Ciclo de Conferências: Tecnologias da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários (3.ª Conferência)

Irá realizar-se a 19 de Outubro de 2010, a 3.ª Conferência do Ciclo de Conferências: Tecnologias da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários. À semelhança do que já havia acontecido nas edições anteriores (1.ª Conferência e 2.ª Conferência), a organização está a cargo da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e decorrerá no auditório daquela instituição de ensino.

Depois de se ter debatido a Reforma em Curso e os Profissionais das Tecnologias da Saúde e a Intervenção em Equipa, esta 3.ª Conferência será dedicada à Saúde e Estilos de Vida.

Se és estudante ou docente da ESTeSL ou profissional das tecnologias da saúde não faltes (inscrição online). Entretanto lançamos o desafio para que, neste âmbito, apresentem resumos para posteres e divulguem aquilo que de interessante vão fazendo.

Temos abraços para oferecer…

Já não é a primeira vez que aqui oferecemos algumas lembranças, nem será a última. Também já não é a primeira vez que oferecemos abraços grátis!!… Já o haviamos feito aqui e no Facebook

Posto isto temos mais dois abraços para oferecer. São dois abraços do Miguel Gameiro que fomos buscar n’A Porta ao Lado.

Para receberem um dos dois CD’s que temos para oferecer, terão que responder à mensagem que irão receber na vossa caixa postal (por volta das 00h10m do dia de amanhã, 23 de Julho), com o conteúdo deste post, a dizer que querem um abraço do Miguel (só podem pedir um abraço). Para tal terão que ser, obviamente, subscritores por e-mail. A décima (10) e a trigésima (30)  mensagem recebidas irão ser as contempladas com este mimo, ideal para vos acompanhar nas férias.

Boa sorte e um forte abraço!

Curso de Extensão Universitária em Saúde Ocupacional em Unidades de Saúde

As inter-relações e interdependências entre trabalho e saúde são o objecto de estudo da Saúde Ocupacional. Os riscos profissionais variam consoante o tipo de actividade profissional mas dependem, acima de tudo, das condicionantes do trabalho, designadamente, do tipo de organização (ex.: hierarquia, horários, exigências de produtividade), das condições de trabalho (ex.: ambiente, espaços de trabalho), dos equipamentos e das características e capacidades das pessoas/trabalhadores. A prestação de cuidados de saúde, em Hospitais e outras Unidades de Saúde, constitui uma área peculiar nessa relação entre a actividade de trabalho e a saúde/doença dos profissionais de saúde. Desse modo, as influências (positivas e negativas) do ambiente (incluindo o ambiente de trabalho) são cada vez mais reconhecidas como um aspecto essencial das agendas políticas na área da saúde da maioria dos países do mundo.

É nesse sentido que surge o Curso de Extensão Universitária em Saúde Ocupacional em Unidades de Saúde, que se destina a licenciados na área da Saúde e outras áreas afins, com interesses na Saúde Ocupacional e Ambiental ou na Saúde, Higiene e Segurança dos Trabalhadores nos Locais de Trabalho e que apresenta os seguintes objectivos:

  • Apresentar, analisar e discutir os fundamentos metodológicos da saúde ocupacional e ambiental na área das unidades de saúde, em particular nos hospitais, numa perspectiva centrada na saúde e segurança dos profissionais de saúde e na qualidade da prestação de cuidados de saúde;
  • Contribuir para o incremento da aplicação de uma metodologia de análise das situações de trabalho (análise ergonómica do trabalho) que permita a sua compreensão no sentido da adequação às características e capacidades dos trabalhadores;
  • Demonstrar a importância da abordagem sistémica e integrada das situações de trabalho, em contexto de prestação de cuidados, no planeamento e programação de prioridades de melhoria das condições de trabalho em hospitais;
  • Capacitar os estudantes para a identificação e avaliação da (1) influência (positiva ou negativa) do ambiente e condições de trabalho sobre o profissional de saúde em actividade e (2) dos respectivos efeitos, quer sobre os trabalhadores, quer sobre o sistema e doentes, tendo em vista a prevenção de riscos profissionais e uma adequada protecção e promoção da saúde dos profissionais de saúde.

