ICEH 2012 (Proceedings Book)

Quase dois meses após a aventura que foi o International Congress on environmental Health 2012 (ICEH 2012), é chegada a hora de colocar online o Livro de Resumos (Proceedings Book).

Nesta edição digital, com ISBN, disponibilizamos a generalidade dos resumos submetidos e que foram apresentados sob a forma de comunicação oral ou poster.

O documento encontra-se estruturado em função dos temas em discussão no ICEH 2012: (i) Poluição do Ar; (ii) Toxicologia Ambiental; (iii) Segurança Alimentar; (iv) Ar Interior; (v) Saúde Ocupacional; e (vi) Saúde Pública.

A Área Científica de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, não pode deixar de agradecer a todos aqueles que contribuíram para a sua edição, a saber: Ana Monteiro, Andreia Silva, Carla Ramos,  Carla Viegas, Paula Albuquerque, Sandra Cabo Verde, Susana Viegas e Vítor Manteigas.

Esperemos que este seja o mote para novas investigações em Saúde Ambiental.

E o Revelation Student Award do ICEH 2012 vai para…

Foi notícia no sítio do Instituto de Higiene e Medicina Tropical

Aluna de Doutoramento do IHMT vence prémio Revelation Student Award do International Congress on Environmental Health – ICEH 2012

A aluna de doutoramento do Programa GABBA, Teresa Nazareth, que está a desenvolver a sua dissertação sob a orientação da Profa. Rosa Teodósio e co-orientação da Profa. Carla Sousa, no âmbito do Projeto “Dengue no arquipélago da Madeira. Avaliação do risco de emergência de arboviroses transmitidas por Aedes aegypti e ferramentas para o controlo vectorial”, recebeu na sexta-feira passada o prémio Revelation Student Award do International Congress on Environmental Health – ICEH 2012, pela apresentação oral do trabalho: “Community strategies against Aedes aegypti: going backwards in vector’s Europe invasion.”

A comunicação oral que deu origem à atribuição deste prémio teve lugar na primeira sessão paralela do congresso, moderada pela Doutora Sandra Cabo Verde, na manhã do dia 30 de maio e no âmbito do tema “Saúde Pública”.

Parabéns à estudante Teresa Nazareth.

Lista de profissões regulamentadas

Foi publicada na passada sexta-feira, dia 3 de fevereiro, a Portaria n.º 35/2012, que aprova a lista de profissões regulamentadas e de autoridades nacionais que, para cada profissão, são competentes para proceder ao reconhecimento das qualificações profissionais e a lista de profissões regulamentadas com impacto na saúde que não beneficiam do sistema de reconhecimento automático.

Daquela lista faz parte a profissão de técnico(a) de saúde ambiental, cuja autoridade nacional competente a que se refere o n.º 1 do artigo 51.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, é a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.

Esta é uma informação importante para os recém-licenciados, principalmente para aqueles que querem (e podem) desempenhar funções  enquanto técnicos(as) de saúde ambiental no Serviço Nacional de Saúde.

Importância da caracterização da contaminação fúngica em diferentes ambientes

O Ciclo de Conferências – Encontros com a Ciência na ESTeSL, que visa reforçar a promoção da cultura cientifica na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) através da divulgação da investigação levada a cabo pelos seus docentes/investigadores e por docentes/investigadores que desenvolvem a sua atividade em outras instituições, irá contar com a participação da área científica de Saúde Ambiental.

No dia 5 de janeiro de 2012, entre as  12h00m e as 13h00m, no Anfiteatro da ESTeSL, venham perceber a “importância da caracterização da contaminação fúngica em diferentes ambientes“, pela professora Carla Viegas, docente da Área Científica de Saúde Ambiental da ESTeSL.

A Importância dos Técnicos de Saúde Ambiental

Foi no passado dia 10 de novembro, em Coimbra, que falámos sobre a Importância dos Técnicos de Saúde Ambiental. O evento era o Encontro Nacional de Saúde Ambiental e a sessão abordava a evolução e a importância destes profissionais.

Para quem não esteve presente, aqui fica o resumo…

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a saúde ambiental aborda os aspetos da saúde e qualidade de vida humana, determinados por fatores ambientais, quer sejam eles físicos, químicos, biológicos ou sociais. Refere-se também à teoria e prática de avaliação, mitigação, controlo e prevenção dos fatores que presentes no ambiente podem afetar potencialmente, de forma adversa, a saúde humana das gerações atuais e das vindouras.

Nesse sentido, e atendendo aos determinantes da saúde, onde o ambiente tem um peso significativo, contribuindo de forma relevante para o total de doenças e mortes prematuras, os licenciados em saúde ambiental, por conta daquelas que são as suas competências, podem e devem ser protagonistas privilegiados nas atividades de promoção da saúde e prevenção da doença.

