Saúde Ambiental é aposta do Instituto Politécnico da Guarda!…

Há alguma área formativa da qual a Guarda nunca abdicaria?, foi a pergunta feita, pelo Diário As Beiras Online, a Jorge Manuel Monteiro Mendes, ex-presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). A resposta seguiu-se: 

Há uma área fundamental para a Guarda e que é de futuro, refiro-me à Saúde Ambiental. Mas não podemos esquecer o Turismo e a Hotelaria. O que não podemos permitir é que toda a gente dê turismo em vão de escada, nomeadamente a própria Universidade de Coimbra. A Topográfica também, pois somos os únicos do país. 

Confesso que a poucos dias da publicitação das vagas a concurso para o ensino superior, cheguei a pensar o “pior”… mais uma instituição a promover a formação de um curso de licenciatura em Saúde Ambiental. A ser assim seriam já cinco as escolas com esta oferta formativa, porque entretanto o Instituto Piaget deixou de a ter. Caso contrário seriam seis as instituições a leccionar este curso. 

A verdade é que assim que a Direcção Geral de Ensino Superior disponibilizou os Cursos e Vagas (ensino superior público) para o Concurso Nacional de Acesso 2010/2011, fui tentado a verificar quantas vagas haviam sido criadas pelo IPG para a licenciatura em Saúde Ambiental. 

Nome do Estabelecimento Vagas 2010 Vagas 2009 Nota 2009
Instituto Politécnico de Beja – Escola Superior de Saúde 25 30 111.3
Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra 30 30 125.0
Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa 35 35 131.3
Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto 45 45 134.5

Procurei e não encontrei nada. Não será, pelo menos, no próximo ano lectivo, que em Portugal irá haver mais uma licenciatura nesta área.

A pergunta que fica no ar é: – Haverá lugar para mais?… A verdade é que algo deve indicar que sim, ou não?

A entrevista na integra, aqui.

À procura de trabalho – Factores críticos de sucesso

À procura de trabalho – Factores críticos de sucesso, é um workshop que terá lugar no próximo dia 14 de Julho, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, a partir das 18 horas. Para os recém-licenciados este será um evento a não perder. Inscrições aqui!

As Instituições de Ensino Superior de Saúde no Plano Nacional de Saúde 2011-2016

Também a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa contribuiu para o Plano Nacional de Saúde 2011-2016, enfatizando o papel que as Instituições de Ensino Superior de Saúde devem ter a este nível, apontando algumas estratégias de forma de potenciar a participação daquelas instituições, nomeadamente:

  • Contemplar as instituições de ensino superior na rede de cuidados em saúde, como parceiros activos;
  • Reconhecer as instituições de ensino superior como meios e pólos de intervenção comunitária e agentes activos na: educação para a saúde; capacitação em saúde; literacia em saúde; comunicação em saúde;
  • Promover e apoiar as instituições de ensino superior na intervenção comunitária e no incrementar de parcerias em saúde (autarquias, sociedade civil, sociedades cientificas, associações de doentes), com a finalidade de potenciar a equidade e a acessibilidade aos cuidados de saúde;
  • Reconhecer e apoiar a produção e desenvolvimento de saber científico das instituições de ensino superior como evidência para a assumpção de boas práticas em saúde;
  • Reconhecer as instituições de ensino superior em saúde como centros de avaliação e rastreio em integração e referenciação com a rede de cuidados de saúde;
  • Capitalizar a intervenção em saúde das profissões de diagnóstico e intervenção em saúde (profissionais de diagnostico e terapêutica) para a estratégia integrada dos cuidados de saúde (primários, secundários e terciários);
  • Reconhecer as profissões de diagnóstico e intervenção em saúde (profissionais de diagnostico e terapêutica) nos eixos estratégicos de intervenção, nomeadamente na: saúde visual, saúde nutricional, saúde ambiental, saúde ocupacional, redução da incidência e prevalência das doenças crónicas (ex. doenças oncológicas, doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, doenças do foro respiratório) e no uso racional do medicamento, para os ganhos em saúde;
  • Promover a constituição de equipas multidisciplinares com a integração de profissionais de diagnóstico e intervenção em saúde (profissionais de diagnostico e terapêutica) para melhor rendibilizar a intervenção em saúde;
  • Investir na cultura para a qualidade em saúde nos eixos da investigação, do ensino e da prestação, reconhecendo a necessidade da formação de auditores em sistemas integrados aplicados à saúde.

Saúde Ambiental uma Aposta no Futuro

Saúde Ambiental uma Aposta no Futuro é o título dado ao contributo que a Sociedade Portuguesa de Saúde Ambiental remeteu para o Alto Comissariado da Saúde, no âmbito da participação pública para a definição do Plano Nacional de Saúde (PNS) 2011-2016.

