Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Costeiras e Interiores

Estão disponíveis a partir de hoje, no sítio da Direcção-Geral da Saúde, para os Delegados Regionais de Saúde/Departamentos de Saúde (só??), os seguintes documentos, ambos de 4 de Junho de 2009:

Circular Normativa nº 06/DA
Assunto: Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Costeiras e de Transição

Circular Normativa nº 07/DA
Assunto: Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Interiores

Os objectivos destes programas de vigilância são: (i) dotar as autoridades competentes de informação sobre a localização e identificação dos factores de risco existentes ou potenciais, com vista à protecção da saúde das populações; (ii) colaborar com a entidade competente na fixação de normas de qualidade das águas balneares e na classificação das zonas balneares; (iii) e manter a base de dados existente nos nossos serviços com informação actualizada.

Estes são documentos de leitura obrigatória – digo eu! -, porquanto a esta vigilância ainda se irá dar prioridade.

Polícia Marítima proibiu banhos na praia da Lagoa

A Saga Continua na Póvoa….
Póvoa de Varzim Banhistas não estavam informados.
A interdição aos banhos na praia da Lagoa, Póvoa de Varzim, decretada anteontem, apanhou de surpresa muitos banhistas que ontem para lá se deslocaram. A Polícia Marítima marcou presença para, sobretudo, prevenir utentes.
Mesmo após ser noticiado que a água da praia da Lagoa estava interdita a banhos, devido à presença de salmonelas, foram muitos aqueles que afluíram ao areal, empenhados em aproveitar da melhor forma a tarde de sol. Foi com surpresa que a multidão ficou a saber da proibição de se banharem naquela água, factor que incomodou alguns. Foi o caso de Tiago Lima, “poveiro de gema” como gosta de se identificar, que lembra que sempre foi para a água e nunca adoeceu por isso: “Acho que isto está mal, porque faço praia desde que me lembro e é assim: aos poveiros não acontece nada. Temos no sangue algo que não nos deixa acontecer nada de mal. E eu sempre fui à água, mesmo com a bandeira vermelha e nunca fiquei doente”. Para este jovem é ainda incompreensível o facto de só a água da praia da Lagoa estar interdita a banhos, quando a das vizinhas não o estão: “Não entendo também porque aqui não podemos tomar banho e mais para a frente ser possível ir à água. Não entendo”, afirma.
Opinião idêntica tem Júlio Rodrigues, que vai ainda mais longe: “Parece que a interdição está muito restrita. Não sei se, com as correntes marítimas, as águas não estarão também já poluídas para o lado poente da praia”.
Para este banhista, existe também muito pouca informação na praia, devendo as autoridades colocar “editais na praia para avisar, todos, das consequências que poderão advir da entrada na água do mar.”
Dado a evidente falta de informação dos utentes da praia, foi chamada a Polícia Marítima ao local, numa atitude “preventiva”. Quem o diz é Sérgio Ferreira, nadador-salvador, que tem também a função de “consciencializar as pessoas” do perigo resultante da entrada na água: “Foi detectada a bactéria da salmonela nestas águas. Ontem, foi afixada a bandeira vermelha para interdição das águas desta praia e hoje estamos cá para informar os banhistas, para se salvaguardarem desta situação. A Polícia Marítima está cá apenas para o caso de haver alguém que não acate as instruções. Nesses casos, eles têm que intervir, já que têm um tipo de autoridade que não temos”.
Sérgio Ferreira afirmou ainda que “para já, as pessoas têm entendido a situação e cumprem com as indicações que são dadas”.
Em relação à data do levantamento da interdição não existem certezas, adiantando o socorrista que fará este tipo de acção “até novas instruções”.
In JN

As estagiárias vão à praia…

«Eram 8h00 e já se fazia sentir a ansiedade que antecede uma nova experiência… era a nossa primeira colheita de águas balneares!
Aconteceu-nos de tudo um pouco, desde frascos que teimavam em fugir, ondas que nos queriam derrubar, roupas que atrapalham, massagens naturais aos pés proporcionadas por mexilhões e conchas e terapia de algas…
Assim, constatámos que…
… a teoria nem sempre coincide com a prática, sendo fundamental para nós, como futuras Técnicas de Saúde Ambiental, experenciar todas estas actividades.
Desta forma, agradecemos às nossas monitoras, Ana Teresa Oliveira e Helena Patrício, por nos proporcionarem esta actividade durante o nosso Estágio de Aprendizagem.
Um especial agradecimento ao Técnico de Saúde Ambiental Vítor Manteigas, por nos ter acompanhado e por ter paciência para todas as nossas dúvidas, inexperiência e por ser um óptimo fotógrafo e à Técnica de Saúde Ambiental Ana Rita Santos, pertencente ao Centro de Saúde de Mafra, que nos demonstrou e transmitiu detalhadamente como se procede a uma colheita de águas balneares.
Por fim, deixamos aqui o conselho para os futuros técnicos, como nós, a viver experiências como estas…»
Ana Raquel Mendes, Carla Nunes, Cátia Machacaz, Vânia Gregório.
3ºano,
Saúde Ambiental, ESTeSL
Na fotografia, da esquerda para a direita, Cátia Machacaz, Carla Nunes, Rita Santos, Ana Raquel Mendes, Vânia Gregório e Vítor Manteigas

