Gripe(net) volta a atacar

O projecto Gripenet voltou a atacar a estatística da gripe para 2007/2008.

Enquanto “Sistema Participativo de Vigilância Epidemiológica”, o projecto Gripenet, que é uma replicação de um projecto análogo desenvolvido na Holanda, criou e testou, na minha opinião, um sistema de vigilância epidemiológica claramente inovador que acabou por envolver a sociedade portuguesa de forma activa. O primeiro estudo apostou na monitorização da epidemia de gripe (causada por influenza) em 2005-2006, mas perspectiva-se-lhe, num futuro próximo, uma abrangência que futuramente será alargada a outros problemas de saúde pública.
Com o sítio Gripenet pretende-se:
  • Informar e difundir conhecimentos sobre a gripe;
  • Recolher informação relativa ao estado de saúde da população através de inquéritos online.

À semelhança de anos anteriores, também neste, qualquer cidadão pode – e deve – contribuir com informação relevante para que se desenvolvam modelos epidemiológicos sobre o fenómeno da gripe em Portugal. A informação recolhida é encarada como um eventual complemento àquela que é obtida pelos métodos de vigilância convencionais actualmente a cargo do Centro Nacional da Gripe e do Observatório Nacional de Saúde. Desta forma possibilita-se uma detecção mais precoce de eventuais anomalias, e uma captação de pessoas que recuperam sem recorrer aos serviços de saúde.

Saúde Ambiental Google Groups

A partir de hoje está disponível no Google Groups o grupo de “Saúde Ambiental“, com a mensagem de apresentação que a seguir se transcreve. Sugerimos que sigam a hiperligação que aqui deixamos e que o subscrevam clicando em Apply for group membership.

«Bem vindos ao grupo “Saúde Ambiental” do Google Groups.

Pretende-se com a criação deste grupo, a partilha de informações relevantes com toda a comunidade lusófona com interesses comuns nesta matéria.

Depois da sua aceitação por parte do gestor do grupo, poderá partilhar conteúdos relacionados com esta temática, com toda a comunidade aqui inscrita, enviando mensagens de correio electrónico para o endereço SaudeAmbiental@googlegroups.com, que numa fase inicial será sujeita a moderação.

Tenha em atenção que o uso para fins alheios aos propósitos do grupo, da mailing list associada, implica a sua exclusão deste grupo.»

Os países mais verdes

Foi aqui que fiz referência ao “estranho” facto de Portugal ter ocupado a 18.ª posição no ranking mundial dos melhores países em termos ambientais.
No que diz respeito à Qualidade do Ar (concentração de determinados poluentes em zonas urbanas), Portugal ocupa a 45.ª posição, à frente, por exemplo dos Estados Unidos da América. Em relação à Qualidade da Água (classifica níveis de poluentes, bem como outros factores que afectam a pureza), estamos na 26.ª posição e, na 73.ª no que concerne aos Gases com Efeitos de Estufa (classifica os níveis de emissões de carbono per capita e por PIB), pasmem-se, à frente da Finlândia, que ocupa a 75.ª posição. Para a Eficiência Energética (classifica os esforços conservacionistas e a utilização de energias renováveis), ocupamos a 63.º posição, sendo a primeira posição, para esta categoria, ocupada pelo Congo (os Estados Unidos da América ocupam o 106º lugar). Por último, para a categoria Saúde Ambiental (classifica doenças e mortalidade infantil; mortalidade por infecções intestinais) estamos na 33.ª posição.

Como nota final, refira-se que apesar da Etiópia se apresentar na última posição global, como poderão constatar na lista que a seguir vos apresento, é o Turquemenistão que ocupa aquele lugar em dois dos critérios referidos (Gases com Efeito de Estufa e Saúde Ambiental)

Classificação dos países:

1.Finland 2.Iceland 3.Norway 4.Sweden 5.Austria 6.Switzerland 7.Ireland 8.Australia 9.Uruguay 10.Denmark 11.Canada 12.Japan 13.Israel 14.Italy 15.Slovenia 16.France 17.Netherlands 18.Portugal 19.New Zealand 20.Greece 21.Germany 22.Latvia 23.United States 24.Lithuania 25.United Kingdom 26.Belgium 27.Argentina 28.Croatia 29.Spain 30.Hungary 31.Albania 32.Estonia 33.Slovakia 34.Costa Rica 35.South Korea 36.Cuba 37.Belarus 38.Czech Republic 39.Bosnia and Herzegovina 40.Brazil 41.Panama 42.Armenia 43.Chile 44.Paraguay 45.United Arab Emirates 46.Macedonia 47.Bulgaria 48.Poland 49.Kuwait 50.Oman 51.Russia 52.Peru 53.Colombia 54.Malaysia 55.Guyana 56.Romania 57.Trinidad & Tobago 58.Georgia 59.Kazakhstan 60.Moldova 61.Thailand 62.Tunisia 63.Mexico 64.Libya 65.Ukraine 66.Sri Lanka 67.Lebanon 68.Venezuela 69.Ecuador 70.Turkey 71.Jordan 72.Algeria 73.Kyrgyzstan 74.Azerbaijan 75.Bolivia 76.Gabon 77.Dominican Republic 78.Syria 79.El Salvador 80.Saudi Arabia 81.Jamaica 82.Indonesia 83.Iran 84.China 85.Nicaragua 86.Namibia 87.Philippines 88.Egypt 89.Mongolia 90.Viet Nam 91.Myanmar 92.Honduras 93.Botswana 94.Turkmenistan 95.Tajikistan 96.South Africa 97.Guatemala 98.Cambodia 99.Uzbekistan 100.Bhutan 101.Laos 102.Morocco 103.Ghana 104.India 105.Congo 106.Cameroon 107.Uganda 108.Nepal 109.Papua New Guinea 110.Gambia 111.Bangladesh 112.Madagascar 113.Senegal 114.Togo 115.Pakistan 116.Kenya 117.Rwanda 118.Guinea 119.Zimbabwe 120.Zambia 121.Nigeria 122.Sudan 123.Tanzania 124.Benin 125.Central African Republic 126.Malawi 127.Mauritania 128.Yemen 129.Angola 130.Côte d’Ivoire 131.Democratic Republic of the Congo 132.Haiti 133.Mali 134.Guinea-Bissau 135.Mozambique 136.Burundi 137.Chad 138.Burkina Faso 139.Sierra Leone 140.Niger 141.Ethiopia

