Admitidos ao concurso de ingresso para Técnico de Saúde Ambiental (Serra d’Aire)

Foi publicada hoje a lista de Candidatos Admitidos e Excluídos, para o Concurso de ingresso para Técnico de Saúde Ambiental (Serra d’Aire).

Deixamos aqui a lista (por ordem alfabética) dos Candidatos Admitidos:

  • Ana Cristina Penada da Fonte
  • Ana Rita Figueiredo dos Santos
  • Cláudia Rita Moreira Fernandes
  • Leonel José Monteiro Buço
  • Lígia Rodrigues Alves
  • Márcia de Sousa Monteiro
  • Susana Isabel Coelho Vieira da Silva

Para acederem a toda a informação consultem a Listagem n.º 171/2010. Parabéns aos colegas que conseguiram chegar a esta fase e boa sorte para a que se segue.

Doutoramento: provas dadas em Saúde Ambiental

Aqueles que nos vão acompanhando pelo Facebook (aqui ou aqui) certamente que se recordarão de termos feito referência, no passado dia 12 de Outubro, ao doutoramento de uma colega de Saúde Ambiental. Por aquela ocasião dissemos: – em breve, e na primeira pessoa, daremos mais informações. É hoje e será também hoje que ficarão a saber de quem falamos.

Eu confesso que me sinto privilegiado por ter acompanhado de perto a parte final (últimos dois anos) do muito esforço desenvolvido por esta colega que, à semelhança de outras, deverá ser vista como um exemplo a seguir.

Que este discurso na primeira pessoa vos sirva de inspiração para que almejem mais do que aquilo que vos é “oferecido” de forma gratuita. E uma coisa é certa: – nada se consegue sem esforço e sacrifício.

Consegui!

No dia 11 de Outubro de 2010, ao fim de 2 horas e meia de “provas” terminei o período da minha vida em que vivi intensamente o desafio a que me propus e que iniciei em Março de 2006.

Fui para o laboratório de Micologia do INSA, com a ideia que queria estudar a exposição a fungos dos trabalhadores dos ginásios com piscina, mas sem saber o que era necessário para isso. Apercebi-me das minhas limitações de conhecimento em relação às práticas laboratoriais (dando origem a algumas “piadas privadas” no laboratório) e também em relação à Micologia… Felizmente, os colegas que me receberam foram compreensivos, pacientes e excelentes professores. Foi um período em que “devorei” todos os artigos científicos a que tinha acesso para compensar o meu parco conhecimento na área da Micologia.

O trabalho de campo foi bastante compensador e enriquecedor, pois trabalhei com profissionais com diferentes formações e em formação e consegui partilhar experiências e vivências com outros Técnicos de Saúde Ambiental, Técnicos de Análises Clínicas e Saúde Pública, Técnicos de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica e Biólogos.

Confesso que o mais complicado foi conseguir estar tão envolvida no projecto e, ainda, conseguir assegurar e, por vezes, promover os meus compromissos como docente na ESTeSL… não foram períodos fáceis.

A possibilidade de estar envolvida num projecto deste cariz possibilitou-me viajar para apresentar os meus resultados e discuti-los com a comunidade científica internacional, permitindo sedimentar a minha capacidade de arguir e crescer com o projecto.

Durante os 4 anos perdi alguns momentos de qualidade com a minha família mas creio ter sido eu a que mais notei as minhas ausências.

Encorajo todos os que tenham a possibilidade de enveredar pela investigação e de se entregarem a um projecto de “corpo e alma”. Creio que, enquanto professora, o doutoramento é uma etapa essencial ao nosso crescimento profissional e sou da opinião que “quem não investiga, não tem nada para ensinar” como alguém, recentemente, verbalizou… palavras sábias…

Durante este processo, além da minha família, os meus amigos no laboratório e na ESTeSL foram essenciais em todos os momentos vividos de alegria, frustração, motivação, desespero, e, por último, de realização pessoal… Muito obrigado a todos.

Quis o acaso que fosse a primeira licenciada em Saúde Ambiental a obter o doutoramento… espero que seja a primeira de muitos…

Carla Viegas[,PhD]

Quis o acaso que um dia a(s) Viegas se cruzasse no meu caminho. Colega(s), parabéns e muito obrigado!

Cine’Eco 2010

Começou hoje e terminará no dia 23 de Outubro o Cine’Eco 2010. Estamos a falar do 16.º Festival Internacional de Cinema e Video do Ambiente de Seia.

Trata-se de um festival internacional de cinema dedicado á temática ambiental, no seu sentido mais abrangente, ao qual concorreram habitualmente mais de 400 documentários, oriundos de mais de 30 países e dos quais são seleccionados anualmente cerca de 50 para a categoria internacional e outros tantos para a Lusofonia.

Blog Action Day 2010: a água, poupar é preciso!

Foi a 29 de Setembro que aludimos ao Blog Action Day 2010 e ao tema que deverá ser alvo de atenção um pouco por toda a blogosfera neste dia 15 de Outubro.

A verdade é que nos últimos tempos temos já dedicado algumas das nossas mensagens a esta temática e à sua qualidade (a da água). A última foi a propósito da Grande Reportagem da SIC – Desta Água Beberei? e sobre a qual vos sugerimos que leiam a nota de imprensa da ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos), onde dizem ser clarificada a situação (obrigado ao colega que nos vez chegar esta informação).

Se é verdade que a qualidade da água é algo com que nos devemos preocupar, não menos verdade deverá ser a preocupação que teremos que, invariavelmente, assumir em relação a sua poupança.

