Workshop Técnico: REACH & Classificação de Substâncias Químicas

Divulgamos, a pedido da  Associação Portuguesa de Toxicologia (AP Tox), 0 Workshop (WS) Técnico sobre “REACH & Classificação de Substâncias  Químicas” organizado por aquela associação.

Este WS realiza-se nas instalações do INSA Porto, no próximo dia 21 de Maio. O WS é dirigido aos profissionais activamente envolvidos na    regulamentação química.

O evento proporcionará aos participantes conhecimentos e informações sobre:

  • O Regulamento REACH;
  • Estratégias integradas (ITS) para testes (eco)toxicológicos;
  • Utilização de (Q)SARs na regulamentação de substâncias químicas;
  • Ferramentas de avaliação de risco para o REACH;
  • Feedback da indústria sobre a implementação do REACH e os    seus impactos;
  • Classificação de substâncias no âmbito do Regulamento CLP.
Clique aqui para mais informação sobre este evento. Programa Preliminar. Formulário de Inscrição (Prazo de inscrições:15 Maio de 2010).

Fiema Brasil 2010 – Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente

A Fiema Brasil 2010 (Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente), que terá lugar no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (Alameda Fenavinho, 481 – Bento Gonçalves/RS), entre os dias 27 e 30 de Abril de 2010, concretiza os princípios de sustentabilidade ao concentrar num mesmo cenário (o Parque de Eventos de Bento Gonçalves) o maior número de empresas e organizações voltadas para a produção de tecnologia, soluções e serviços focados no meio ambiente. A tendência do mercado que dita que “Green is green” (o que é ligado ao verde, à natureza e à sustentabilidade é dinheiro bem aplicado, é bom negócio) impulsionará a exposição e os contactos na 4ª edição da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente.

Completando e dando ainda mais consistência ao que será visto na parte da feira, especialistas, pesquisadores e público em geral reunirão as ideias, as tendências, as descobertas e as aplicações do universo ambiental contemporâneo na intensa programação paralela.

Ciclo de Debates 2010 “Repensando o desenvolvimento frente ao encontro de Copenhague”

Vai iniciar-se já no próximo dia 14 de Abril o Ciclo de Debates 2010 “Repensando o desenvolvimento frente ao encontro de Copenhague”.

Esta é uma iniciativa interessante, promovida pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Secção Rio Grande do SUL (ABES-RS), que vem na senda daqueles que foram os Ciclos de Debates “Repensando o Desenvolvimento frente às Fragilidades Ambientais” e “Repensando o Desenvolvimento frente à Crise Econômica” desenvolvidos nos últimos dois anos.

Este “novo”  Ciclo pretende provocar um repensar sobre como o Homem se apropria do meio-ambiente para desenvolver as suas actividades, os impactes que provoca e suas consequências na qualidade de vida da sociedade. Procura entender as dificuldades actuais de estabelecer o equilíbrio entre as diferentes opções de desenvolvimento sócio-económico e a preservação ambiental e irá alicerçar-se nas perspectivas ambientais face à Conferência de Copenhague (COP15) e tentará dar resposta às seguintes questões:

  • Quais as principais conclusões da COP15?
  • Como o mundo vai enfrentar o desafio de preservar o meio ambiente e continuar se desenvolvendo?
  • Quais os desdobramentos da COP15 sobre as questões ambientais no mundo e no Brasil?
  • Quais suas conseqüências a curto e longo prazo?
  • Qual o posicionamento do bloco dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos e dos países em desenvolvimento, como China e Brasil?
  • O que foi adiado para a COP16 no México?

O Ciclo será realizado na Fundação Getúlio Vargas – FGV, Avenida Praia de Belas 1510, Bairro Praia de Belas, Porto Alegre, RS, das 8h30min às 11h. No início de cada encontro, entre 8h30min e 9h, será oferecido um café, proporcionando aos participantes a oportunidade de se conhecerem e de trocarem opiniões de maneira informal. Para os participantes com mais de 75% de presença nas apresentações será fornecido um certificado de participação.

Para os eventuais interessados que nos lêem do Brasil, deixamos a programação do Ciclo de Debates 2010 e o desejo de bons encontros.

  1. 14 de Abril: COP 15 – Avanços, retrocessos e incertezas.
  2. 12 de Maio: Desfiguração da legislação ambiental.
  3. 23 de Junho: Colapso climático iminente: verdade ou ficção?
  4. 11 de Agosto: Cidades sustentáveis: alternativas energéticas e de postura.
  5. 08 de Setembro: COP 15 – Políticas públicas no RS frente à crescente onda de desastres naturais.
  6. 13 de Outubro: Matriz energética: desafios do crescimento econômico.
  7. 10 de Novembro: Perspectivas para o encontro do México (2014) passando por Kioto (1997) e Copenhague (2009).

