Os Técnicos de Saúde Ambiental nas eleições autárquicas

Depois das eleições legislativas, a campanha para as eleições autárquicas já começou.

Ao fazer uma deambulação por algumas listas candidatas a Freguesias, Concelhias ou Distritais, acabei por encontrar como candidatos, alguns colegas Técnicos de Saúde Ambiental.

Como as listas são públicas e estão disponíveis na internet, tomo a liberdade de os colocar aqui. Espero que não me levem a mal.

Partidos Políticos

Anabela Manaia dos Santos concorre em número seis pela lista do Partido Socialista (PS) à Junta de Freguesia da Portela/Loures (Portela dos Pekeninos);

João Rodrigues concorre como independente, em número cinco, pela lista do Bloco de Esquerda (BE) à Junta de Freguesia de Santa Clara/Coimbra (Site Distrital de Coimbra);

Mafalda Pereira concorre, em número três, pela Lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Junta de Freguesia de Milheirós/Maia (Autárquicas 2009 – Maia);

Marília Braz Marques concorre como suplente, em número quatro, pela Lista do BE à Junta de Freguesia do Lavradio/Barreiro (Rostos On-line). Relembro que o cabeça de lista à Câmara Municipal do Barreiro, pelo mesmo partido político, é o Médico de Saúde Pública Mário Durval, Autoridade de Saúde do Barreiro (ver Jornal de Saúde Ambiental);

Paulo Vilarinho concorre pela lista do Partido Social Democrata (PSD) à Assembleia Municipal de Monção (Monção 2009).

Confesso que tentei encontrar colegas nas listas do Partido Popular (CDS-PP), mas não encontrei nenhum. Se souberem de algum ou de outros em qualquer outra lista e que aqui nos queiram deixar essa indicação, nós agradecemos.

Em jeito de nota final: sim… a disposição dos símbolos dos partidos políticos foi intencional e é provocatória 🙂

Moisés, temos saudades…

Moisés AlmeidaFaz hoje um ano que o nosso colega e amigo Moisés Almeida faleceu. Fará amanhã um ano que nos despedimos dele e que aqui o recordámos com Moisés Almeida, um homem da Saúde Ambiental, eternamente nosso…

Faz hoje um ano que a Saúde Ambiental ficou mais pobre. Sentimos saudades!

A Saúde Pública ainda não foi a tribunal

Lembram-se da Saúde Pública ter ido a tribunal (A Saúde Pública vai a tribunal)?

Foi a 16 de Junho de 2009 que dei conta dessa situação e desde essa altura nunca mais a abordei. Poucos dias depois, num comentário, prometi fazê-lo. Será hoje o dia, sem que no entanto vos possa adiantar muito acerca do assunto.

Ao contrário daquilo que inicialmente cheguei a pensar, a minha participação neste processo não será na qualidade de testemunha mas sim de perito.

Pelo que julgo ter percebido, terei que, num primeiro momento, prestar juramento, após o qual me serão entregues os quesitos (a serem mais que um) e eventualmente efectuar uma vistoria e elaborar um relatório respondendo objectivamente aos quesitos apresentados.

Falo no futuro porque ainda nada disto aconteceu. Compareci no tribunal no dia e à hora marcada mas algo terá falhado (julgo que na justiça esta é uma situação recorrente), pelo que terei de lá voltar em Setembro. Esta é a principal razão pela qual não vos posso adiantar muito acerca do processo

E agora perguntam-me vocês: – porque é que foste convocado? Não sei, respondo eu.

Deduzo que, das duas uma, ou foi o tribunal que me nomeou como perito por achar que poderei ser uma mais valia no esclarecimento de algumas questões, ou terá sido uma das partes envolvidas a indicar-me nessa qualidade, pela mesma razão. Sinceramente não sei.

Há algum colega que já tenha passado também por esta situação e que nos queira relatar a sua história e tudo o que este tipo de situações envolve?

Papel dos técnicos de saúde ambiental nas áreas de intervenção em Saúde Pública – 2009

Os técnicos de Saúde Ambiental são hoje profissionais de saúde especializados, intervenientes fundamentais na consolidação dos objectivos da saúde pública.

Tendo em conta o papel dos técnicos ao longo do tempo bem como, a sua evolução a nível académico e de especializações nas diversas áreas de intervenção ambiental, terão estes necessariamente de ser aproveitados para intervir nessas áreas de saber.

Sugere-se assim que na definição de actividades se mantenham algumas, tradicionalmente realizadas fazendo a evolução para outras mais actualizadas.