Esta é uma oferta formativa conjunta da

ENSP » Escola Nacional de Saúde Pública
Avenida Padre Cruz, 1600-560 Lisboa | Telef: 217 512 100 | Fax: 217 582 754
E-mail: academicos@ensp.unl.pt

e

ESTeSL » Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
Avenida D. João II, Lote 4.69.01,1990 – 096 Lisboa, Parque das Nações
Telef: 218 980 485/218 980 400 | Fax: 218 980 460
E-mail: centro.formacao@estesl.ipl.pt

A censura dos tempos modernos

Desde alguns dias a esta parte, alguns leitores têm-nos  abordado no intuito de saber o que se passa com o blogue, na medida em que têm tido dificuldades de acesso. Ontem, chegou-nos uma possível explicação, que se aplicará, eventualmente, a alguns colegas, Técnicos de Saúde Ambiental, nalgumas regiões de saúde. Recordo que, a confirmar-se esta situação, não será a primeira que somos objecto de tanta atenção. Será que merecemos? Não haverá coisa melhor com que se devam preocupar?

Obrigado ao colega Sérgio Cardoso do Tecnologias da Saúde por nos ter alertado para esta questão e nos ter autorizado a republicação na integra, do seu post com o mesmo título e que disponibilizamos em baixo.

As opiniões contrárias são difíceis de “digerir”, mas, por vezes, são precisas para alterar o “estado das coisas” e mudarmos para um outro rumo melhor.

Se julgam que têm o direito de limitar ou eliminar o acesso a uma determinada plataforma informática, para impedir o acesso à formação e informação técnica relevante e de grande utilidade para os profissionais… Então, poderemos considerar que estaremos num país ditatorial e de terceiro mundo.

Censurar as opiniões e nos dias de hoje é um caminho que não nos leva a lado nenhum e só demonstra a nulidade intelectual. Realmente o nosso país, encontra-se ainda, atrasado e com falta de maturidade democrática.

Fala-se muito no tempo do Salazar, mas esses tempos estão a regressar em força…

Infelizmente, é o retorno ao passado…

Congresso Internacional de Saúde Ambiental

Irá realizar-se em Coimbra, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde daquela cidade, o Congresso Internacional de Saúde Ambiental, primeiro no nosso país.

Este é um evento que decorrerá de 4 a 6 de Novembro de 2010 e cuja presença julgamos ser de extrema importância.

O Congresso Internacional de Saúde Ambiental pretende assumir-se como um espaço destinado a receber a comunidade técnico-científica e interessados em Saúde Ambiental no contexto nacional e internacional.
Pretende-se promover o confronto de ideias, a partilha de experiências e abordagens, além do desenvolvimento de parcerias por forma a promover a cooperação entre investigadores, técnicos profissionais, decisores e estudantes de diferentes países.

As inscrições a custo reduzido decorrerão até ao dia 10 de Outubro e todos os interessados em submeter resumos para a apresentação de posteres ou comunicações orais, deverão fazê-lo até 1 de Setembro.

No Congresso Internacional de Saúde Ambiental poderão ser apresentados artigos nas diversas áreas ligadas à Saúde Ambiental, nomeadamente, entre outras: Segurança Alimentar; Promoção da saúde e comunidades saudáveis; Saúde Pública; Ambiente e comunidades saudáveis; Qualidade do ar; Qualidade da água; Resíduos; Alterações Climáticas; Prevenção de desastres e resposta à emergência; Saúde Ocupacional, riscos e prevenção de acidentes; Energia; Sustentabilidade; Riscos emergentes; Microbiologia; Educação Ambiental; Ordenamento e Planeamento do Território; Habitat; Biodiversidade; Epidemiologia; Sistemas Integrados de Gestão; Ergonomia; Segurança na Construção Civil; Ética e Responsabilidade Social; Planeamento em Saúde; Inovação; Empreendedorismo na Saúde Ambiental; e Empreendedorismo na saúde, ambiente e segurança.

A vossa presença é importante!

Mais uma machadada na carreira de Saúde Pública

Foi ontem que a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disponibilizou no seu sítio um comunicado de título “Mais uma machadada na carreira de Saúde Pública“.

Que a Saúde Pública andava a ser alvo de machadadas já nós haviamos notado e tentado fazer ver. Até aqui nada de novo.