Deixa-mo-vos aqui as ideias chave dadas pela “nossa” Sociedade para o Plano.

  • Estabelecer um sistema de observatório de saúde ambiental com base no modelo conceitual denominado DPSEEA (Driving Forces – Pressures – State – Exposure – Effects – Actions).
  • Estabelecer um quadro de indicadores de saúde ambiental. No actual PNS os indicadores desta natureza são escassos o que certamente dificultará a avaliação e monitorização do resultado das acções definidas no capítulo “Contexto ambiental conducente à Saúde”.
  • Melhorar o sistema de recolha de informação para que Portugal forneça de forma completa e atempada informação ao European Environment and Health Information System.
  • Definir uma estratégia de articulação com os restantes ministérios assente no pressuposto que as questões de Saúde Ambiental devem ser coordenadas pelo Ministério da Saúde.
  • Definir uma estratégia de adequação do ensino em saúde (enfermagem, medicina, tecnologias da saúde, outros técnicos de saúde) que permita um maior equilíbrio na aquisição de competências em matérias mais focalizadas na saúde ao invés de na doença.
  • Criar um sistema nacional de Avaliação de Impactos em Saúde. A AIS tem-se revelado um instrumento indispensável para informar e influenciar os processos de decisão sobre políticas, planos, programas e projectos, contribuindo para que estes considerem de forma efectiva a protecção e promoção da saúde.
  • Definir uma estratégia de actuação em Habitação e Saúde, consentânea com as orientações da Organização Mundial de Saúde, nomeadamente no que se refere à questão da conservação e reabilitação urbana, transversal às temáticas: institucionalização de idosos; obesidade infantil; segurança alimentar; qualidade do ar interior; conforto térmico – ondas de frio e calor; eficiência energética; entre outras.
  • Prever uma plano de comunicação do risco em saúde ambiental para que o processo de empowerment das populações tenha uma génese de evidência científica, dirigida pelo Ministério da Saúde, e menos influenciado pelos perfis editorais dos meios de comunicação social.

Para quando o “encerramento” da Saúde Pública?

Tem sido notícia nos últimos dias, pela voz da Rádio Bragança, a possibilidade de encerramento do Laboratório Distrital de Saúde Pública de Bragança.

Para já as informações são contraditórias mas uma coisa é sabida: onde há fumo, há fogo!

Em Lisboa esta é uma situação que já ocorreu, com o encerramento do Laboratório de Saúde Pública da então Sub-Região de Saúde de Lisboa e posterior transferência de recursos para o Instituto Nacional de Saúde (INSA) Dr. Ricardo Jorge, na mesma cidade Se a sul esta terá sido uma situação “pacífica” porquanto tudo se manteve na mesma cidade, já no caso de Bragança, a entrega das amostras, para processamento laboratorial, poderá ter que vir a ser feita a centenas de quilómetros de distância.

Será este mais um indício de que o “encerramento” da Saúde Pública, tal como a conhecemos hoje, estará para breve?

Mais informações acerca deste assunto:

Fico triste… afinal eu sou, acima de tudo, um profissional talhado para a Saúde Pública.

Está na hora, se não for tarde demais, de se concertarem esforços e criar aquilo a que em determinada altura apelidei de “Plataforma Estratégica de Entendimento” e que tentarei, em breve, explicar o que acho que deva ser.

Estamos no Facebook!

Para os mais distraídos que ainda não tenham reparado, o Saúde Ambiental… está no Facebook. Começámos com um grupo, o Saúde Ambiental… | Environmental Health… e mais recentemente criámos uma página (ver Saúde Ambiental…).

Temos vindo a descobrir, a pouco e pouco, as potencialidades daquela rede social e não poderíamos ficar indiferentes a este fenómeno. Neste momento 187 pessoas gostam da nossa página e no grupo já temos 560 membros.

Se no perfil do Vítor Manteigas podem ver todas as actualizações feitas no blogue, já no grupo e na página essa situação só ocorrerá se alguém por lá colocar as respectivas ligações, e é natural  que tal venha a acontecer. Contudo o que se pretende é criar espaços diferentes para veicular informações, também elas diferentes, ainda que complementares.

grupo tenderá a ser isso mesmo, um espaço onde todos os profissionais que desempenhem funções em Saúde Ambiental, possam entrar e participar, da forma que lhes aprouver.

A página irá ser, na medida do possível, uma extensão do blogue. Será ali que iremos publicar algumas ligações também disponíveis no blogue, além de outras que consideramos relevantes ou, no mínimo, interessantes para os nossos leitores.  Será também por ali que iremos recuperar alguns dos posts mais antigos.

Esperemos que vos seja útil!… Se sim, “gostem”.