A ASAE, a Saúde Pública e nós.

Desde cedo que se questinou aquele que seria o papel da Saúde Pública (entenda-se Serviços de Saúde Pública – SSP) e das Autoridades de Saúde, depois da criação da “super potência” Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), e no que à segurança alimentar diz respeito.
É certo e sabido que em relação à fiscalização/inspecção, e de acordo com todos os diplomas legais entretanto publicados, ela está, neste momento, sob a alçada daquela entidade, que tão bem tem propagandeado as suas actividades. Situação inversa àquela que se verificou durante anos com a Inspecção Geral das Actividades Económicas (IGAE) e que ainda se verifica com os SSP – salvo honrosas excepções que serão alvo, em tempo oportuno, de um post – deste país.
Agora que a fiscalização/inspecção tenderá, como desde sempre, a não ser nossa competência, e depois da recusa por parte da figura Autoridade de Saúde (não confundir com Médico de Saúde Pública!!) em assumi-la como sua, caberá aos Técnicos de Saúde Ambiental, porque para isso não precisam de se fazer passar por representantes do Estado, apostar naquilo para que foram talhados – a vigilância sanitária.

Estávamos no início de 2006, tinha a ASAE acabado de ser criada, e já ela se fazia notar, a reboque do desempenho daqueles que laboriosamente promoviam a vigilância em função de projectos específicos desenvolvidos no seu (nosso) “burgo”.

No âmbito de uma actividade conjunta (evidenciada pela notícia da SIC) e muito em função do trabalho desenvolvido pelos estagiários de Saúde Ambiental da ESTeSL que cá estavam na altura (Sandra Peixoto e Bruno Barroca), que não se esgotou com o simlpes acompanhar dos profissionais do SSP e da brigada da ASAE, também nós fomos notícia.

No dia seguinte, um deles exultava:

“- Viste, viste!!???… Aquele era o meu sapato.”

Passados alguns dias o telefone tocou e o inspector disse:
“- Parabéns! Sem vocês não teria sido a mesma coisa. Obrigado.”

Precisa-se Técnico Superior de Higiene e Segurança

Empresa de Construção Civil e Obras Públicas, que julgamos ser Ramalho Rosa Cobetar, S.A., com Sede em Lisboa e Delegação no Porto e com obras públicas e edificações por todo o país, está a iniciar um processo de recrutamento para uma obra de edificação em Portimão, em que necessita de um Técnico Superior de Higiene e Segurança.
Enviar Curriculum Vitae. Sendo este recrutamento uma matéria muito urgente, solicita-se que o enviem com a brevidade possível, podendo utilizar para o efeito os seguintes contactos: paula.matos@rrc.pt ou o fax 21 4147530.
Cortesia do colega Hélder Simões

The Pump Handle

The Pump Handle: A water cooler for the public health crowd” é um blogue cuja visita frequente aconselho a todos os Técnicos de Saúde Ambiental e Médicos de Saúde Pública.

“The Pump Handle is a place for people interested in public health and the environment to discuss the issues that interest us, particularly when they’re not getting the treatment we think they deserve in the mainstream media.”

If you think education is expensive, try ignorance

Foi na semana passada que numa viagem de metropolitano, na cidade de Lisboa, a propósito das actividades de âmbito regional relacionadas com a Legionella e a Doença dos Legionários, que ao olhar para alguém que havia acabado de entrar na carruagem, com uma mochila às costas toda rabiscada, li “If you think education is expensive, try ignorance“.

Pareceu-me uma citação, mais do que um pensamento de uma adolescente, cujas preocupações não chegariam a tanto e, por isso, fui procurar.

“If you think education is expensive, try ignorance” deve-se a Derek Bok.

É um facto que a ignorância é mais dispendiosa que a educação, mas pensaremos nós nisso?

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Ilustração: Rosso et Primatice, L’ignorance chassée, de Rosso Fiorentino (dit), Rossi Giambattista di Jacopo (dit), exposto no Museu do Castelo de Fontainebleau, recolhida no sítio da Universidade de Paris, aqui.

iPhone: toxicidade tecnológica?

Um estudo revelado no início desta semana pelo grupo ambientalista Greenpeace concluiu que a Apple utiliza materiais potencialmente tóxicos no iPhone, com destaque para o bromo.

A Greenpeace afiança ainda o revestimento do cabo dos auscultadores contém 1,5% de um composto químico usado para aumentar a flexibilidade dos plásticos e cuja utilização está proibida, por exemplo, nos brinquedos comercializados na União Europeia.
Também a bateria do iPhone está soldada ao chassis o que, segundo a organização ambiental, impede a sua substituição e dificulta a sua reciclagem.

De acordo com a organização ecologista, “a empresa de Steve Jobs perdeu a oportunidade de demonstrar que é um verdadeiro líder industrial com um iPhone ecológico. Em vez disso, o público recebeu um aparelho que não respeita o meio ambiente”.

Entretanto, ontem, dia 16, a Apple ripostou afirmando que iPhone cumpre restrições ecológicas.

Segundo um porta-voz da companhia, “como todos os produtos da Apple, o iPhone cumpre o padrão às restrições a substâncias tóxicas (da sigla em inglês, RoHS)”, adiantando ainda que “a Apple eliminará o uso de PVC e outras substâncias até o final de 2008″.
O fundador e chief executive officer da companhia explicou a posição da companhia quanto ao meio ambiente em carta aberta publicada em Maio.

No documento, Steve Jobs afirmou que a Apple pretende eliminar completamente o uso de componentes, como o PVC e retardantes de chamas na sua linha de produtos até o final de 2008. A companhia também planeia eliminar ou reduzir o uso de outros químicos como o mercúrio e o arsénico.

Blog Action Day

Com um dia de “atraso”, aderimos ao Blog Action Day (Dia de Acção dos Blogues).

A ideia é unir a blogosfera em torno dum tema importante e em 2007 o assunto escolhido foi o “meio ambiente”. Como se pretende que todos os bloggers coloquem mensagens sobre o assunto em questão, em função dos conteúdos próprios de cada blogue, em prol de um futuro bem melhor, nós por cá, continuaremos a falar do mesmo.

Como para nós um futuro bem melhor passa pela partilha de informação e saberes, e aquisição de competências que catalizem um desempenho de excelência dos Técnicos de Saúde Ambiental, propiciando um “meio ambiente” profissional que dignifique aquilo que somos e o que representamos, continuaremos no trilho daquilo que nos tem caracterizado.