Dos fósseis ao vento: fontes de energia que alimentam Portugal

Associado à unidade curricular de Saúde Ambiental, do primeiro ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), as estudantes Felícia Sofia, Inês César e Margarida Lopes, realizaram o trabalho “Dos fósseis ao vento: fontes de energia que alimentam Portugal“, que entretanto submeteram ao desafio Eco-Repórter da Energia (categoria de fotorreportagem) do Programa Eco-Escolas.

Com recurso a uma série de fotografias, pretendem fazer o percurso desde os primórdios da atividade industrial em Portugal, começando na Fábrica dos Moinhos de Santa Iria, naquele que terá sido o primeiro pólo industrial daquela zona e que terá sido construída em 1877 e que, tanto pela sua dimensão, como pela tecnologia de ponta com que estava equipada, era uma das indústrias mais desenvolvidas do país. Depois de uma passagem pela Praia dos Pescadores e pela unidade de reparação naval ali existente, aludindo-se às atividades outrora desenvolvidas e que implicavam o uso de energia fóssil para o transporte de mercadorias, passam pelas Centrais Termoelétricas do Carregado e do Ribatejo, terminando no Parque Eólico de Santa Cruz, em Vialonga, numa clara alusão ao papel cada vez mais relevante das fontes de energia renováveis, que culminou com a notícia de que “Fontes renováveis garantem eletricidade durante quatro dias!

Os combustíveis fósseis foram, durante décadas, utilizados como fonte de energia. Aquelas que foram outrora atividades que faziam uso de tecnologia de ponta, produzindo e transportando recursos que alimentavam o país e potenciavam o seu desenvolvimento, foram também potenciadoras da emissão de Gases de Efeito de Estufa (GEE). Nas últimas décadas assistimos a uma mudança de paradigma onde a dependência dos combustíveis fósseis tem diminuído de forma significativa. O desenvolvimento de tecnologias mais eficientes e “amigas do ambiente” fez-nos virar costas à dependência do carvão para que o uso do gás natural, em centrais elétricas de ciclo combinado, passasse a ser uma realidade. Contudo, e de forma a reduzir mais a emissão de GEE, Portugal tem apostado na energia de fontes renováveis e, de acordo com dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, em 2015 a energia de origem eólica correspondia já a 53% do mix de fontes de energia.

Lixo e águas residuais nas sarjetas, não!

No âmbito da unidade curricular de Saúde Ambiental, do primeiro ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), as estudantes Catarina Guerreiro, Daniela Godinho e Patrícia Costa realizaram o trabalho “Lixo e águas residuais nas sarjetas, não!“, entretanto submetido ao Programa Jovens Repórteres para o Ambiente (categoria de fotorreportagem) com a descrição «manifestação levada a cabo por “cidadãos comuns”, junto a sarjetas e sumidouros de todo o país, chama a atenção para a necessidade da correta utilização da rede de drenagem de águas pluviais».

Com recurso a uma fotografia, e enquanto forma de sensibilização, pretendem salientar a importância do uso da rede de drenagem de águas pluviais apenas para o fim para que foi concebida, de forma a minimizar o impacte ambiental decorrente da sua incorreta e abusiva utilização.

As águas pluviais provêm da chuva e são recolhidas pelos sistemas urbanos de saneamento básico, através das sarjetas ou sumidouros. Essas águas passam por um tratamento simples de forma a serem, mais tarde, lançadas nos cursos de água, lagos, lagoas, baías ou no mar. Na realidade as sarjetas não recebem apenas águas pluviais como foi idealizado. Recebem também resíduos que são arrastados pelas águas da chuva ou que são depositados diretamente nas sarjetas, tais como óleos alimentares, resíduos domésticos ou águas residuais, que decorrem da atividade humana e que apresentam, por isso, as suas características naturais alteradas, requerendo um tratamento diferenciado daquele que é dado às águas pluviais.

Conferência “Projetar o futuro: uma educação para a sustentabilidade!”

Irá ter lugar no dia 17 de maio de 2016,  no Pequeno Auditório Culturgest, em Lisboa, a Conferência “Projetar o futuro: uma educação para a sustentabilidade!”.

Conferência "Projetar o futuro: uma educação para a sustentabilidade!"

Com este evento, que se destina a agentes educativos (educação formal, não formal e informal), especialistas, investigadores, técnicos, decisores políticos, administração pública, ONG’s, empresas, estudantes, entre outros participantes interessados nas áreas da educação, ambiente, biodiversidade, energia e cultura, pretende-se promover um debate aberto, uma reflexão e uma disseminação de bons exemplos em Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS).

No seguimento das premissas da Década das Nações Unidas da EDS (2005-2014), a que urge dar continuidade, pretende-se colocar no cerne do debate a temática de uma educação para os valores, alicerçada, nomeadamente, na Educação Ambiental, na Educação para o Desenvolvimento Sustentável e na Educação para a Justiça Ambiental. A “agenda” pública da próxima década deverá assentar em pilares como a criatividade, o empreendedorismo, a inovação, a sociedade do conhecimento e a sustentabilidade do seu desenvolvimento. Assim, torna-se imprescindível reforçar a capacidade de intervenção das entidades públicas e privadas, em termos da transversalidade das suas atuações e da internalização dos valores da EDS nas suas práticas, seguindo uma visão holística, cidadã, multidisciplinar e transversal aos processos educativos, privilegiando o aprofundamento das parcerias com o “mundo não educativo”.

A participação na conferência é gratuita, mas as inscrições são obrigatórias.