O novo é que finalmente a FNAM tomou uma posição naquilo que diz respeito à Delegação de Competências, assumindo como argumentação algo que os Técnicos de Saúde Ambiental há muito andavam a chamar a atenção. Para já, deixamos um comentário: – Parece-nos que a FNAM tem andado “distraída”! Deixamos apenas alguns exemplos do que já foi dito aqui em relação a este assunto: Nós, eles e a delegação de competências; Autoridades de Saúde e suas competências; Poderes de Autoridade de Saúde na ausência de Médico de Saúde Pública; A delegação de competências na versão legal.

Entretanto foi a 14 de Maio de 2010 que o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde chamou a atenção para o problema da legalidade das delegações de competências atribuidas com base no art.º 9.º do Decreto-Lei n.º 82/2009, de 2 de Abril (ver documento). Posteriormente, já a 1 de Julho de 2010, a Direcção Geral de Saúde (DGS) fez sair a Circular Informativa nº 27/ASN que tinha como assunto esta mesma questão, a delegação de competências, desta feita aplicável aos Médicos de Saúde Pública e na qual se conclui que “(…) poderão os Delegados de Saúde delegar a execução de actos materiais nos médicos colocados nas Unidades de Saúde Públicas”.

Voltamos ao documento inicial, “Mais uma machadada na carreira de Saúde Pública“, e elencamos aqui aquelas que são, a nosso entender algumas das ideias fulcrais apresentadas:

  • A delegação de competências, sendo possível, pressupõe o cumprimento de requisitos definidos legalmente – desde logo, a imposição de que essa delegação de competências seja previamente publicada em Diário da República; e
  • A “interpretação” dada pela DGS não é mais do que (mais) uma inadmissível agressão à dignidade profissional dos médicos de Saúde Pública!

Dão um exemplo… “tendo participado numa vistoria com a Câmara Municipal, não poderia assinar o respectivo Auto, que teria de ser levado ao Delegado de Saúde… E, se dessa vistoria decorresse a necessidade de imediata suspensão da actividade do estabelecimento, por risco iminente para a Saúde Pública, teria de chamar o seu colega “polícia”, para ele assumir tal acto!…”

E referem ainda que “com agressões destas à dignidade profissional dos médicos de Saúde Pública – para além das substanciais diferenças de massa salarial comparada com os colegas das outras carreiras – não pode o Governo admirar-se do escasso número de jovens médicos que optam por esta carreira (quiçá não demore muitos anos para que fique totalmente vazia e a extinguir)”.

Posto isto chegamos nós a algumas conclusões. A saber, e sem personalizar para que não corramos riscos desnecessários:

  • Alguém anda a ler o que aqui escrevemos mas fá-lo com meses (ou anos) de atraso;
  • Aparentemente alguém se preocupa com os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, porquanto acompanha (desta vez em tempo útil) algumas das preocupações dos sindicatos, naquilo que diz respeito a esta matéria associada aos Técnicos de Saúde Ambiental;
  • Para esta mesma questão há dois pesos e duas medidas. Refiro-me à delegação de competências de que os Técnicos de Saúde Ambiental têm sido objecto e que alguns “delegantes” sempre tem negligenciado ou até potenciado.

Posto isto, das duas uma:  – Ou comem todos, ou não come ninguém!…

Eu, Técnico de Saúde Ambiental, recuso-me a executar actos materiais que me tenham sido delegados porque:

  1. Essa delegação não está devidamente consubstanciada com publicação em Diário da República; e porque
  2. Essa delegação (e outras) é uma inadmissível agressão à dignidade profissional dos Técnicos de Saúde Ambiental.

Digo que é uma agressão porque é só com ela que os Técnicos de Saúde Ambiental podem formalmente desempenhar determinadas funções e executar determinados actos quando já têm competências reconhecidas para tal.

Digo que é uma agressão porque com ela os Técnicos de Saúde Ambiental acabam por desempenhar determinadas funções e executar determinados actos que mesmo tendo competência técnica para o fazer são, por força da lei, competências dos Médicos de Saúde Pública nomeados Autoridades de Saúde. Faço notar que estes profissionais descontam mais de impostos do que aquilo que os Técnicos de Saúde Ambiental auferem de vencimento líquido num mês. Os Técnicos de Saúde Ambiental fazem o seu trabalho e o dos outros não recebendo mais por isso e os outros não fazendo o que lhes compete não recebem menos. Deviam!

Hoje estou mais calmo, confesso, mas haja paciência!! Se eu mandasse, saberia como resolver o assunto. Mas (felizmente) não mando 🙂

Alguém tem opinião formada em relação a este assunto?