Hiperligações em actualização.

——————————
Fonte: Reader’s Digest. Para aceder a mais informações relacionadas com este tema clique aqui.

Ainda a propósito dos municípios e da saúde

Aquando do XVII Congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, que decorreu no passado mês de Junho, em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel nos Açores, foi aprovado um documento referente à transferência de competências da área da saúde.
No seu ponto três faz alusão à Saúde Pública, contemplando aí, a educação e promoção da saúde e a transferência de competências dos delegados de saúde, que julgo ser merecedor da vossa atenção, se é que ainda não foi, sem deixarem, no entanto, de ler todo o documento, que chegou a circular – num circuito restrito – ainda antes do congresso.
Naquele documento, a dada altura, pode ler-se:

«Preconiza-se (…) a cessação das competências actualmente exercidas pelos Delegados de Saúde nos processos de viabilidade/instalação, construção e licenciamento municipal, (restauração e estabelecimentos de bebidas, hotéis e outros estabelecimentos de hospedagem, piscinas colectivas e recintos de diversão aquática, parques de campismo e acampamentos ocasionais, estabelecimentos de comercialização de produtos alimentares, aviários, explorações suinícolas e outros estabelecimentos pecuários, fabrico e armazenamento de produtos explosivos, cemitérios e inumações e exumações). Com efeito, defende-se um novo paradigma de licenciamento municipal, com a responsabilização dos técnicos e dos responsáveis construtivos, não fazendo sentido, assim, a manutenção de tais competências por parte dos Delegados de Saúde.
Manter-se-iam somente as suas competências em matéria de fiscalização e a sua intervenção sancionatória.»
Sendo assim, os municípios propõem que os Delegados de Saúde se mantenham, em relação a esta matéria, a fiscalizar e a sancionar??!!!… Alguém tem algo a dizer-me sobre isto?

EcoHelper: Environmental Health Advice and Help

É no EcoHelper: Environmental Health Advice and Help que uma professora universitária de saúde ambiental que pretende tornar facilmente acessível a informação referente à saúde ambiental de forma a ajudar as pessoas a tomar decisões conscientes e informadas (será isto empoderamento, do inglês empowerment?) coloca questões que lhe têm sido feitas e dá as suas respostas.

Helen Suh de seu nome e que se apresenta assim:

«I am a professor of environmental health at Harvard University. I am a great believer in making information about environmental problems easily accessible, so that anyone can make informed decisions about their environment. To make it easier to get this information, I am posting questions that I receive in my work and my responses. My responses are simply my interpretation of available information.»

Sugiro-vos uma visita a este blogue e, porque não, colocar-se uma questão para ver o que dali virá??

Prémio Nobel da Paz: a justificação

A propósito da atribuição do Prémio Nobel da Paz, que já aqui foi objecto de um post, encontrei uma justificação no A PARTIR PEDRA – Blogue escrito por maçons da Loja Mestre Affonso Domingues – e da qual vos transcrevo parte, podendo ser lida na integra aqui.

«O anúncio da entrega do Prémio Nobel da Paz a um americano só se explica pelas razões que acompanham essa decisão.
De facto a grande maioria das expectativas estiveram bem longe deste premiado, mas é preciso reparar atentamente no americano que foi premiado e as razões aduzidas.
Não se trata de um americano qualquer, mas de um homem que tem feito da defesa do ambiente uma cruzada (bem paga, mas cruzada !) de esclarecimento pela necessidade de protecção do ambiente, percorrendo o mundo (esteve em Portugal há poucos meses) ensinando, divulgando o que está mal e e apontando a maneira de fazer bem.
É claro que todas as questões relacionadas com o ambiente têm a ver com todos nós, com a manutenção da vida terrestre (pelo menos no formato que conhecemos e em que existimos) e com o futuro dessa mesma vida, qualquer que seja o modelo que se considere.
Também é claro que esta decisão não é completamente inocente, sabemos que os Estados Unidos estão em plena corrida eleitoral, que a administração americana actual se está nas tintas para a saúde ambiental do planeta e que a arma do ambiente, quando usada a preceito, rende votos.

Bom, mas mesmo depois de tudo isto espremido, continuo a pensar que toda a visibilidade que seja dada a esta questão é ponto a favor da humanidade.
(…)

No estado actual da humanidade todos somos chamados à protecção da vida e nesse aspecto esta designação para o Nobel da Paz tem um efeito de marketing que é bem vindo.
Não será o mais desinteressado, mas desta vez o fim é capaz de justificar este meio.»