Foi publicado hoje o Aviso n.º 15707/2010, do Ministério da Saúde – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P., que torna público o concurso de ingresso na categoria de um técnico de 2.ª classe de saúde ambiental, da carreira técnica de diagnóstico e terapêutica, na modalidade de relação jurídica de emprego público, titulada por contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, para exercer funções na ARS de Lisboa e Vale do Tejo, I. P./ACES do Médio Tejo I – Serra d’Aire.
Categoria: Saúde Pública
Mais uma machadada na carreira de Saúde Pública
Foi ontem que a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) disponibilizou no seu sítio um comunicado de título “Mais uma machadada na carreira de Saúde Pública“.
Que a Saúde Pública andava a ser alvo de machadadas já nós haviamos notado e tentado fazer ver. Até aqui nada de novo.
O novo é que finalmente a FNAM tomou uma posição naquilo que diz respeito à Delegação de Competências, assumindo como argumentação algo que os Técnicos de Saúde Ambiental há muito andavam a chamar a atenção. Para já, deixamos um comentário: – Parece-nos que a FNAM tem andado “distraída”! Deixamos apenas alguns exemplos do que já foi dito aqui em relação a este assunto: Nós, eles e a delegação de competências; Autoridades de Saúde e suas competências; Poderes de Autoridade de Saúde na ausência de Médico de Saúde Pública; A delegação de competências na versão legal.
Entretanto foi a 14 de Maio de 2010 que o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde chamou a atenção para o problema da legalidade das delegações de competências atribuidas com base no art.º 9.º do Decreto-Lei n.º 82/2009, de 2 de Abril (ver documento). Posteriormente, já a 1 de Julho de 2010, a Direcção Geral de Saúde (DGS) fez sair a Circular Informativa nº 27/ASN que tinha como assunto esta mesma questão, a delegação de competências, desta feita aplicável aos Médicos de Saúde Pública e na qual se conclui que “(…) poderão os Delegados de Saúde delegar a execução de actos materiais nos médicos colocados nas Unidades de Saúde Públicas”.
Voltamos ao documento inicial, “Mais uma machadada na carreira de Saúde Pública“, e elencamos aqui aquelas que são, a nosso entender algumas das ideias fulcrais apresentadas:
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A delegação de competências, sendo possível, pressupõe o cumprimento de requisitos definidos legalmente – desde logo, a imposição de que essa delegação de competências seja previamente publicada em Diário da República; e
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A “interpretação” dada pela DGS não é mais do que (mais) uma inadmissível agressão à dignidade profissional dos médicos de Saúde Pública!
Dão um exemplo… “tendo participado numa vistoria com a Câmara Municipal, não poderia assinar o respectivo Auto, que teria de ser levado ao Delegado de Saúde… E, se dessa vistoria decorresse a necessidade de imediata suspensão da actividade do estabelecimento, por risco iminente para a Saúde Pública, teria de chamar o seu colega “polícia”, para ele assumir tal acto!…”
E referem ainda que “com agressões destas à dignidade profissional dos médicos de Saúde Pública – para além das substanciais diferenças de massa salarial comparada com os colegas das outras carreiras – não pode o Governo admirar-se do escasso número de jovens médicos que optam por esta carreira (quiçá não demore muitos anos para que fique totalmente vazia e a extinguir)”.
Posto isto chegamos nós a algumas conclusões. A saber, e sem personalizar para que não corramos riscos desnecessários:
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Alguém anda a ler o que aqui escrevemos mas fá-lo com meses (ou anos) de atraso;
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Aparentemente alguém se preocupa com os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, porquanto acompanha (desta vez em tempo útil) algumas das preocupações dos sindicatos, naquilo que diz respeito a esta matéria associada aos Técnicos de Saúde Ambiental;
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Para esta mesma questão há dois pesos e duas medidas. Refiro-me à delegação de competências de que os Técnicos de Saúde Ambiental têm sido objecto e que alguns “delegantes” sempre tem negligenciado ou até potenciado.
Posto isto, das duas uma: – Ou comem todos, ou não come ninguém!…
Eu, Técnico de Saúde Ambiental, recuso-me a executar actos materiais que me tenham sido delegados porque:
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Essa delegação não está devidamente consubstanciada com publicação em Diário da República; e porque
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Essa delegação (e outras) é uma inadmissível agressão à dignidade profissional dos Técnicos de Saúde Ambiental.
Digo que é uma agressão porque é só com ela que os Técnicos de Saúde Ambiental podem formalmente desempenhar determinadas funções e executar determinados actos quando já têm competências reconhecidas para tal.
Digo que é uma agressão porque com ela os Técnicos de Saúde Ambiental acabam por desempenhar determinadas funções e executar determinados actos que mesmo tendo competência técnica para o fazer são, por força da lei, competências dos Médicos de Saúde Pública nomeados Autoridades de Saúde. Faço notar que estes profissionais descontam mais de impostos do que aquilo que os Técnicos de Saúde Ambiental auferem de vencimento líquido num mês. Os Técnicos de Saúde Ambiental fazem o seu trabalho e o dos outros não recebendo mais por isso e os outros não fazendo o que lhes compete não recebem menos. Deviam!
