Agenda Ambiental na Administração Pública

Lá fora, em português, pensam assim.

Por cá, na administração pública… num serviço de saúde pública que conhecemos e por cada ofício que é expedido, imprimem-se três exemplares. Em muitos outros, chegado o fim do dia, o computador é desligado sem que, contudo, nos lembremos de fazer o mesmo com o monitor. Os equipamentos de climatização estão, não raras vezes, a funcionar 24 horas por dia. E isto são apenas alguns exemplos que se conhecem.
Naquilo que nos compete, há que fazer alguma coisa.

Reciclagem de óleos alimentares usados

Foi por correio electrónico que acabei por ter conhecimento de iniciativa de reciclagem de óleos alimentares usados, promovida pela AMI (Assistência Médica Internacional) e que, obviamente, não poderia deixar de aqui a divulgar. A informação que a seguir vos disponibilizo foi transcrita da mensagem de correio electrónico que promove a divulgação desta iniciativa, assim como do sítio na internet da própria AMI.

«O óleo alimentar que não serve para si pode ainda ajudar muita gente. Por isso é importante que pense bem antes de o deitar fora. Até hoje, o principal destino dos óleos usados em Portugal tem sido o despejo na rede de esgotos e este é um dos maiores erros que pode cometer.

Porquê?
Porque, quando lançados nas redes de drenagem de águas residuais, os óleos poluem e obstruem os filtros existentes nas ETAR’s, tornando-se assim um grande obstáculo ao seu bom funcionamento.

Simples gestos fazem a diferença.
Ao aderir ao projecto de Recolha de Óleos Alimentares Usados não só evita a poluição a água como está a transformar o óleo em Biodiesel, uma fonte renovável de energia ue diminui as emissões de CO2. Além disso, cada litro de óleo será transformado num donativo para ajudar a AMI na luta contra a exclusão social em Portugal.
Os restaurantes ou entidades que pretendam participar deverão utilizar o número de telefone 800 299 300 (chamada gratuita).»

Talvez não saiba, mas o óleo alimentar que já não serve para si pode ainda ajudar muita gente. Em vez de o deitar fora, entregue-o nos restaurantes aderentes para que este seja recolhido. Além de diminuir a poluição do planeta, cada litro de óleo será transformado num donativo para ajudar a AMI na luta contra a exclusão social. Dê, vai ver que não dói nada.

Para participar neste projecto da AMI:

  • Junte o óleo alimentar que usa na sua cozinha numa garrafa de plástico e entregue-a quando estiver cheia num dos restaurantes aderentes. Os restaurantes estão identificados e a lista completa está disponível em http://www.ami.org.pt/;
  • Afixe cartazes no comércio da sua localidade e distribua folhetos nas caixas de correio. Solicite materiais, enviando um e-mail para reciclagem@ami.org.pt;
  • Divulgue esta informação no seu site ou blog;
  • Encaminhe este e-mail para a sua lista de contactos.

PRESS RELEASE
Pela primeira vez, vai passar a existir em Portugal, uma resposta de âmbito nacional para o destino dos óleos alimentares usados. A partir de dia 15 de Julho, a AMI lança ao público este projecto que conta já com a participação de milhares de restaurantes, hotéis, cantinas, escolas, Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais.

A AMI dá com este projecto continuidade à sua aposta no sector do ambiente, como forma de actuar preventivamente sobre a degradação ambiental e sobre as alterações climáticas, responsáveis pelo aumento das catástrofes humanitárias e pela morte de 13 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

Os cidadãos que queiram entregar os óleos alimentares usados, poderão fazê-lo a partir de agora. Para tal, poderão fazer a entrega numa garrafa fechada, dirigindo-se a um dos restaurantes aderentes, que se encontram identificados e cuja listagem poderá ser consultada no site http://www.ami.org.pt/.

Os estabelecimentos que pretendam aderir, recebendo recipientes próprios para a deposição dos óleos alimentares usados, deverão telefonar gratuitamente para o número 800 299 300.

Este novo projecto ambiental da AMI permitirá evitar a contaminação das águas residuais, que acontece quando o resíduo é despejado na rede pública de esgotos, e a deposição do óleo em aterro. Os óleos alimentares usados poderão assim ser transformados em biodiesel, fornecendo uma alternativa ecológica aos combustíveis fósseis, e contribuindo desta forma para reduzir as emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE). Ao contrário do que por vezes acontece com o biodiesel de produção agrícola, esta forma de produção não implica a desflorestação nem a afectação de terrenos, nem concorre com o mercado da alimentação.

