Técnicos de Saúde Ambiental: para que se saiba o que fazemos

Se é verdade que alguns dos nossos visitantes, que não Técnicos de Saúde Ambiental, sabem que existimos, muito poucos serão aqueles que sabem o que fazemos.

Foi com o propósito de evidênciar algumas das actividades desenvolvidas – ou potencialmente desenvolvidas – por este grupo profissional, que o cabeçalho do blogue sofreu a alteração entretanto verificada.

Assim se ilustram algumas actividades no âmbito de: Vigilância Sanitária de Água de Utilização Recreativa, Vigilância Sanitária de Água de Consumo Humano, Vigilância Sanitária de Géneros Alimentícios, Vigilância Sanitária da Qualidade do Ar, Saúde Ocupacional, Educação para a Saúde/Promoção da Saúde, Educação Ambiental, Licenciamento Industrial, Higiene e Segurança Alimentar, etc…

aqui tinha lançado o repto e reitero-o: “mandem as vossas fotografias para o Saúde Ambiental…, com o nome do fotógrafo e o título da fotografia. Evidenciem aquilo que se faz em Saúde Ambiental (…).”

Legislação relevante na DataLegis

Quantas vezes é que já nos terá acontecido sabermos que existe um qualquer diploma legal que precisávamos urgentemente de consultar, sem que no entanto nos consigamos lembrar de que tipo de diploma se trata, do seu número e da data de publicação??
Foi por esse motivo que há alguns anos criei uma base de dados, muito simples, que nos permite fazer “maravilhas” no que diz respeito à pesquisa de legislação relevante para o desempenho em Saúde Ambiental nos serviços de Saúde Pública.

A DataLegis, como lhe chamei, dispõe de um campo onde se introduz o tipo de diploma – ou documento – e cuja designação a introduzir já está pré-definida, mas que poderá ser alterada em “Configurar DIPLOMAS”. Têm ainda um campo onde é feita referência à “vigência” do diploma e que contém as hipóteses contempladas em direito interno (alterado, caducado, em vigor, repristinado e revogado). De seguida criou-se um campo onde é introduzido o número do diploma e no qual poderão definir uma hiperligação para o respetivo diploma em ficheiro do tipo pdf, doc ou qualquer outro que utilizem. Atenção, as hiperligações existentes na base de dados disponível para download são as que utilizo (o caminho definido é o do meu computador), pelo que não estarão operacionais. Sugiro-vos que as redefinam para o respetivo documento no Diário da República Eletrónico ou para o vosso disco rígido, conforme o caso.
No campo “Aplicação” normalmente coloco o âmbito do diploma, o que possibilita, numa breve pesquisa, localizar todos os documentos relevantes para um determinado tema específico. Em relação ao “Tema”, à semelhança do que já referi para os diplomas, eles estão pré-definidos, mas podem ser alterados em “Configurar TEMAS”. No fim, criei duas caixas de verificação, onde coloco a informação alusiva ao local de arquivo. Se a opção “D”, de dossier, estiver ativa, basta ir ao local específico onde tenho a “pilha” de documentos em formato papel e a sua consulta é fácil na medida em que o arquivo está por ordem de publicação. Se a opção “C”, de computador, estiver ativa, então basta seguir a hiperligação previamente definida, para que o documento abra instantaneamente.
Para fazerem o download deste utilitário, basta clicarem na imagem ou na hiperligação definida acima, ou diretamente aqui.
O documento que vos deixo para download foi desenvolvido em Access 2002 e encontra-se compactado com o Winrar) e sem qualquer tipo de proteção para que dessa forma o possam alterar a vosso belo prazer. Agradeço, no entanto, que refiram aqui, em formato de comentário, as vossas dúvidas, as melhorias que acham que devem ser feitas à base da dados e/ou que partilhem aquelas que vierem eventualmente a fazer.
Continuação de bom trabalho.

Gripe(net) volta a atacar

O projecto Gripenet voltou a atacar a estatística da gripe para 2007/2008.