A construção de Cidades Saudáveis e o papel das autarquias

Hoje, 7 de Abril, dia em que se comemora o Dia Mundial da Saúde (ver Dia Mundial de Saúde 2010: Urbanismo e Saúde e Dia Mundial da Saúde: “1000 Cidades, 1000 Vidas”) deixamos aqui aquela que foi a noticia publicada ontem no jornal Destak, a propósito deste tema.

Autarquias têm papel fundamental na construção de cidades saudáveis

A arquitecta da Direcção Geral de Saúde (DGS), Cláudia Weigert, afirmou que, muitas vezes, está “nas mãos” das autarquias impulsionar a construção de “cidades mais saudáveis” que promovam a “saúde das pessoas”.

Os efeitos da urbanização sobre a saúde das populações é o tema deste ano do Dia Mundial da Saúde, que se assinala quarta feira, sob o lema “1000 cidades – 1000 vidas”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pretende “chamar a atenção para se fazer um planeamento urbano que promova cidades saudáveis e a saúde das pessoas”, disse à Lusa a arquitecta.

“Na vertente de planeamento urbano, as autarquias podem ser agentes muito importantes na construção de cidades mais saudáveis”, sustentou Cláudia Weigert, da Divisão de Saúde Ambiental da DGS.

Para a arquitecta, a forma como se organizam os transportes e a quantidade de espaços verdes motivam uma maior “mobilidade das pessoas” e, consequentemente, mais “conexões sociais”.

“É necessário fazer um planeamento em que se consiga aproveitar ao máximo os espaços que existem” e transformá-los em espaços verdes que contribuam para a diminuição do ruído e da poluição atmosférica, defendeu.

Cláudia Weigert realçou alguns avanços nesta área por parte das autarquias, mas ressalvou que ainda há muito caminho a percorrer.

Muitas autarquias estão a apostar na criação de pistas para bicicletas, mas esquecem-se de fazer parques de estacionamento para este meio de transporte, exemplificou.

Em muitas cidades europeias, as bicicletas são usadas como meio de transporte, enquanto que em Portugal é mais como desporto: “O que eu verifico é que, muitas vezes, as ciclovias não têm estacionamento, as pessoas são obrigadas a andar e voltar para casa porque não têm onde estacionar”, comentou.

“Se houvesse estacionamento, com alguma vigilância, junto às grandes estações de transportes públicos, superfícies comerciais e outros locais, provavelmente as pessoas utilizavam mais a bicicleta”, defendeu.

Cláudia Weigert acrescentou que todo o exercício físico que se possa fazer nas cidades contribui para “trabalhar” doenças como a osteoporose, diabetes, cancro e obesidade, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e retardar problemas associados à idade.

A DGS está, desde 2003, a desenvolver junto das autarquias o projecto “Habitação e Saúde” – promovido pela OMS -, tendo em conta as implicações que a habitação e a sua envolvente têm na saúde das pessoas.

O projecto pretende descobrir as relações existentes entre a habitação e a saúde, de modo a que se estudem os principais factores que afectam a saúde das populações e os municípios possam elaborar planos para minimizar os problemas detectados e melhorar a qualidade de vida.

“Nós já fizemos protocolos com algumas autarquias para desenvolver esses projectos. Depois do estudo feito, as autarquias perceberam quais eram as principais queixas das populações e as áreas onde tinha de actuar”, explicou a arquitecta.

Conferência “Pensar Verde no Local de Trabalho”

De acordo com a informação que recebemos da Fundação Calouste Gulbenkian, a Embaixada dos EUA em Portugal tem vindo a fazer, de há algum tempo a esta parte, um esforço considerável para reduzir a sua pegada ecológica. Passados os primeiros dois anos, assumem ter ainda um longo caminho a percorrer mas garantem permanecerem empenhados em tornar a Embaixada um local de trabalho mais amigo do ambiente. À medida que as mudanças necessárias têm sido implementadas, têm encontrado desafios e obstáculos importantes que acreditam não serem muito diferentes dos que as instituições públicas e privadas portuguesas enfrentam diariamente.

É nesse contexto, que a Embaixada decidiu promover a iniciativa “Pensar Verde no Local de Trabalho”, uma conferência sobre boas práticas ambientais no meio laboral. Marcado para o dia 16 de Abril, o evento terá lugar no auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, que apoia a iniciativa (Programa Gulbenkian Ambiente). A ideia é que possam partilhar sucessos e falhanços e, juntos, encontrar o melhor rumo a seguir.