São produzidos todos os anos em Portugal, 120 milhões de litros de óleos alimentares usados, quantidade suficiente para fabricar 170 milhões de litros de biodiesel. Este valor corresponde ao gasóleo produzido com 60 milhões de litros de petróleo, ou seja, o equivalente a cerca de 0,5% do
total das importações anuais portuguesas deste combustível fóssil. A AMI dá assim a sua contribuição para favorecer a independência energética do país, conseguindo atingir este objectivo de forma sustentável e com uma visão de longo prazo, não comprometendo outros recursos igualmente fundamentais para o desenvolvimento da sociedade e para o bem-estar da população.

Segundo a União Europeia, o futuro do sector energético deverá passar pela redução de 20% das emissões de GEE até 2020, assim como por uma meta de 20% para a utilização de energias renováveis. Refere ainda uma aposta clara na utilização dos biocombustíveis, que deverão representar no mínimo 10% dos combustíveis utilizados.

A UE determina ainda que os Estados-Membros deverão assegurar a incorporação de 5,75% de biocombustíveis em toda a gasolina e gasóleo utilizados nos transportes até final de 2010 e o Governo anunciou, em Janeiro de 2007, uma meta de 10% de incorporação de biocombustíveis na gasolina e gasóleo, para 2010.

As receitas angariadas pela AMI com a valorização dos óleos alimentares usados serão aplicadas no financiamento das Equipas de Rua que fazem acompanhamento social e psicológico aos sem-abrigo, visando a melhoria da sua qualidade de vida.

Para saberem quais as entidades aderentes onde podem entregar o vosso óleo usado cliquem aqui.
Se na vossa zona de trabalho ou residência ainda não houver aderentes… incomodem!

Portugal em 18.º lugar no mundo do ambiente

Foi notícia (só) neste fim-de-semana, no Diário de Notícias, pela mão de Luís Naves que “Portugal em 18.º lugar no mundo do ambiente”.
Já no início do ano aqui haviamos feito referência a este facto quando publicámos o “Portugal e o Environmental Performance Index (Índice de Desempenho Ambiental) 2008“.
Ainda assim, deixo-vos a notícia.
«Ranking EPI é o mais ambicioso de sempre no sector.
No que respeita a políticas ambientais, Portugal é um dos países mais desenvolvidos do mundo, estando em 18.º lugar entre 149 nações, o que resulta numa situação próxima da média da União Europeia, bem acima da da Espanha. Estas são algumas das conclusões da edição de 2008 de um novo índice (criado em 2006), que pretende medir a realidade ambiental, país a país. Baptizado em inglês Environmental Performance Index (EPI), este ranking de performance ambiental leva em conta 25 indicadores, incluindo de qualidade de água, doenças ambientais, poluição ou recursos naturais, entre outros, cada um com a respectiva ponderação.

Medir o valor final e a posição relativa dos países não é o principal objectivo do projecto, realizado por duas das principais universidades americanas (Yale e Colúmbia), com apoio da Comissão Europeia e do Fórum Económico Mundial, de Davos. O mais importante, para os autores, foi tentar perceber até que ponto certos objectivos políticos podem ser atingidos.

As decisões políticas são geralmente tomadas com base em indicadores complexos que pretendem descrever a realidade. É assim na economia, na saúde ou na educação. Quando os políticos utilizam, por exemplo, as medidas do PIB, ou do PIB per capita, percebem se as suas decisões estão a produzir um enriquecimento da população e se este está a acontecer a ritmo suficiente para não comprometer a estabilidade social. O EPI não é muito diferente do PIB, neste aspecto, pois os decisores poderão usar a sua informação para mudar de estratégia no plano ambiental.

Sem surpresa, os países europeus surgem no ranking de 2008 em boa posição, o que não acontece com os Estados Unidos ou com a China. A Suíça lidera a lista, que tem o Níger no último lugar. É também importante interpretar os números em comparação com as médias regionais e com os valores da riqueza per capita. Isto significa que um país mais rico, como os EUA, utiliza mal (no plano ambiental) a riqueza disponível, sobretudo no que respeita à poluição, consumo excessivo de recursos, energia e indicadores ligados à mudança do clima. Significa também que os países europeus têm políticas ambientais mais sustentáveis, embora percam em matéria de biodiversidade.

