de razões que vos posso apresentar e que na sua maioria estão claramente evidenciadas no Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março. Basta lê-lo com atenção.

No entanto, todos sabem, e sabiam, que algumas instituições que leccionavam Saúde Ambiental, ou que tinham a pretensão de o fazer (Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Escola Superior de Saúde Jean Piaget, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra e Escola Superior de Saúde de Setúbal), haviam participado na elaboração de um documento onde obviavam as razões da sua escolha: 4 anos.

Mais tarde, bafejou-se a existência de um “acordo de cavalheiros”, que não posso confirmar, onde, supostamente, todas as escolas ou institutos que leccionavam nas áreas das Tecnologias da Saúde, se comprometiam a apresentar a sua proposta, a título individual, mas que seria condicente com o pregaminho entretanto definido e que já vos referi, independentemente de nele terem participado, ou não.

Em função de uma pretensa “uniformidade” das propostas a apresentar por todas as escolas, e depois de uma breve explicação daquele que era o meu entendimento acerca desta matéria ao ISEC, pediram-me um primeiro ciclo de 4 anos (240 créditos). Fi-lo a custo e sem qualquer tipo de convicção de estar a contribuir significativamente para uma melhoria do ensino/aprendizagem.

Agora, de repente, e furando tudo quanto é “acordo” (se é que alguma vez existiu acordo) parece que alguns abriram os olhos e viram que mais importante que a união, é a razão – ou sempre se estiveram borrifando para a união.

Ainda, e só por curiosidade, pergunto: (i) há diferenças relevantes ao nível do desempenho (qualitativo) entre profissionais bachareis e licenciados?; (ii) quem fez o quarto ano de complemento, após alguns anos de exercício, reconhece (conscientemente) o último ano como uma mais valia para a sua actividade??; (iii) não haverá, porventura, justificação para se apostar num segundo ciclo de 2 anos, conducente ao grau de Mestre, cujos conteúdos curriculares sejam função de especializações distintas e de relevância para o desempenho destes profissionais (por exemplo, educação ambiental, segurança alimentar, saúde pública, segurança e higiene do trabalho, etc.)??

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Ilustração: vista parcial da cidade de Bolonha, recolhida em Storia dell’arte.

Saúde Ambiental Google Groups

A partir de hoje está disponível no Google Groups o grupo de “Saúde Ambiental“, com a mensagem de apresentação que a seguir se transcreve. Sugerimos que sigam a hiperligação que aqui deixamos e que o subscrevam clicando em Apply for group membership.

«Bem vindos ao grupo “Saúde Ambiental” do Google Groups.

Pretende-se com a criação deste grupo, a partilha de informações relevantes com toda a comunidade lusófona com interesses comuns nesta matéria.

Depois da sua aceitação por parte do gestor do grupo, poderá partilhar conteúdos relacionados com esta temática, com toda a comunidade aqui inscrita, enviando mensagens de correio electrónico para o endereço SaudeAmbiental@googlegroups.com, que numa fase inicial será sujeita a moderação.

Tenha em atenção que o uso para fins alheios aos propósitos do grupo, da mailing list associada, implica a sua exclusão deste grupo.»