Nesta perspectiva deverão assim integrar as equipas multidisciplinares em algumas áreas como gestores de processos.

Esta é uma forma de garantir a eficácia da actuação de todas as equipas.

É assim que começa o documento “Papel dos técnicos de saúde ambiental nas áreas de intervenção em Saúde Pública – 2009“, elaborado por quatro colegas de Saúde Ambiental, para o Grupo Apoio Saúde Pública.

Técnico de Saúde Ambiental

Apresenta-nos esquematicamente uma perspectiva real da mudança de paradigma subjacente ao desempenho do Técnico de Saúde Ambiental. Esta será, porventura, uma das poucas “novidades” que nos apresentam.

Pela leitura – pouco atenta, confesso – que fiz ao documento, pareceu-me ser um texto pouco articulado. Em algumas partes com falta de enquadramento e que não reflecte, objectivamente, tudo aquilo que se faz e o que se pode fazer num contexto de Saúde Pública. Ainda assim é um começo e evidencia alguma preocupação por parte, pelo menos, deste quatro colegas que se predispuseram a elaborar o “Papel dos técnicos de saúde ambiental nas áreas de intervenção em Saúde Pública – 2009“. Por isso, parabéns!

Aos restantes, que de uma forma ou de outra, por uma ou outra razão, se mantêm à margem das mudanças em curso, sigam o exemplo da Ana Cristina Dias, do Carlos Pinto, da Filomena Sampaio e do José Peixoto e elaborem também um documento com aquele que vos parece ser o Papel dos técnicos de saúde ambiental nas áreas de intervenção em Saúde Pública.

Associação Nacional de Saúde Ambiental a eleições

No próximo dia 29 de Junho de 2009, pelas 16h30m, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, terá lugar uma reunião, em Assembleia-Geral, da Associação Nacional de Saúde Ambiental (ANSA).

Associação Nacional de Saúde Ambiental

Entre outros assuntos da ordem de trabalhos, irão ser apresentadas as listas para os corpos sociais em eleições e, de seguida, proceder-se-á à eleição para o triénio de 2009 a 2011.

Recordo aqui que a ANSA é a organização profissional que “representa” os Técnicos de Saúde Ambiental e que agora, à semelhança de outras ocasiões, necessita da participação de todos os associados.

Conselho Clínico dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES)

Foi ontem que recebi por correio electrónico alguns artigos da edição de Junho de 2009 da revista TecnoSaúde, periódico da responsabilidade do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde.

De entre eles, um tinha por título “Conselho Clínico dos ACES” e abordava uma questão pertinente e a qual eu já me havia apercebido ser situação recorrente de entre os vários Agrupamentos de Centros de Saúde que conheço. Falo da nomeação de Técnicos(as) Superiores de Serviço Social para os respectivos Conselhos Clínicos. Para mim, e para o autor desconhecido daquele artigo, esta é uma situação caricata. Eu diria mesmo absurda! Com o devido respeito que este grupo profissional me merece – e merece mesmo! -, se há coisa que não são, é técnicos de saúde. E se ainda não estão convencidos que esta não é razão suficiente para que não integrem os Conselhos Clínicos, no n.º 6 do Artigo 25.º do Decreto-Lei n.º28/2008, de 22 de Fevereiro, que estabelece o regime da criação, estruturação e funcionamento dos agrupamentos de centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde, pode ler-se assim:

 

Os membros do conselho clínico devem possuir conhecimentos técnicos em cuidados de saúde primários, prática em processos de garantia de qualidade dos cuidados e em processos de auditoria, bem como dominar as técnicas de gestão do risco.

O que está em causa não é a competência técnica deste grupo profissional que eu, na generalidade, e em função dos que conheço, reconheço e valorizo. O que está em causa é o incumprimento de um preceito legal e a inegável vontade política em subvalorizar uns, em detrimento de outros. Sim, política… não me enganei. Esta acção consertada entre inúmeros ACES deve ter resultado de orientações superiores e não de cabeças iluminadas, com ideias avulsas.

Termino fazendo a transcrição de um parágrafo do artigo da TecnoSaúde, que deixo à vossa consideração para eventuais comentários.

Tão lamentável que, sendo por demais conhecida a intenção sempre presente de “abafar” os técnicos de diagnóstico e terapêutica, e muito em especial os técnicos de saúde ambiental, têm sido contactados assistentes sociais para integrarem os Conselhos Clínicos.

Estranho!… Não foi este mesmo sindicato que tentou, também ele, “abafar” os Técnicos de Saúde Ambiental quando estes se insurgiram, à margem deste sindicato?