No ano passado foi assim…

A British Environmental Health Technician

A propósito da restauração, a higiene e a emigração, deixo-vos um vídeo do saudoso “Pasquim de Saúde Ambiental”, onde se pode ver “um TSA [Técnico de Saúde Ambiental] em acção num pequeno hotel de campo pertença de Mr. Basil Fawlty. Tudo muito British.”

Restauração, a higiene e a emigração

Na semana passada, ao passar pela sala de espera das consultas para renovação da carta de condução, encontrei alguém que já não via há mais de um ano.
Conheci-o na qualidade de agente económico, proprietário e explorador de um estabelecimento de bebidas, com secção de fabrico.
Ao voltar a dar uma vista de olhos pelo processo do estabelecimento, por mera curiosidade, percebi claramente porque nunca mais me havia esquecido daquela cara. Conheci-o há dez anos, naquela que foi a minha primeira intervenção com uma brigada da Inspecção Geral das Actividades Económicas (IGAE), que entretanto passou a integrar as fileiras da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Não ficámos amigos, mas a forma como nos conhecemos, o susto que teve e os subsequentes contactos que se mantiveram por algum tempo, fizeram-no perceber que o Serviço de Saúde Pública e eu, na qualidade de Técnico de Saúde Ambiental, estávamos ali para o ajudar.
No último mês, ao passar à porta do seu estabelecimento, apercebi-me que estava fechado.

Ao cruzarmos o olhar, sorrimos e dirigimo-nos um ao outro para aquele aperto de mão que repetimos sempre que nos encontramos e perguntei-lhe:
– Então o que é feito de si?
– Haaaaaaaaaa… sabe lá. Emigrei. Fui-me embora. Isto aqui está muito mau.
Respondeu-me ele.

A minha curiosidade começou a aguçar-se e não resisti.
– Pois, mas olhe que é geral. E foi para onde?
– Estou na Inglaterra. Ganha-se muito mais e tem-se menos chatices.

Antes de me adiantar na conversa, acabou por responder às perguntas que já congeminavam na minha cabeça.
– Aquilo lá é mais apertado, mas trabalha-se mais à vontade.

Confesso que não percebi o que me havia dito e a minha expressão facial deve ter-me denunciado. Logo de seguida fez questão de explicar:
– Lá, quase todas as semanas, temos que ir ao médico, mas em relação à higiene ninguém nos chateia. Onde trabalho há fios pendurados por todo o lado, cheios de teias de aranha. Muitas vezes, em algumas zonas de trabalho parece que temos ventosas nos sapatos e nunca apareceu alguém a chatear-nos.
E pronto. Fiquei esclarecido.

Não faço juízo de valores, mas sempre ouvi dizer – à boca cheia – que em termos de higiene na área da restauração éramos “muito melhores” (entenda-se exigentes) que a maioria dos restantes países europeus.

No fim, o aperto de mão repetiu-se e o desejo de “boa sorte” foi recíproco.

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Imagem recolhida em
SCA Tissue.

Águas Balneares

Porque os desempenhos de um Técnico de Saúde Ambiental também passam pela gestão da qualidade das águas balneares…

Este vídeo foi elaborado no âmbito do Estágio de Aprendizagem II, do 3.º ano do Curso Superior de Saúde Ambiental da ESTeSL (2006/2007) com as alunas estagiárias Andreia Jalles e Tânia Silva e “retrata” uma das vertentes da Vigilância Sanitária das Águas Balneares.

Para acederes à Circular Normativa 12/DA da Direcção Geral da Saúde, referente à Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Fluviais e de Albufeiras , clica aqui.

Para acederes à Circular Normativa 13/DA da Direcção Geral da Saúde, referente à Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Marítimas e Estuarinas, clica aqui.

Para saberes mais, faz o download da apresentação “Gestão da Qualidade das Águas Balneares”, elaborada pelo colega Alberto Tavares.

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Agradecimentos aos colegas Eduardo Figueiredo do Centro de Saúde do Cadaval e Rita Santos do Centro de Saúde de Mafra pela participação no filme.