Qualidade do Ambiente Urbano

Conferência Qualidade do Ambiente Urbano: novos desafios

Irá realizar-se nos próximos dias 8 e 9 de Outubro a Conferência Qualidade do Ambiente Urbano: novos desafios.

Este é um evento que terá lugar em Bragança e que apresenta como principais temas:

  • Novos Desafios da Sustentabilidade Urbana;
  • Clima Urbano e Conforto Térmico Humano;
  • Factores de Risco Ambiental e Saúde Pública;
  • Os Impactes dos Espaços Verdes na Qualidade do Ambiente Urbano; e
  • Apresentação e demonstração de ferramentas de análise do sistema urbano.

Este evento científico decorrerá ao longo de dois dias. No primeiro dia haverá 4 sessões plenárias. Cada uma das sessões integrará 2-4 oradores convidados. A quarta sessão será destinada à apresentação dos resultados principais do projecto GreenUrbe. Ainda nesse dia decorrerá uma sessão de posters, que se pretende igualmente participativa. No segundo dia da conferência realizar-se-á a quinta sessão, na qual se dará ênfase a um conjunto de ferramentas de análise dos sistemas urbanos, de elevada utilidade para os vários intervenientes na concepção e gestão do espaço urbano. Nesta sessão participarão pelo menos 3 oradores convidados.

Minas Gerais altera Lei Ambiental

Deixo-vos mais uma sugestão de post, desta vez enviado pelo Leonardo Sacco, alusivo às alterações na Lei Ambiental Estadual de Minas Gerais feitas após o 2020 Leadership Campaign, evento que reuniu os maiores especialistas de meio ambiente do mundo em Belo Horizonte. As novas medidas adoptadas tenderão a reduzir a devastação de florestas originais e incentivar as indústrias e demais empresas a continuar com as suas acções de reflorestamento.

O estado aprova uma lei pioneira no pais, restringindo para 5% o uso de matéria-prima de florestas originais para empresas em sua produção anual.

Na primeira semana de agosto Minas Gerais foi sede de um dos mais importantes eventos do calendário ambiental no mundo, o 2020 Climate Leadership Campaign, que estabeleceu metas para a redução em 30 anos do tempo para que se atinja o controle do aquecimento global. Alinhada com a proposta no evento, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) anunciou na terça-feira (11), alterações na Lei Florestal. As mudanças visam principalmente o controle e redução do uso de florestas por empresas e indústrias mineiras.

As alterações preveem que até 2018 apenas 5% das florestas nativas sejam utilizadas como matéria-prima. O antigo texto afirmava que a vegetação original poderia ser utilizada em sua totalidade, desde que as empresas consumidoras replantassem duas árvores para cada uma derrubada. Sua implementação será gradual, com o percentual de utilização diminuindo em períodos de anos, até que chegue aos 5% de 2018. Entre 2009 e 2013 as indústrias poderão utilizar 15% de mata nativa em seu consumo anual total. Entre 2014 e 2017 esse percentual cairá para 10%, sendo finalmente reduzido a 5% após este segundo período.

Para incentivar a redução imediata no consumo, no entanto, o Governo mineiro promoveu também alterações na parte da lei que trata da reposição de árvores. As empresas que optarem por manter o consumo de matéria-prima florestal nativa, até o limite de 15%, terão de observar novos critérios de reposição. A utilização de 12 a 15% de consumo total proveniente de mata nativa exige a reposição  do triplo do consumido, ou seja, plantar três árvores para cada utilizada. Para a faixa entre 5 e 12%, a reposição será mantida com o dobro do consumido. Para o consumo de até 5%, a reposição será simples, de um para um.  

Ainda sobre a reposição de árvores, os consumidores tem novas opções para o replantio: podem optar pela participação em projetos sócio-ambientais com foco na proteção e recuperação da biodiversidade, em projetos de pesquisa científica, para recuperação de ambientes naturais junto a instituições nacionais e internacionais, ou em programas de recomposição florestal ou plantio de espécies nativas, implantação de unidades de conservação e no aperfeiçoamento técnicos os órgãos ambientais.