Caso tenham interesse e disponibilidade para participar na conferência, confirmem a vossa participação até ao dia 12 de Abril para um dos seguintes contactos: opalisbon@state.gov ou 217702439/35.

A Saúde Ambiental no Air Pollution and Health: Bridging the gap

No mês passado, a propósito da rubrica “Onde Estamos?“, lançámos o desafio ao colega Nélson Sá para que, após o seu regresso, nos contasse como haviam corrido as coisas por San Diego (ver Onde estamos?… Estamos no Air Pollution and Health em San Diego).

Com a anuência do Departamento de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), deixamos aqui a sinopse que o Nélson nos fez chegar, a relatar a sua experiência naquele evento. A ele e ao Departamento de Saúde Ambiental da ESTeSC, o nosso obrigado e, obviamente, os nossos parabéns.

Nos passados dias 22 a 26 de Março, o Departamento de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra esteve representado na Conferência de Especialidade “Air Pollution and Health: Bridging the gap“, em San Diego, Califórnia – EUA. Para o citado evento tive o privilégio de representar o Departamento na sessão de discussão de dois poster´s de investigação aplicada em Saúde Ambiental, do ano de 2009:

Granite´s influence on radon in Vila Pouca de Aguiar
Autores: Ana Isabel Dias, Ana Ferreira, Cristina Santos, Helder Simões, Isabel Andrade, João P. Figueiredo, João Almeida, Nelson Sá, Susana Paixão

Occupational Exposure to Carbon Monoxide
Autores: Liliana Claro, Ana Ferreira, Cristina Santos, Helder Simões, Isabel Andrade, João P. Figueiredo, João Almeida, Nelson Sá, Susana Paixão

É com regozijo que me apercebo que a área científica da Saúde Ambiental tem uma enorme visibilidade e preponderância na investigação e no apoio à regulamentação da maioria dos países que se encontravam na Conferência e com quem tive oportunidade de cruzar opiniões. Não me lamento por não termos ainda a preponderância que outros já têm, porque vejo sim uma oportunidade de nós nos esforçarmos e demonstrarmos que a merecemos para a nossa sociedade.

O ritmo dos trabalhos é alucinante, começa às 8h e acaba às 20h (para eles 8am to 8pm), sendo que os trabalhos não param à hora do almoço, são-nos entregues umas “box lunch” onde temos algumas sandwiches que vamos comendo à medida que os palestrantes vão falando. Os próprios palestrantes também vão comendo nas mesmas “box lunch” enquanto vão falando!

Relativamente a algumas conclusões da conferência, e muito sumariamente, a grande aposta a nível da qualidade do ar nos próximos anos será no carbono negro, existem alguns estudos que indicam que o nosso organismo absorve nanomateriais e partículas ultrafinas, a modelação em qualidade do ar tendencialmente caminhará para a integração (ar, solo e água) e a monitorização/intervenção na qualidade do ar passará muito pelas cidades, onde se espera que venha a viver cerca de 85% da população mundial em 2050.

Na conferência estavam colegas de Portugal, nomeadamente do Instituto Tecnológico e Nuclear e da Universidade de Aveiro.

A cidade de San Diego é uma cidade no sul da Califórnia, junto ao México (há uma grande influência Mexicana), com a curiosidade de o primeiro Europeu a ter estado em San Diego, ter sido um português ao serviço da coroa espanhola, João Rodrigues Cabrilho. Relativamente à cidade, não estranhamos muito porque tudo aquilo nos é familiar, dos filmes e séries.
Um grande apontamento para as preocupações ambientais (Califórnia é o estado que mais preocupações tem com o Aquecimento Global) e as acessibilidades (às pessoas com mobilidade condicionada e modos de transporte suave). É impressionante a forma como eles tratam as pessoas com mobilidade condicionada. Vale a pena envelhecer na Califórnia.
Pontos fracos, as assimetrias económicas, por um lado um grande parque automóvel e ostentação de bens de luxo, por outro, a quantidade de mendigos na rua.

De uma forma genérica fica a impressão obtida. Faço votos que todos nós nos empenhemos em exteriorizar o que de bom realizamos, aproveitando uma onda de oportunidades nas nossas áreas e sobre as quais devemos assumir um papel de relevo.

Um agradecimento especial ao Departamento de Saúde Ambiental, pela aposta e esforço que está a fazer, não só na emancipação da investigação aplicada, como na qualificação dos seus recursos, na sensibilização e inovação no sentido de dar a conhecer o curso e a profissão, à comunidade.