Arsénio na água para consumo humano

O Arsénio e os valores paramétricos encontrados na água de consumo humano têm sido notícia nos últimos dias.
De acordo com o Decreto-Lei n.º 243/2001 de 5 de Setembro, que “regula a qualidade da água destinada ao consumo humano e tem por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes de qualquer contaminação da água destinada ao consumo humano, assegurando a sua salubridade e limpeza”, o valor de referência é de 10 ?g/l As, não sofrendo, este parâmetro, qualquer alteração decorrente da aplicação do Decreto-Lei n.º 306/2007 de 27 de Agosto, que irá entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 2008 e que revoga o anterior.
No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza o limite de 50 de microgramas por litro de arsénio, considerando que este valor acautela a salvaguarda da saúde pública das populações.
A opção tomada no espaço da União Europeia, que culminou com a redução do valor paramétrico, resultou de uma postura preventiva, de grande exigência, e que não foi adoptada noutras regiões do mundo, onde a preservação da saúde pública continua a ser assegurada pelos padrões da OMS.
Sendo assim, estejamos descansados… ou talvez não.

«Quatro de 51 concelhos portugueses ultrapassaram em 2006 o limite legal de Arsénio na água, um metal pesado que um estudo confirma ser um factor de risco de cancro em bebés cujas mães beberam água contaminada durante a gravidez.

Quatro dos 51 concelhos analisados no ano passado pelo Instituto Regulador da Água e Resíduos (IRAR) ultrapassam o limite máximo de arsénio permitido pela lei, segundo o item “Qualidade da Água para Consumo Humano” do Relatório Anual do Sector das Águas e Resíduos.

Em destaque está o concelho de Évora, com um incumprimento de 7,50 por cento nos níveis máximos permitidos de arsénio na água, seguido de Barcelos (5,0 por cento), Vila Franca de Xira (2,86 por cento) e Pombal (1,75 por cento).»

Segundo uma equipa do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), os filhos de mães que tenham ingerido, durante a gravidez, água contaminada com arsénio apresentam alterações na expressão de alguns genes que pode, eventualmente, originar mais tarde cancro e outras doenças.

Esta descoberta, publicada na “PLoS Genetics”, é a primeira evidência publicada de alterações em genes originadas por uma exposição pré-natal a um contaminante ambiental.

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Informação recolhida no Portal Ambiente & Saúde e no Jornal Público.

Águas Balneares

Porque os desempenhos de um Técnico de Saúde Ambiental também passam pela gestão da qualidade das águas balneares…

Este vídeo foi elaborado no âmbito do Estágio de Aprendizagem II, do 3.º ano do Curso Superior de Saúde Ambiental da ESTeSL (2006/2007) com as alunas estagiárias Andreia Jalles e Tânia Silva e “retrata” uma das vertentes da Vigilância Sanitária das Águas Balneares.

Para acederes à Circular Normativa 12/DA da Direcção Geral da Saúde, referente à Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Fluviais e de Albufeiras , clica aqui.

Para acederes à Circular Normativa 13/DA da Direcção Geral da Saúde, referente à Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Marítimas e Estuarinas, clica aqui.

Para saberes mais, faz o download da apresentação “Gestão da Qualidade das Águas Balneares”, elaborada pelo colega Alberto Tavares.

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Agradecimentos aos colegas Eduardo Figueiredo do Centro de Saúde do Cadaval e Rita Santos do Centro de Saúde de Mafra pela participação no filme.

Regras de utilização das piscinas

Porque quem vai a banhos é, também, (co)responsável pela garantia da qualidade da água dos tanques, em cada balcão de atendimento das piscinas municipais de Vila Franca de Xira poderão encontrar o folheto “Regras de Utilização das Piscinas”, numa parceria entre a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e os Serviços de Saúde Pública dos Centros de Saúde do concelho.

Pescando a água

Pescando a água

Vítor Manteigas
Mandem as vossas fotografias para o Saúde Ambiental…, com o nome do fotógrafo e o título da fotografia. Evidenciem aquilo que se faz em Saúde Ambiental, nos Serviços de Saúde Pública.
Na fotografia: Andreia Jalles e Tânia Silva, aprendizes de TSA.

Dia Mundial da Água: “A Água” por Bocage


Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da rasca
tira o cheiro a bacalhau da lasca
que bebe o homem que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho

Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.

“A Água”, de Manuel Maria de Barbosa du Bocage.

New River: a solução!