Prevenção de resíduos com uma “Mini Horta em Casa”

Foi no âmbito da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos que as estudantes do curso de licenciatura em Saúde Ambiental  da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) Inês Fernandes, Inês Ouro e Mariana Matos desenvolveram uma atividade entretanto submetida à plataforma da European Week for Waste Reduction e posteriormente validado pela Valorsul. Esta atividade, que foi amplamente divulgada, acabou por vir a ser uma das mais destacadas no projeto Waste With Value (ver Waste With Value).

Os resíduos de plástico, ainda que recicláveis, são atualmente um problema reconhecido, com especial incidência nos oceanos onde têm vindo a colocar em risco algumas espécies animais. Com o projeto “Mini Horta em Casa“, desenvolvido na unidade curricular de Gestão de Resíduos do curso de licenciatura Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), um grupo de estudantes, criou um pequeno vídeo tutorial que explica como utilizar garrafas de plástico, para criar uma mini horta em casa, que não necessita de quintal nem de muito espaço, para o cultivo, por exemplo, de ervas aromáticas. Tendo as crianças como público-alvo preferencial, é desejável que o projeto venha a ser replicado em contexto familiar e escolar. Desta forma promove-se a reutilização e consequentemente a prevenção/redução de resíduos, assim como o consumo de ervas aromáticas produzidos localmente. Cumulativamente poder-se-á promover a compostagem caseira para reutilização na “Mini Horta em Casa“.

Waste With Value

Waste With Value (ou Resíduos Com Valor) é mais um projeto desenvolvido por estudantes do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) associado à Semana Europeia de Prevenção de Resíduos e que foi submetido à plataforma da European Week for Waste Reduction e posteriormente validado pela Valorsul. Este projeto em particular, desenvolvido pelas estudantes Ana Roque, Patrícia Duarte e Rafaela Barata, no âmbito da unidade curricular de Gestão de Resíduos I, faz uso de uma excelente ferramenta de comunicação para promover algumas boas práticas que podem (e devem!) ser replicadas. O desafio que vos deixamos é que “gostem” e sigam as sugestões que elas por ali vão deixando.

Waste With Value (Resíduos Com Valor)

É cada vez mais reconhecida a importância da adequada gestão integrada de resíduos e a necessidade de assumirmos como ponto de partida a hierarquia da gestão de resíduos, que pressupõe: (i) Prevenção e Redução; (ii) Reutilização; (iii) Reciclagem (material e orgânica); (iv) Valorização Energética; e (v) Eliminação. A ideia subjacente ao projeto “Resíduos Com Valor” pressupõe que todos os resíduos têm potencial valor e que podem, de uma ou de outra forma, ser (re)utilizados indefinidamente. No âmbito da unidade curricular de Gestão de Resíduos do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), um grupo de estudantes irá criar uma página na rede social Facebook onde divulgarão formas de obviar a simples eliminação do resíduo, promovendo a adoção de boas práticas ambientais e que se querem ver perpetuadas para além da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos.

A Saúde Ambiental também é Jovem Repórter para o Ambiente

Teve lugar nas Caldas da Rainha, na Expoeste e na Escola Básica D. João II, nos dias 7 e 8 de novembro, a edição deste ano do Seminário Nacional Jovens Repórteres para o Ambiente. Foi a terceira vez que a Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) marcou presença naquele evento, este ano apenas representada pelo professor Vítor Manteigas, docente da área científica de Saúde Ambiental e coordenador dos Programas Eco-Escolas e Jovens Repórteres para o Ambiente. Esta participação surgiu na sequência da participação da ESTeSL no desafio Eco-Repórter da Energia e no Programa Jovens Repórteres para o Ambiente | Young Reporters for the Environment, que viria a culminar com a atribuição dos primeiro e segundo lugares no Eco-Repórter da Energia, na categoria de videorreportagem, e de uma “Honourable Mention” no Young Reporters for the Environment, concurso internacional, também na categoria de videorreportagem (ver Sentem-se “Boas Energias” na Tapada Nacional de Mafra, “Energias Cultiváveis” pela Valorsul, Descobrindo o EVOA e Jovens Repórteres para o Ambiente descobrem as margem do Tejo num percurso de contrastes).

A Saúde Ambiental também é Jovem Repórter para o Ambiente

Os estudantes e professores participantes integraram grupos de trabalho distintos que culminaram na preparação de artigos de índole jornalístico, de fotorreportagens e de videorreportagens, associados às visitas que tiveram lugar na tarde de sábado. As visitas, realizadas em simultâneo, foram: (i) Paul de Tornada; (ii) Lagoa de Óbidos; (iii) Parque D. Carlos e Mata; (iv) Foz do Arelho e Serra do Bouro; e (v) Hospital Termal.

Todos os participantes foram ainda desafiados a ser repórteres ativos onde, para além das fotografias que integraram as reportagens desenvolvidas durante o fim de semana, puderam submeter ao concurso de fotografia a decorrer durante o evento, até duas fotografias tiradas no decurso das saídas de campo. Para além da Menção Honrosa recebida em nome das estudantes Inês Ouro, Maria Inês Fernandes, Mariana Matos e Whitney Aprel, acabou por ser também uma das fotografias tiradas pelo professor Vítor Manteigas, a vencedora do concurso. Depois de Arouca (ver Eco-Repórteres ESTeSL em Arouca), esta foi a segunda vez que o prémio de melhor fotografia veio na bagagem…

Este foi um fim-de-semana intenso, de muito trabalho, muita diversão, muitas novas amizades e excelentes ideias para os desafios que se aproximam, tendo como mote a Saúde e o Ambiente. Não deixem de ver o álbum “Jovens Repórteres para o Ambiente” respeitante a esta participação e às participações nas edições anteriores.