A história e os desafios futuros da Saúde Ambiental

No passado dia 14 de novembro, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), teve lugar a Conferência Profissões de Diagnóstico e Terapêutica: A História e os Desafios Futuros, onde as dezoito áreas profissionais de diagnóstico e terapêutica se fizeram representar por profissionais em exercício, convidados a fazer alusão à história da sua profissão, ao seu percurso profissional e àqueles que consideram ser os desafios para o futuro.

A Saúde Ambiental marcou presença na pessoa da colega Vera Artilheiro que começou por fazer uma breve abordagem à história dos profissionais de Saúde Ambiental, referindo-se à formação dos Técnicos Auxiliares Sanitários no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, passando pela criação do curso de Higiene e Saúde Ambiental nas Escolas Técnicas dos Serviços de Saúde e terminando com a alusão aos graus de bacharelato e posteriormente de licenciatura naquilo que referiu ser a integração do ensino destes profissionais a um nível académico correspondente às exigências do exercício. Este exercício que inicialmente se confinava aos Cuidados de Saúde Primários, rapidamente ganhou protagonismo na Saúde Ocupacional e que atualmente começa a singrar na Gestão Ambiental.

A prova desta mudança de paradigma acabou por ser relatada na primeira pessoa pela Vera Artilheiro, licenciada em Saúde Ambiental e mestre em Energia e Ambiente, que atualmente exerce funções enquanto diretora de Qualidade e Ambiente numa empresa multinacional.

Os desafios futuros que ela identificou acabam por ser o reflexo daquele que foi o seu percurso académico e profissional. Enfatizou a importância da vivência de experiências noutros contextos sendo que para isso é imperioso que consigamos sair da nossa “zona de conforto” e ganhemos protagonismo onde a “magia acontece”.

Terminou, apresentando-nos o excerto de um diálogo da fábula infanto-juvenil “Alice no País das Maravilhas” com o objetivo que nos deixar, para nós, o ónus da decisão do caminho que deveremos tomar.

– Pode dizer-me que caminho devo tomar? – Perguntou Alice.
– Isto depende do lugar para onde você quer ir. – Respondeu o gato.
– Não tenho destino certo. – Retorquiu a Alice.
– Neste caso, qualquer caminho serve! – Exclamou o gato.

E vocês, que caminho querem tomar?

“Qualidade em Saúde” nos Cuidados de Saúde Primários

Associada ao Ciclo de Conferências: Tecnologias da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários, o Grupo de Interesse para os Cuidados de Saúde Primários da ESTeSL (do qual fazem parte dois docentes da área científica de Saúde Ambiental) irá dinamizar no dia 27 de novembro de 2012, aquela que será  6.ª Conferência, subordinada ao tema “Qualidade em Saúde” nos Cuidados de Saúde Primários.

A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL),  associada à reforma dos Cuidados de Saúde Primários e da divulgação do Decreto-Lei nº 28/2008 de 22 de Fevereiro, que estabelece o regime da criação, estruturação e funcionamento dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), tem vindo a promover, desde junho de 2009, conferências com temas tão diversificados como:

Na sessão de abertura teremos a conferência “Qualidade nos Cuidados de Saúde Primários“, por Filipa Homem Christo, em representação do senhor diretor do Departamento da Qualidade da Direção-Geral da Saúde.

Os eventuais interessados poderão aceder a mais informações aqui e deverão fazer a inscrição online.

O “Verão” da Saúde Ambiental

Desde sempre que a Área Científica de Saúde Ambiental tem marcado presença nas inúmeras edições do Verão com as Ciências e Tecnologias da Saúde.

Depois de no ano passado termos assumido a coordenação do projeto, este ano fomos responsáveis apenas por dinamizar as atividades da manhã do dia de hoje.

Foi a docente Marina Silva e as estudantes Andreia Pedroso e Catarina Soares  (muito obrigado!) que tiveram a responsabilidade de proporcionar os estudantes do ensino secundário, participantes no Verão com as Ciências e Tecnologias da Saúde 2012, um primeiro contacto com a Saúde Ambiental. Os resíduos hospitalares, a segurança e higiene do trabalho e a educação ambiental acabaram por ser alguns dos temas em debate e que deram o mote às atividades.

Para aqueles que este ano não tiveram oportunidade de participar, sugerimos que se voltem a candidatar para a edição de 2013.

Verão com as Ciências e Tecnologias da Saúde 2012

A edição deste ano do Verão com as Ciências e Tecnologias da Saúde está prestes a “arrancar” e tal como vem sendo hábito desde alguns anos a esta parte a área científica de Saúde Ambiental irá marcar presença, dinamizando uma das “oficinas laboratoriais”.

Durante 15 dias, jovens do ensino secundário ou já com o 9.º ano concluído são convidados a contactar de perto com o mundo das Ciências e Tecnologias da Saúde, desenvolvendo um conjunto de atividades em oficinas laboratoriais e vivenciando o dia-a-dia académico da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL).