Outra importante modificação da lei é o sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no Estado, permitindo um melhor controle dos pontos de carga e descarga em Minas Gerais. As empresas transportadoras que atuam no estado deverão instalar dispositivos eletrônicos em todos os caminhões e estes serão monitorados por satélite. O aparelho que será instalado nos veículos permitirá o acompanhamento da trajetória da carga identificando todos os pontos de parada desde a origem até o destino da carga.

As alterações lei fazem parte do Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica, que visa diminuir a incidência de devastação nas duas localidades por meio de ações sociais e governamentais voltadas ao meio ambiente. Só em 2008 mais de R$ 10 milhões foram investidos pelo Governo de Minas Gerais na recuperação de áreas ambientais devastadas. Com as adequações feitas na lei Minas pode se tornar em breve um estado modelo no Brasil. Atualmente Minas Gerais é o único estado brasileiro no qual este tipo de lei ambiental está regulamentada.

Confira abaixo as oito principais alterações promovidas na lei ambiental de Minas Gerais:

  1. Fixação de cotas decrescentes (15% a 5%) até 2018 para consumo de matérias-primas originadas de floresta nativa;
  2. Estabelecimento de regras mais rigorosas em relação ao não cumprimento dos cronogramas de suprimento estabelecidos, inclusive com a possibilidade de redução obrigatória da capacidade de produção para as empresas que não se enquadrarem nas novas regras estabelecidas, incluindo a paralisação de suas atividades;
  3. Eliminação do dispositivo que permitia às indústrias de ferro gusa consumirem até 100% da sua demanda, com carvão vegetal de florestas nativas, mediante ressarcimento em dobro da reposição florestal;
  4.  Implantação de um sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos e subprodutos florestais no estado, permitindo o controle eficiente dos pontos de carga e descarga destes produtos, aliando-se desta forma o controle da produção e consumo destes insumos;
  5.  Estímulo de mecanismos alternativos à formação de plantações florestais, através de comercialização de créditos de carbono tanto pelo aumento de estoques florestais, quanto pela adoção de alternativas de substituição energética;
  6.  Novo sistema de cadastramento de produtores e consumidores de produtos e subprodutos florestais incluirá transportadores de madeira;
  7.  Uma inovação é apresentada pela emenda nº 9, que define, pela primeira vez na legislação, a destinação dos recursos obtidos com a arrecadação de multas ambientais. A emenda estabelece que 50% dos recursos serão aplicados no programa Bolsa Verde, que consiste em pagamentos de serviços ambientais prestados por produtores rurais;
  8.  A emenda nº 4 amplia de oito anos, como previsto anteriormente, para o máximo de nove anos, o prazo para que os consumidores de produto ou subproduto da flora (madeira, estéreos ou carvão) promovam o suprimento de suas demandas com florestas de produção na proporção de 95% do consumo total de matéria-prima florestal. Dessa forma, a adequação deverá ser feita até o ano agrícola 2019-2020.

Brasil ganha novo Parque Eólico

No último dia 20 de Agosto, o Brasil ganhou um novo Parque Eólico, localizado no  Ceará. O empreendimento é fruto da aliança entre dois grandes líderes no sector energético na América Latina: Cemig e IMPSA. Com 325 hectares e 19 aerogeradores, o Parque Eólico de Praias de Parajuru é o primeiro de três usinas a serem construídas naquele estado. Ainda serão instaladas as centrais: Praia do Morgado e Volta do Rio, no município de Acaraú. Juntas, terão capacidade para gerar 99,6 MW. A intenção é que nos próximos 20 anos esta energia gerada seja comercializada para a Eletrobrás.
 
Limpa e renovável. Assim é a fonte eólica, considerada a mais natural do planeta. Essa alternativa é gerada em parques que concentram vários aerogeradores – turbinas em forma de cata-vento ou moinho instaladas em regiões de ventos fortes. É utilizada para substituir combustíveis naturais (não renováveis e sujeitos a escassez), como o carvão, petróleo e gás natural, auxiliando na redução do efeito estufa e, consequentemente, no combate ao aquecimento global.

Parque Eólico

Pioneira na operação de usina eólica no País, ao construir a Usina Morro do Camelinho, em 1994, a Cemig tem mais de 90% de fontes limpas. O presidente da Companhia, Djalma Bastos de Morais, destaca que a participação nos parques eólicos está em conformidade com a estratégia da empresa e do Governo de Minas que é de “crescer de forma sustentável, econômica, social e ambiental.”
 
