Hoje servimos-lhe uma bactéria mortal

Bactéria mortal nas cantinas” é o título de uma das notícias que aparentemente terá saído do I Congresso Nacional de Saúde Pública.

A bactéria mortal aludida no Correio da Manhã, a listeria monocytogenes, que causa a doença infecciosa listeriose, com elevada taxa de mortalidade, terá sido identificada em mais de cem amostras de géneros alimentícios recolhidas em cantinas públicas de escolas, hospitais e lares da terceira idade.

O anúncio da presença daquela bactéria nos alimentos foi feito ontem, no Congresso Nacional de Saúde Pública, pela investigadora Isabel Santos, do Laboratório de Microbiologia dos Alimentos do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Aparentemente, e segundo a mesma fonte notíciosa, “as 101 amostras contaminadas com a bactéria foram detectadas num universo de dez mil análises efectuadas durante quatro anos”. Mais à frente pode ler-se que “das 101 amostras com a bactéria apenas cinco por cento – que correspondem a cinco amostras – apresentavam um grau de contaminação acima dos valores de referência, o que poderia pôr em risco a saúde das pessoas”.

Outras fontes, a mesma notícia: Destak, Portugal Diário, Diário de Notícias, SOL, TVI24.

Entretanto uma coisa me parece óbvia… apesar de haver contaminação e da bactéria ser mortal, não há doença nem mortes! Se assim não fosse teriamos como notícia “Bactéria mata nas cantinas“. Mas também poderá estar a ocorrer uma outra situação: há doença, mas os casos não são sujeitos a qualquer tipo de investigação epidemiológica. Se for este o caso, porque não se investigará?

100 novos inspectores engrossam as fileiras da Autoridade para as Condições do Trabalho

Será hoje o dia de tomada de posse dos 100 inspectores superiores do trabalho da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

Depois de a 29 de Março ter sido publicado o Despacho n.º 8792-B/2009, onde se evidenciava a nomeação em regime de nomeação definitiva em período experimental pelo período de um ano, para frequência do estágio de ingresso na carreira de inspector superior do Trabalho do mapa de pessoal da ACT, chegou agora o dia da sua tomada de posse. Contudo, segundo Paulo Morgado de Carvalho, presidente da ACT, “o número ainda não é suficiente. Temos tido inspectores que têm ido para a situação da reforma e, portanto, tem diminuí­do o quadro. Mas estes 100 novos inspectores vão contribuir para uma melhor eficácia da nossa acção”  (ver TSF).

A título pessoal posso dizer-vos que conheço alguns dos que agora iniciam um novo percurso profissional. Conheci-os enquanto alunos. A esses, e a todos os outros, boa sorte.

Alguém sabe se nestes novos inspectores superiores do trabalho há algum com formação de base em Saúde Ambiental?

Seminário Ética e Deontologia nas Tecnologias da Saúde

Este é, sem dúvida, um dos eventos mais pertinentes de que tive conhecimento nos últimos tempos. Ética e Deontologia nas Tecnologias da Saúde é algo que, na minha opinião, precisa urgentemente de ser discutido. Peço-vos, por favor, que não me perguntem porquê. Ver-me-ia obrigado a responder e inimizades é coisa que neste momento vou dispensando.

Se tiver oportunidade, tentarei marcar presença neste seminário cuja organização cabe à Sociedade Portuguesa de Tecnologias da Saúde e que se realizará no dia 23 de Maio, no Auditório do Hospital dos Capuchos, em Lisboa.

Deixem-me acrescentar que divulgo aqui este seminário porque a isso quase fui obrigado. A segunda mensagem de correio electrónico mais parecia um ultimato. 😉

Para os potenciais interessados deixo-vos aqui o programa provisório e a proposta para comunicações livres e posters.

Primeiras Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Câmara Municipal do Barreiro

Foi pelas mãos de um ex-aluno da licenciatura em Segurança e Higiene do Trabalho do Instituto Superior de Educação e Ciências, que ficámos a saber que a Câmara Municipal do Barreiro irá promover as suas Primeiras Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Este é um evento que se realizará no próximo dia 5 de Maio, a partir das 9 horas, no Auditório Municipal Augusto Cabrita.

Primeiras Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho na Câmara Municipal do Barreiro

(clicar na imagem para ver o programa)

A Saúde Pública em “revolução”

 Apresento-vos em baixo a transcrição de parte do artigo publicado ontem no PUBLICO.PT e que apresentava como título “Novas Unidades de Saúde Pública arrancam este ano para dar resposta a estilos de vida locais” (ler artigo na íntegra). Há muito que está anunciada a mudança de paradigma da Saúde Pública… vamos ver se é desta! Por agora, Francisco George, Médico de Saúde Pública e Director-Geral da Saúde diz que “estas novas unidades vão revolucionar a saúde pública em Portugal”. Deixem-me aqui recordar-vos que estas novas Unidades de Saúde Pública são feitas pelas pessoas de sempre (eu não disse velhas!).

