Cursos da área das Tecnologias da Saúde mantêm-se com quatro anos. Será?

A Comissão de Acompanhamento do Processo de Bolonha (CAPB), após reunião extraordinária, e a pedido do Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, emitiu um parecer sobre o processo de adequação dos cursos da área das Tecnologias da Saúde, onde se inclui o curso de Saúde Ambiental, que evidencia que “a formação nesses cursos deverá ser fixada entre 180 e 240 créditos ECTS, sendo que os créditos acima de 180 terão necessariamente que corresponder a estágio profissional, que poderá ser realizado faseadamente ao longo do plano curricular, conforme o entendimento e interesse das instituições.”

Podemos então depreender que teremos cursos de quatro anos adaptados ao processo de Bolonha.

Esta é uma informação relevante mas que deverá ser acompanhada pela leitura, na integra, do parecer da CAPB.

Sugiro ainda a leitura do Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho, que altera os Decretos-Leis n.os 74/2006, de 24 de Março, 316/76, de 29 de Abril, 42/2005, de 22 de Fevereiro, e 67/2005, de 15 de Março, promovendo o aprofundamento do Processo de Bolonha no ensino superior, assim como uma maior simplificação e desburocratização de procedimentos no âmbito da autorização de funcionamento de cursos, introduzindo medidas que garantem maior flexibilidade no acesso à formação superior, criando o regime legal de estudante a tempo parcial, permitindo a frequência de disciplinas avulsas por estudantes e não estudantes, apoiando os diplomados estagiários e simplificando o processo de comprovação da titularidade dos graus e diplomas.

Atenção!… Aquilo que por vezes nos pode parecer altamente benéfico, pode, na verdade, ser profundamente prejudicial.

A Saúde Ambiental esteve a um passo dos Jogos Olímpicos de Pequim

A Saúde Ambiental esteve a um passo dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 (Beijing) pelas mãos de Telma Santos, estudante de Saúde Ambiental na Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa.
Telma Santos, já por sete vezes campeã nacional de singulares senhoras em badminton, tem representado Portugal em diversos Campeonatos da Europa e do Mundo, mas falhou o apuramento para Pequim.
Ficará para a próxima.

Em entrevista publicada por Fernando Gouveia n’O BADMINTONISTA – Boletim Informativo, à pergunta: – A caminho de uma licenciatura em Saúde Ambiental como é a conciliação estudo/badminton?, Telma responde…

«É muito complicado quando se é atleta de alta competição e se está a lutar por algo muito importante. Pelo menos no meu caso que tive de empenhar por uma qualificação Olímpica foi impossível conciliar as duas coisas e tive mesmo de parar de estudar dois anos. Mas também depende das pessoas, umas conseguem e outras não. E depende também das condições que dão aos atletas, em muitos países são arranjadas soluções para que possam estudar e jogar. Alguns jogadores Top na Dinamarca são médicos, fisioterapeutas e nunca pararam de estudar mesmo viajando, pelo mundo fora.»

À futura colega, os parabéns e o desejo de muito sucesso desportivo e profissional.

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Nota: imagem recolhida no blogue MasterBad – Le BADMINTON en Belgique.