Líder latino-americana em energias renováveis, a IMPSA considera o Brasil um mercado chave. A empresa argentina está a  trabalhar na implantação de mais outros 10 parques eólicos no País, na região de Santa Catarina. “Pretendemos desenvolver uma matriz energética mais equilibrada e limpa no País”, disse o representante da IMPSA no Brasil, Luis Pescarmona.
 
Os parques eólicos fazem parte do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), desenvolvido pelo Governo Federal, sob coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME). A iniciativa visa fomentar o desenvolvimento das fontes renováveis como as eólicas, biomassas, solares, e de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s).

Sugestão de post da Thamires Andrade

Guia da Eficiência Energética: iluminação

A iluminação é responsável por cerca de 10 a 15% do consumo de electricidade total da habitação. Aproveita ao máximo a luz solar e utiliza a iluminação artificial de modo responsável.

  • Pinta as paredes e o tecto com cores claras, que reflictam melhor a luz, reduzindo a necessidade de iluminação artificial.
  • Opta por balastros electrónicos nas lâmpadas fluorescentes tubolares, uma vez que melhoram o rendimento luminoso destas. Informa-te junto de um especialista. 

Iluminação

O QUE PODEMOS FAZER JÁ?

  • Utiliza a luz natural, sempre que possível, para evitar acender lâmpadas durante o dia.
  • Desliga a luz quando esta não for necessária ou instala sensores de movimento nos locais de passagem, por exemplo: garagens, vestíbulos.

Guia da Eficiência Energética: climatização

As temperaturas consideradas de conforto para uma casa variam entre os 18ºC, no Inverno, e os 25ºC, no Verão.

Para que possas obter estas temperaturas, há uma série de medidas que podem ser postas em prática:

  • Antes de comprares um aparelho de climatização, isola a tua casa convenientemente e escolhe um equipamento com potência adequada. Atenção!… Informa-te junto de um especialista.
  • Planta árvores que forneçam sombra no Verão. As árvores de folha caduca permitem obter sombra apenas no Verão, sem comprometer a iluminação natural.
  • Opta por soluções como as caldeiras a biomassa ou os colectores solares térmicos, capazes de contribuir com cerca de 70% da energia necessária para o aquecimento de água.

O QUE PODEMOS FAZER JÁ?…

  • Escolher o vestuário adequado à estação do ano, mesmo dentro de casa.
  • No Inverno, maximizar a entrada da luz solar, levantando estores e abrindo os cortinados. No Verão, evitar a entrada dos raios solares directos durante o dia e facilitar a ventilação natural de noite, abrindo as janelas em lados opostos da casa.
  • Evitar climatizar zonas da casa que não estão habitadas.

Guia da Eficiência Energética: isolamento

Isolamento TérmicoUm bom isolamento térmico evita as perdas de calor e as infiltrações, reduzindo a necessidade de investir em sistemas de climatização. Existem vários materiais e técnicas disponíveis para o isolamento, tais como a celulose, aglomerados de cortiça, vidros duplos e outros.

 

  • Instalem um bom isolamento nas paredes, através da utilização de placas de lã mineral ou poliestireno. Informem-se junto de um especialista.
  • Tenham atenção aos sótãos e às caves, pois são espaços habitualmente menos cuidados onde é mais fácil a intervenção.
  • Instalem vidros duplos – menos 10% de consumo, para além de minimizar o ruído exterior. Caso não seja possível, coloquem portadas ou estores exteriores, que podem ajudar a reduzir a quantidade de energia necessária à climatização da sua casa.
  • Na elaboração do projecto de uma nova casa, prevejam a eliminação de pontes térmicas. Informe-se junto de um especialista.

O QUE PODEMOS FAZER JÁ?…

  • Calafetar portas e janelas com fita adesiva de espuma, preparada para o efeito, o que implica menos 5% do consumo de energia.
  • Isolar as paredes, chão e tecto – menos 30% de consumo.

PARA PENSAR…

Cerca de 60% da energia dos sistemas de aquecimento é desperdiçada ao escapar por zonas que podem ser facilmente isoladas.