O novo Prémio Nobel da Paz, o ex-vice-presidente americano Al Gore, conseguiu com o seu activismo mediático que o meio ambiente adquirisse a mesma importância na consciência pública que a luta pela paz.
Al Gore recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2007, junto com o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU, “pelos seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações”, de que é exemplo o documentário “An Inconvenient Truth”.
Al Gore foi o vigésimo americano laureado com este prémio, tendo sido anteriormente atribuido a figuras políticas de relevância como os ex-presidentes Theodore Roosevelt (1906) e Jimmy Carter (2002), o activista Martin Luther King (1964) e o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger (1973).
Estranhamente, ou talvez não, os valores estão-se a inverter, porque tanto quanto sabemos, Al Gore não aplica o que apregoa – no que a questões ambientais diz respeito – nem tão pouco a sua actuação na administração americana, sob a égide de Bill Clinton, foi condicente com os pergaminhos da paz.