Com o Verão com as Ciências e Tecnologias da Saúde pretende-se: (i) promover o conhecimento das Ciências e Tecnologias da Saúde em torno do Corpo Humano; (ii) fomentar o interesse dos participantes para as áreas das Ciências e Tecnologias da Saúde; (iii) promover o papel da Ciência e Tecnologia face ao desenvolvimento, competitividade e a cidadania; e (iv) desenvolver a adoção de Estilos de Vida Saudáveis.

As inscrições para o Verão com as Ciências e Tecnologias da Saúde terminam já no dia 9 de julho (próxima segunda-feira).

Ciclo de Conferências: Tecnologias da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários (5.ª Conferência)

Depois das quatro primeiras conferências do Ciclo de Conferências: Tecnologias da Saúde nos Cuidados de Saúde Primários se terem dedicado aos temas:

Chegou a vez de vermos anunciada a 5.ª Conferência, subordinada ao tema “Acessibilidade”, e que se realizará no próximo dia 17 de abril de 2012, às 14 horas, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL).

PROGRAMA PROVISÓRIO
14.00h – Sessão de Abertura

Conferência: Acessibilidade nos Cuidados de Saúde Primários 
Fernando Leal da Costa | Secretário de Estado Adjunto da Saúde (a confirmar)

14.30h – 1º Painel – Acessibilidade: estratégias de ação

Moderadores: Francisco Gouveia | ACES Arco Ribeirinho e Rute Borrego | ESTeSL
Vítor Ramos | Grupo de Coordenação Estratégica dos CSP
Teresa Craveiro | Coordenadora da Equipa de Projeto – Programa Local de Habitação, CMLisboa
João Raposo | Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal
João Lobato | ESTeSL

Pausa Saudável/Exposição de Posters

16.00h – 2º Painel – Acessibilidade: agentes facilitadores

Moderadores: Francisco Gouveia | ACES Arco Ribeirinho e Rute Borrego | ESTeSL
Laura Silvestre | Dietética e Nutrição
Elisabete Antunes | Farmácia
Margarida Costa | Fisioterapia
Nádia Fernandes | Ortóptica

17.00h – Conferência: A Qualidade em Saúde
Luís Pisco | ARS Lisboa

17:30h – Encerramento

A Importância dos Técnicos de Saúde Ambiental

Foi no passado dia 10 de novembro, em Coimbra, que falámos sobre a Importância dos Técnicos de Saúde Ambiental. O evento era o Encontro Nacional de Saúde Ambiental e a sessão abordava a evolução e a importância destes profissionais.

Para quem não esteve presente, aqui fica o resumo…

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a saúde ambiental aborda os aspetos da saúde e qualidade de vida humana, determinados por fatores ambientais, quer sejam eles físicos, químicos, biológicos ou sociais. Refere-se também à teoria e prática de avaliação, mitigação, controlo e prevenção dos fatores que presentes no ambiente podem afetar potencialmente, de forma adversa, a saúde humana das gerações atuais e das vindouras.

Nesse sentido, e atendendo aos determinantes da saúde, onde o ambiente tem um peso significativo, contribuindo de forma relevante para o total de doenças e mortes prematuras, os licenciados em saúde ambiental, por conta daquelas que são as suas competências, podem e devem ser protagonistas privilegiados nas atividades de promoção da saúde e prevenção da doença.

Na década de noventa, com a criação do curso de higiene e saúde ambiental, perspetivava-se então o colmatar da necessidade de pessoal mais qualificado para o desempenho em saúde ambiental ao nível dos cuidados de saúde primários, como forma de obviar os problemas de saúde pública. Esta terá sido a razão pela qual se explicitou, inclusive, que a importância das atividades prosseguidas por este setor profissional nos serviços de saúde, atentava a interligação dos técnicos de saúde ambiental com as autoridades de saúde. Nos últimos anos, contudo, tem-se assistido a uma mudança de paradigma e o reconhecimento da sua importância tem-se salientado noutras áreas que não exclusivamente a saúde pública.

Atualmente, áreas como a saúde ocupacional e a gestão ambiental, em detrimento da saúde pública, têm primado por chamar a si os licenciados em saúde ambiental, reconhecendo as suas competências e valorizando os seus desempenhos. Esta é, garantidamente, a razão pela qual a taxa de empregabilidade ainda se vai mantendo acima dos valores médios para a generalidade dos cursos do ensino superior.

Para além de enfatizar esta constatação, importa ainda garantir a área da saúde ambiental nos cuidados de saúde primários, recolocando a saúde pública, e por inerência a saúde ambiental, na agenda política. Este será um processo que urge encetar já!… Porquanto será um processo longo, sem fim garantido e sem a garantia de que virá a ter um desfecho feliz.

Percebemos entretanto que os participantes eram, na sua maioria, profissionais em exercício nos cuidados de saúde primários e acabámos por adequar o discurso àquela realidade que tão bem conhecemos. Em algumas ocasiões admitimos ter sido um pouco duros na análise mas a bem da verdade é que, mesmo assim, muita da dura realidade ainda terá ficado por dizer e, mais importante, por debater.