Vamos ver que revolução nos espera… para já passámos a ser “especialistas em saúde ambiental”.

As Unidades de Saúde Pública arrancam este ano nos recém-criados agrupamentos de centros de saúde e cada uma responderá a 150 mil utentes com acções que pela primeira vez serão adaptadas aos estilos de vida e populações locais, avançou Francisco George.

Estas unidades vão integrar especialistas, como médicos e enfermeiros, mas também especialistas em saúde ambiental, estatística e outras disciplinas.

Caberá a estes profissionais “gerir nesse território os programas de saúde” e tratar de saber como estão a decorrer programas como o de vacinação, combate à obesidade, prevenção da hipertensão ou diabetes, segundo o director-geral de Saúde.

Francisco George, que falava à Agência Lusa a propósito do primeiro Congresso de Saúde Pública, que decorre entre amanhã e quarta-feira em Lisboa, assegura que as reformas em curso irão “marcar para sempre” a saúde pública em Portugal e mudar “o seu paradigma”.

Um dos marcos dessa reforma é a criação das Unidades de Saúde Pública (USP), estruturas que irão funcionar em cada um dos 74 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES).

A grande diferença surge porque “os serviços de saúde pública tinham como base o distrito (18 no Continente) e vão agora ficar coincidentes com os ACES, que podem abranger uma população que varia entre os 100 e os 150 mil habitantes”, explicou.

“De 18 distritos, passamos a ter 74 agrupamentos e, em cada um deles, uma unidade de saúde pública com vocação diferente”, que será coordenada pelo delegado de saúde, adiantou o Director-Geral da Saúde.

É neste “contexto reformista” que Francisco George espera “adaptar o serviço de saúde pública ao estilo de vida dos portugueses, aos seus comportamentos e estrutura etária”.

A recente publicação em Diário da República do Decreto-Lei que criou as USP não encerrou o processo de criação destas estruturas. O Director-Geral da Saúde não pretende que estas entrem em funcionamento ao mesmo tempo e espera contributos de especialistas para a sua organização.

Este debate integra, aliás, o primeiro Congresso Nacional de Saúde Público. Organizado pela DGS, Escola Nacional de Saúde Pública e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), este é o primeiro congresso do género e o pioneirismo está a gerar “fortes expectativas” no plano da saúde pública, segundo Francisco George.

“Vamos analisar uma reforma que se iniciou há três anos e que agora termina, em termos legislativos”, disse.

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II Encontro de Profissionais de Gestão de Risco e Saúde Ocupacional em Estabelecimentos de Saúde

II Encontro de Profissionais de Gestão de Risco e Saúde Ocupacional em Estabelecimentos de SaúdeÀ semelhança do que já aconteceu em várias ocasiões, a colega Sílvia Silva, Técnica de Saúde Ambiental, fez-nos chegar informação alusiva a mais um evento.

Este evento, o II Encontro de Profissionais de Gestão de Risco e Saúde Ocupacional em Estabelecimentos de Saúde – Metodologias para Avaliação de Riscos é organizado pela APGRES (Associação Portuguesa de Gestão de Risco em estabelecimentos de Saúde) e que se realizará nos dias 28 e 29 de Maio de 2009, no Auditório do IPOPorto (sede da APGRES).

A APGRES (Associação Portuguesa de Gestão de Risco em estabelecimentos de Saúde) encontra-se a organizar o II Encontro de Profissionais de Gestão de Risco e Saúde Ocupacional em Estabelecimentos de Saúde que se realizará nos dias 28 e 29 de Maio de 2009, no Auditório do IPOPorto (sede da APGRES).

Trabalhámos de modo a disponibilizar a todos os interessados um Encontro de elevado nível de qualidade que corresponda aos objectivos e expectativas que definimos para este ano. Mas a chave do sucesso vai depender dos participantes e das suas experiências e contributos no Encontro.

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O Encontro tem participação gratuita no entanto necessita de inscrição (limite de inscrições: 200).

Para a participação nos cursos além da inscrição é necessário efectuar o pagamento no valor de 50€.

 Este encontro terá quatro sessões plenárias, a saber:

  • Riscos Emergentes – Metodologias de Avaliação;
  • A Gestão de Riscos em Estabelecimentos de Saúde;
  • Casos Práticos e Discussão; e
  • Gestão de Risco e Saúde Ocupacional.

A tarde do primeiro dia será preenchida com cinco Workshops paralelos (acima designados por cursos) sobre Metodologias de Avaliação de Riscos em Estabelecimentos de Saúde:

  • Avaliação Geral de Riscos – Estratégia SOBANE – Diagnóstico participativo e prevenção de riscos em estabelecimentos de saúde;
  • Avaliação Ergonómica de Riscos Movimentação Manual de Cargas;
  • Avaliação de Risco de Incêndio;
  • Avaliação de Riscos Psicossociais – Método WONT (Work & Organization Network); e
  • Avaliação de Riscos Clínicos.