Enquanto “Sistema Participativo de Vigilância Epidemiológica”, o projecto Gripenet, que é uma replicação de um projecto análogo desenvolvido na Holanda, criou e testou, na minha opinião, um sistema de vigilância epidemiológica claramente inovador que acabou por envolver a sociedade portuguesa de forma activa. O primeiro estudo apostou na monitorização da epidemia de gripe (causada por influenza) em 2005-2006, mas perspectiva-se-lhe, num futuro próximo, uma abrangência que futuramente será alargada a outros problemas de saúde pública.
Com o sítio Gripenet pretende-se:
  • Informar e difundir conhecimentos sobre a gripe;
  • Recolher informação relativa ao estado de saúde da população através de inquéritos online.

À semelhança de anos anteriores, também neste, qualquer cidadão pode – e deve – contribuir com informação relevante para que se desenvolvam modelos epidemiológicos sobre o fenómeno da gripe em Portugal. A informação recolhida é encarada como um eventual complemento àquela que é obtida pelos métodos de vigilância convencionais actualmente a cargo do Centro Nacional da Gripe e do Observatório Nacional de Saúde. Desta forma possibilita-se uma detecção mais precoce de eventuais anomalias, e uma captação de pessoas que recuperam sem recorrer aos serviços de saúde.

Saúde Ambiental Google Groups

A partir de hoje está disponível no Google Groups o grupo de “Saúde Ambiental“, com a mensagem de apresentação que a seguir se transcreve. Sugerimos que sigam a hiperligação que aqui deixamos e que o subscrevam clicando em Apply for group membership.

«Bem vindos ao grupo “Saúde Ambiental” do Google Groups.

Pretende-se com a criação deste grupo, a partilha de informações relevantes com toda a comunidade lusófona com interesses comuns nesta matéria.

Depois da sua aceitação por parte do gestor do grupo, poderá partilhar conteúdos relacionados com esta temática, com toda a comunidade aqui inscrita, enviando mensagens de correio electrónico para o endereço SaudeAmbiental@googlegroups.com, que numa fase inicial será sujeita a moderação.

Tenha em atenção que o uso para fins alheios aos propósitos do grupo, da mailing list associada, implica a sua exclusão deste grupo.»

Os países mais verdes

Foi aqui que fiz referência ao “estranho” facto de Portugal ter ocupado a 18.ª posição no ranking mundial dos melhores países em termos ambientais.
No que diz respeito à Qualidade do Ar (concentração de determinados poluentes em zonas urbanas), Portugal ocupa a 45.ª posição, à frente, por exemplo dos Estados Unidos da América. Em relação à Qualidade da Água (classifica níveis de poluentes, bem como outros factores que afectam a pureza), estamos na 26.ª posição e, na 73.ª no que concerne aos Gases com Efeitos de Estufa (classifica os níveis de emissões de carbono per capita e por PIB), pasmem-se, à frente da Finlândia, que ocupa a 75.ª posição. Para a Eficiência Energética (classifica os esforços conservacionistas e a utilização de energias renováveis), ocupamos a 63.º posição, sendo a primeira posição, para esta categoria, ocupada pelo Congo (os Estados Unidos da América ocupam o 106º lugar). Por último, para a categoria Saúde Ambiental (classifica doenças e mortalidade infantil; mortalidade por infecções intestinais) estamos na 33.ª posição.

Como nota final, refira-se que apesar da Etiópia se apresentar na última posição global, como poderão constatar na lista que a seguir vos apresento, é o Turquemenistão que ocupa aquele lugar em dois dos critérios referidos (Gases com Efeito de Estufa e Saúde Ambiental)

Classificação dos países:

1.Finland 2.Iceland 3.Norway 4.Sweden 5.Austria 6.Switzerland 7.Ireland 8.Australia 9.Uruguay 10.Denmark 11.Canada 12.Japan 13.Israel 14.Italy 15.Slovenia 16.France 17.Netherlands 18.Portugal 19.New Zealand 20.Greece 21.Germany 22.Latvia 23.United States 24.Lithuania 25.United Kingdom 26.Belgium 27.Argentina 28.Croatia 29.Spain 30.Hungary 31.Albania 32.Estonia 33.Slovakia 34.Costa Rica 35.South Korea 36.Cuba 37.Belarus 38.Czech Republic 39.Bosnia and Herzegovina 40.Brazil 41.Panama 42.Armenia 43.Chile 44.Paraguay 45.United Arab Emirates 46.Macedonia 47.Bulgaria 48.Poland 49.Kuwait 50.Oman 51.Russia 52.Peru 53.Colombia 54.Malaysia 55.Guyana 56.Romania 57.Trinidad & Tobago 58.Georgia 59.Kazakhstan 60.Moldova 61.Thailand 62.Tunisia 63.Mexico 64.Libya 65.Ukraine 66.Sri Lanka 67.Lebanon 68.Venezuela 69.Ecuador 70.Turkey 71.Jordan 72.Algeria 73.Kyrgyzstan 74.Azerbaijan 75.Bolivia 76.Gabon 77.Dominican Republic 78.Syria 79.El Salvador 80.Saudi Arabia 81.Jamaica 82.Indonesia 83.Iran 84.China 85.Nicaragua 86.Namibia 87.Philippines 88.Egypt 89.Mongolia 90.Viet Nam 91.Myanmar 92.Honduras 93.Botswana 94.Turkmenistan 95.Tajikistan 96.South Africa 97.Guatemala 98.Cambodia 99.Uzbekistan 100.Bhutan 101.Laos 102.Morocco 103.Ghana 104.India 105.Congo 106.Cameroon 107.Uganda 108.Nepal 109.Papua New Guinea 110.Gambia 111.Bangladesh 112.Madagascar 113.Senegal 114.Togo 115.Pakistan 116.Kenya 117.Rwanda 118.Guinea 119.Zimbabwe 120.Zambia 121.Nigeria 122.Sudan 123.Tanzania 124.Benin 125.Central African Republic 126.Malawi 127.Mauritania 128.Yemen 129.Angola 130.Côte d’Ivoire 131.Democratic Republic of the Congo 132.Haiti 133.Mali 134.Guinea-Bissau 135.Mozambique 136.Burundi 137.Chad 138.Burkina Faso 139.Sierra Leone 140.Niger 141.Ethiopia

Hiperligações em actualização.

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Fonte: Reader’s Digest. Para aceder a mais informações relacionadas com este tema clique aqui.

Ainda a propósito dos municípios e da saúde

Aquando do XVII Congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, que decorreu no passado mês de Junho, em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel nos Açores, foi aprovado um documento referente à transferência de competências da área da saúde.
No seu ponto três faz alusão à Saúde Pública, contemplando aí, a educação e promoção da saúde e a transferência de competências dos delegados de saúde, que julgo ser merecedor da vossa atenção, se é que ainda não foi, sem deixarem, no entanto, de ler todo o documento, que chegou a circular – num circuito restrito – ainda antes do congresso.
Naquele documento, a dada altura, pode ler-se:

«Preconiza-se (…) a cessação das competências actualmente exercidas pelos Delegados de Saúde nos processos de viabilidade/instalação, construção e licenciamento municipal, (restauração e estabelecimentos de bebidas, hotéis e outros estabelecimentos de hospedagem, piscinas colectivas e recintos de diversão aquática, parques de campismo e acampamentos ocasionais, estabelecimentos de comercialização de produtos alimentares, aviários, explorações suinícolas e outros estabelecimentos pecuários, fabrico e armazenamento de produtos explosivos, cemitérios e inumações e exumações). Com efeito, defende-se um novo paradigma de licenciamento municipal, com a responsabilização dos técnicos e dos responsáveis construtivos, não fazendo sentido, assim, a manutenção de tais competências por parte dos Delegados de Saúde.
Manter-se-iam somente as suas competências em matéria de fiscalização e a sua intervenção sancionatória.»
Sendo assim, os municípios propõem que os Delegados de Saúde se mantenham, em relação a esta matéria, a fiscalizar e a sancionar??!!!… Alguém tem algo a dizer-me sobre isto?