Então, porque poupar é preciso (!), deixo-vos aqui algumas dicas para poupar água, que recolhi no sítio da APRH (Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos).

Chuveiro
Consumo: Um chuveiro gasta entre 6 a 25 litros por minuto, conforme o modelo e a pressão da água. Um duche de 15 minutos, com a torneira meia aberta, gasta cerca de 240 litros.
Economia: Se fechar a torneira enquanto se ensaboa e diminuir o tempo do duche para 5 minutos diminui o consumo para cerca de 80 litros. Um chuveiro com sistema redutor de caudal pode economizar 80%.

Banheira
Consumo: As banheiras têm uma capacidade média entre 150 a 200 litros. Encher a banheira para um banho de imersão, equivale a um duche de 15 a 20 minutos.
Economia: Uma forma de economizar é encher até metade ou menos, mantendo a mesma água durante o banho.

Lavatório da Casa de Banho
Consumo: As torneiras dos lavatórios jorram cerca de 9 litros por minuto. Um consumo de 12 litros por dia (4 lavagens de 20 segundos). Ao escovar os dentes, durante 5 minutos com água a correr, gasta em média 45 litros de água!
Economia: Lavar os dentes, usando um copo com água e a torneira fechada reduz o desperdício. Se colocar uma tampa no lavatório ao fazer a barba, gasta apenas 2 litros de água.

Autoclismo
Consumo:Um terço da água que se gasta em casa é proveniente das descargas do autoclismo: 10 litros de água são consumidos cada vez que o autoclismo funciona.
Economia: Se colocar uma garrafa de 1,5 litros dentro do depósito, a capacidade diminui. O consumo de água reduz para 8,5 litros por disparo. Outra solução é escolher  um autoclismo de duplo depósito, de uso mais racional.

Lava-Louça
Consumo: Lavar a louça com a torneira meia aberta durante 15 minutos, representa um consumo de cerca de 100 litros de água.
Economia: Deixe os talheres e os pratos de molho dentro da pia antes de lavar. E nao deixe a torneira enquanto os ensaboa. Você estará a economizar cerca de 100 litros de água!

Máquina de lavar-louça
Consumo: Uma máquina de lavar com capacidade para 44 utensílios e 40 talheres gasta cerca de 40 litros.
Economia: Utilize a máquina de lavar louça, apenas quanto estiver cheia.

Tanque
Consumo: Uma lavagem com a torneira meia aberta pode significar um consumo superior aos 200 litros em 15 minutos.
Economia: Deixe as roupas de molho e use a mesma água para lavar e ensaboar.

Máquina de Lavar-Roupa
Consumo: As máquinas de lavar-roupa, sem dúvida, imprescindíveis, para além de muita energia, consomem muita água( aproximadamente 100 litros por lavagem).
Economia: Convém enchê-las bem, e no caso de não haver roupa suficiente para uma uma carga completa escolher o programa “meia carga”, que será suficiente.

Mangueira
Consumo:  São necessários cerca de 230 para lavar um carro e aproximadamente 260 para regar um jardim durante 15 minutos.
Economia: Quando decidir lavar o carro, faça-o com a ajuda de uma esponja e de um balde. Evite passar horas com a mangueira a correr. Regue o jardim ao fim do dia ou durante a noite.

Piscinas
Consumo: Perde até 3 800 litros de água por mês por evaporação, o que chega para abastecer uma família de 4 pessoas durante um ano e meio (água potável).
Economia: Se aplicar uma cobertura na piscina reduz a perda de água, por evaporação, em cerca de 90%.

Indoor Air 2011

Irá decorrer em Junho do próximo ano (2011), o Indoor Air 2011.

Este é um evento que terá lugar em Austin, Texas (Estados Unidos da América), entre os dias 5 e 10 de Junho de 2011.
Referimo-lo agora, cerca de um ano antes, porque está quase a terminar o prazo para a submissão de resumos.
Os eventuais interessados em apresentar comunicações orais ou posters deverão submeter os seus resumos até ao dia 8 de Outubro, próxima sexta-feira.

Grande Reportagem da SIC – Desta Água Beberei?

Desta Água Beberei? é o título da Grande Reportagem emitida esta noite na SIC. Mais que uma reportagem, eu diria que se trata de uma aula da Unidade Curricular de Gestão da Qualidade da Água, de um qualquer curso de Saúde Ambiental.

Desta Água Beberei?

Mais de metade das análises feitas ao cloro na água da torneira provam que o risco de contaminação é real. A SIC e a Quercus fizeram mais de 130 análises em todo o pais. Os níveis de desinfectante estão fora do intervalo de segurança recomendado pela União Europeia em 57 por cento dos casos (veja os resultados das análises na infografia).

Foi, de facto, uma reportagem interessante, ainda que apresentasse algumas incongruências. Se em algumas ocasiões se atribuíam as “culpas” às entidades gestoras, noutras as falhas estavam nas redes prediais.

Acabámos por nunca ficar a saber o procedimento/protocolo de colheita seguido e nunca foram ouvidos, pelo menos na reportagem isso nunca foi evidente, os Técnicos de Saúde Ambiental e as Autoridades de Saúde das Unidades de Saúde Pública. Julgamos que isso seria importante porquanto cabe-lhes a responsabilidade de assegurar a vigilância sanitária dos sistemas públicos de abastecimento de água para consumo humano. Será que os Técnicos de Saúde Ambiental e as Autoridades de Saúde não terão também alguma responsabilidade nesta matéria?

Sugerimos-vos uma visita ao sítio da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAS) e uma leitura atenta ao Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP), nomeadamente ao volume respeitante ao controlo da qualidade da água para consumo humano.