Na década de noventa, com a criação do curso de higiene e saúde ambiental, perspetivava-se então o colmatar da necessidade de pessoal mais qualificado para o desempenho em saúde ambiental ao nível dos cuidados de saúde primários, como forma de obviar os problemas de saúde pública. Esta terá sido a razão pela qual se explicitou, inclusive, que a importância das atividades prosseguidas por este setor profissional nos serviços de saúde, atentava a interligação dos técnicos de saúde ambiental com as autoridades de saúde. Nos últimos anos, contudo, tem-se assistido a uma mudança de paradigma e o reconhecimento da sua importância tem-se salientado noutras áreas que não exclusivamente a saúde pública.

Atualmente, áreas como a saúde ocupacional e a gestão ambiental, em detrimento da saúde pública, têm primado por chamar a si os licenciados em saúde ambiental, reconhecendo as suas competências e valorizando os seus desempenhos. Esta é, garantidamente, a razão pela qual a taxa de empregabilidade ainda se vai mantendo acima dos valores médios para a generalidade dos cursos do ensino superior.

Para além de enfatizar esta constatação, importa ainda garantir a área da saúde ambiental nos cuidados de saúde primários, recolocando a saúde pública, e por inerência a saúde ambiental, na agenda política. Este será um processo que urge encetar já!… Porquanto será um processo longo, sem fim garantido e sem a garantia de que virá a ter um desfecho feliz.

Percebemos entretanto que os participantes eram, na sua maioria, profissionais em exercício nos cuidados de saúde primários e acabámos por adequar o discurso àquela realidade que tão bem conhecemos. Em algumas ocasiões admitimos ter sido um pouco duros na análise mas a bem da verdade é que, mesmo assim, muita da dura realidade ainda terá ficado por dizer e, mais importante, por debater.

Grupo técnico para o desenvolvimento dos cuidados de saúde primários

Foi publicado hoje o Despacho n.º 13312/2011, de 4 de Outubro, que apresenta a constituição do grupo técnico para o desenvolvimento dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), respetivas competências e composição.

No seu preâmbulo reza assim:

O desenvolvimento actual dos cuidados de saúde primários (CSP), fruto de um processo de reforma iniciado em 2005, tem sido avaliado e apreciado positivamente, tanto a nível nacional como internacional. A sua continuidade constitui uma das prioridades do XIX Governo Constitucional.
Actualmente, considera -se necessário alargar o âmbito das transformações organizacionais iniciadas e harmonizar os respectivos níveis e ritmos de execução nas várias regiões e locais a fim de reduzir disparidades e desigualdades. Esta redução terá por referência os patamares superiores de qualidade organizacional, de desempenho e de resultados que se sabe poderem ser atingidos.
A amplitude e a complexidade das mudanças e transformações em curso requerem o concurso de saberes técnicos que só a experiência, o estudo e a investigação continuados podem proporcionar. Neste âmbito destacam -se os contributos de profissionais que conheçam o dia -a -dia concreto dos CSP e que tenham estado envolvidos, nas últimas duas décadas, no estudo, nos debates, na conceptualização e nos testes de terreno das principais linhas transformadoras dos CSP em Portugal.

As competências do grupo técnico para o desenvolvimento dos Cuidados de Saúde Primários são: a) propor e manter atualizado um quadro de orientação estratégica geral, publicamente disponível, que constitua um guia de referência para o desenvolvimento dos CSP; b) propor medidas para assegurar a cobertura total do País, de forma a que todos os utentes tenham acesso a CSP; c) apoiar o Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde na concertação e harmonização técnicas dos contributos dos principais atores envolvidos no desenvolvimento dos CSP; d) preparar instrumentos conceptuais e de orientação prática nos domínios e aspetos essenciais para o desenvolvimento dos CSP, tendo sempre por referência a obtenção de resultados e bem-estar; e) estudar, propor e supervisionar a execução de modelos de desenvolvimento contínuo e de avaliação de competências de governação e de gestão dos órgãos e elementos dirigentes; f) elaborar relatos periódicos sucintos e objetivos dos progressos verificados quanto ao desenvolvimento organizacional dos CSP e à evolução dos resultados conseguidos; e g) propor a constituição e funcionamento temporários de grupos técnicos específicos, por tempo delimitado, com objetivos precisos, desde que tal não envolva custos adicionais, salvaguardando-se apenas as despesas de deslocação e ajudas de custo a que haja lugar.

Depois são elencados os elementos que fazem parte deste grupo técnico e nele poderão encontrar quase todos os grupos profissionais relevantes no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários. Repito… quase todos os grupos profissionais!!

Noutras ocasiões nós até poderíamos ficar chateados, mas agora já não… já estamos habituados!