Hoje estou mais calmo, confesso, mas haja paciência!! Se eu mandasse, saberia como resolver o assunto. Mas (felizmente) não mando 🙂
Alguém tem opinião formada em relação a este assunto?
Para quando o “encerramento” da Saúde Pública?
Tem sido notícia nos últimos dias, pela voz da Rádio Bragança, a possibilidade de encerramento do Laboratório Distrital de Saúde Pública de Bragança.
Para já as informações são contraditórias mas uma coisa é sabida: onde há fumo, há fogo!
Em Lisboa esta é uma situação que já ocorreu, com o encerramento do Laboratório de Saúde Pública da então Sub-Região de Saúde de Lisboa e posterior transferência de recursos para o Instituto Nacional de Saúde (INSA) Dr. Ricardo Jorge, na mesma cidade Se a sul esta terá sido uma situação “pacífica” porquanto tudo se manteve na mesma cidade, já no caso de Bragança, a entrega das amostras, para processamento laboratorial, poderá ter que vir a ser feita a centenas de quilómetros de distância.
Será este mais um indício de que o “encerramento” da Saúde Pública, tal como a conhecemos hoje, estará para breve?
Mais informações acerca deste assunto:
- PSD teme encerramento do Laboratório Distrital de Saúde Pública;
- ARS-N estuda encerramento do Laboratório Distrital de Saúde Pública;
- Bragança: PS e PSD contra encerramento de laboratório.
Fico triste… afinal eu sou, acima de tudo, um profissional talhado para a Saúde Pública.
Está na hora, se não for tarde demais, de se concertarem esforços e criar aquilo a que em determinada altura apelidei de “Plataforma Estratégica de Entendimento” e que tentarei, em breve, explicar o que acho que deva ser.
Sara Pinheiro, Técnica de Saúde Ambiental, na Rádio Elvas
Sara Pinheiro, Técnica de Saúde Ambiental do Centro de Saúde de Elvas foi a convidada na edição de ontem da “Conversa em Dia”, na Rádio Elvas.
Temas como a vigilância sanitária da qualidade da água, de estabelecimentos de restauração, vistorias por reclamação e acções de educação para a saúde no concelho, nomeadamente junto da população escolar são algumas das áreas abrangidas pelos técnicos de saúde ambiental e que a colega ali abordou.
Para ouvir…
III Jornadas Pedagógicas de Educação para a Saúde do Barreiro
Para mais informações consultem o programa e caso estejam interessados, preencham e enviem a respectiva ficha de inscrição.
XI Summer Institute on Global Environmental Issues
A Fundação Luso-Americana, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, vai realizar a Décima Primeira Edição do Summer Institute on Global Environmental Issues. Os temas incluem:
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Políticas Ambientais nos EUA e na UE Comparados;
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Estratégias para o Desenvolvimento Sustentável;
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Sustentabilidade Empresarial;
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Recursos Naturais Ameaçados;
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Fundo Português de Carbono;
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Clima, Secas e Recursos Hídricos;
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Biodiversidade;
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Agenda Energética e Renováveis;
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Saúde Pública e Pandemias;
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Oceanos e Gestão Costeira;
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Responsabilidade dos Media.
DESTINATÁRIOS: Profissionais com interesses e responsabilidades na área do Ambiente, nomeadamente professores e estudantes universitários (finalistas) ou com pós-graduação, jornalistas, membros de ONG’s e autarcas, profissionais dos sectores públicos e privados.
LOCAL: Auditório da FLAD : Rua Sacramento à Lapa, nº 21, Lisboa
DURAÇÃO: Três dias – a tempo inteiro, 9:30h – 17:30h (Julho 5-7).
LÍNGUA DE TRABALHO: Inglês / Português
CONDIÇÕES: Habilitações mínimas – Licenciatura ou frequência do último ano da Licenciatura; Bons conhecimentos de Inglês.
Inscrição e frequência gratuitas.
Selecção por análise curricular, actividade profissional, perspectiva e ambição pessoal.
Serão seleccionados um máximo de 25 participantes.
NOTA:
Nos três dias do curso a Fundação oferecerá os almoços.
Para os participantes com residência fora do concelho Lisboa as despesas de alojamento e de transporte serão pagas pela FLAD mediante comprovativo.
DATA LIMITE DE ENTREGA DE CANDIDATURAS: 25 de Junho de 2010
As candidaturas deverão ser enviadas com o CV resumido, acompanhado de uma carta de motivação para vitor.ventura@flad.pt, com a referência – Instituto de Verão.
INSTITUIÇÕES/ORADORES CONVIDADOS:
QUERCUS; Instituto de Ciências Sociais (L. Schmidt); Geota; LPN; Evan Vlachos (Colorado State University); ISA; SUSTENTARE; ADENE; Ministério do Ambiente; Michael Hopkins (UK); Programa Gulbenkian Ambiente (V. Soromenho-Marques); Generg (Carlos Pimenta).
Para mais informações contactar vitor.ventura@flad.pt ou tel. 213935828