Portugal atinge no EPI um valor de 85,8 pontos, ficando acima de países considerados mais desenvolvidos, como Itália, Espanha ou Irlanda. Portugal é forte em matéria de saúde ambiental (não há muitas doenças humanas ligadas a questões de ambiente), mas é fraco na vitalidade dos ecossistemas. A conservação de habitats é, de longe, o ponto mais negativo na classificação portuguesa. As políticas na mudança climática também são insuficientes e prejudicam a pontuação.»

All at Once Community no concerto de Jack Johnson

Fantástico!
Só me resta dizer… FANTÁSTICO!…
Assim foi o concerto de Jack Johnson no passado dia 26 de Junho, em Lisboa.
O espectáculo, propriamente dito, começou com Mason Jennings e G. Love & Special Sauce, que tiveram a seu cargo a primeira parte do concerto.
Jack Johnson entrou em palco já perto das 22 horas com o tema Hope do álbum Sleep Through The Static.

aqui tinha feito referência às suas preocupações ambientais e isso voltou a ser notório no concerto. Além das mensagens que sistematicamente iam passando nos ecrãs colocados no palco e que momentos antes do início do concerto mostraram algumas actividades desenvolvidas pela Liga para Protecção da Natureza (LPN), Associação Nacional de conservação da Natureza (Quercus) e Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), havia também, na plateia do Pavilhão Atlântico a tenda “Village Green” da All at Once Community onde, através do passaporte, se evidenciavam os actos desenvolvidos por cada um, tendentes à preservação do meio ambiente.

All at Once Community
Uma acção individual, multiplicada por milhões, gera mudança global.
Torna-te participativo na tua comunidade.
As acções simples produzem um impacto enorme.
Usa a tua voz para ajudar a construir uma política sustentável.
Escolhe o ambiente sempre que gastares dinheiro.

Como nota final, deixo uma mensagem ao meu colega e amigo Jörg do Glatteis. – Companheiro, o abraço enviado por SMS foi entregue.

EHS Portugal lança “OPA” ao Saúde Ambiental…

Hoje, no dia do primeiro aniversário da EHS Portugal: Environment, Health and Safety Portugal – Higiene, Segurança, Ambiente e HACCP, dou-vos a conhecer uma iniciativa daquele projecto, que decorreu ao longo do último mês.
Refiro-me a uma “OPA” nada hostil, lançada sobre o blogue Saúde Ambiental…
Reconheço que a oferta era realmente aliciante – como tudo o que tem vindo a ser promovido pela EHS Portugal – contudo, iria implicar uma disponibilidade para colaborar com o projecto, que, garantidamente deixarei de ter.
Foi esta a principal justificação que me levou a recusar a oferta por eles apresentada, mas que não podia, com a devida autorização dos seus promotores, deixar de aqui evidenciar e que só vem reconhecer o trabalho meritório que se tem vindo a desenvolver na divulgação da Saúde Ambiental e dos técnicos que somos.

À EHS Portugal os meus parabéns, tanto pelo trabalho desenvolvido como pelo seu primeiro aniversário e o desejo de felicidades para o projecto que ora se inicia sob a insígnia da EHS Brasil.

Jack Johnson e as preocupações ambientais

É hoje que irei usufruir da minha prendinha do Dia de São Valentim!… Jack Johnson ao vivo no Pavilhão Atlântico. Daqui a duas horas lá estarei.

Entretanto, sabiam que por apenas mais 0,50€ por bilhete poderiam compensar as emissões de carbono emitidas pelo vosso carro na viagem para o concerto do Jack Johnson e reduzir a vossa pegada ambiental?

O valor das doações será utilizado para comprar fogões e fornos solares destinados a comunidades africanas (cada fogão ou forno poupa cerca de 3,4 toneladas de dióxido de carbono por ano, reduzindo a necessidade de queimar madeira e lixo) e evitar a desflorestação, permitindo assim a protecção de grandes áreas verdes.

Sobre a estratégia de Jack Johnson para a compensação de carbono:
A tournée de Jack Johnson compensará as emissões de CO2 através da contribuição de 65% do valor angariado para o apoio a projectos de energias renováveis (energia eólica e solar), sendo os restantes 35% aplicados em programas de prevenção à desflorestação.

Mais informações sobre os parceiros da campanha de compensação de CO2:
CO2Balance

Para mais informações visitem All at Once Community.
Deslumbrem-se!