Criadouros de mosquitos colocam a saúde pública em alerta!

As alterações climáticas trazem com elas a crescente necessidade de responder de forma eficiente aos criadouros de mosquitos que surgem de forma natural, transformando-se este fenómeno numa potencial fonte de problemas para a saúde pública, sendo impreterível ter os locais devidamente identificados e sob vigilância.

O clima do nosso planeta tem sido alvo de grandes mudanças, com evidências na temperatura média do ar, no aumento do nível médio dos oceanos, no aumento da intensidade e frequência de fenómenos meteorológicos extremos, dentre outros.

De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, a temperatura média do planeta está 0,85ºC acima da temperatura sentida no século XX. Estas alterações climáticas a que a Terra está a ser sujeita, já manifestam sinais claros no nosso país. Para Portugal é previsto que a temperatura média continue a aumentar e que cada vez mais tenhamos um menor número de dias com temperaturas frias.

Segundo a Agência Europeia do Ambiente, as alterações climáticas, nomeadamente o aumento da temperatura média do ar, são uma ameaça à biodiversidade, estando muitas espécies animais e vegetais a sofrer mudanças nos respetivos ciclos de vida. Estas mudanças tem um custo para o planeta, sendo fortes influenciadoras, por exemplo, do degelo dos glaciares, da subida do nível médio dos oceanos, da ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, que colocam em causa a vida selvagem e tem um custo muito elevado para a sociedade. As alterações do clima provocam ainda grandes impactos na saúde humana contribuindo atualmente, e de forma significativa, para a carga global de doenças e mortes prematuras.

Estas alterações derivam de algumas variáveis como temperatura e precipitação que afetam o desenvolvimento e comportamento dos vetores. A temperatura pode modificar o crescimento/desenvolvimento da população de vetores, conduzindo ao aumento ou aparecimento de doenças causadas pela maior frequência de picadas e maior área geográfica de contacto com os hospedeiros. A precipitação possibilita a criação de novos habitats, através de acumulações de água, que permite o desenvolvimento de larvas com o consequente aumento da população de vetores.

Os mosquitos tal como os restantes seres vivos do planeta estão em constante interação com outras espécies, estando inseridos na cadeia alimentar de algumas espécies.

Eles pertencem à classe Insecta e são conhecidos por serem transmissores de doenças muito importantes e com grande impacto para a Saúde Publica, como é o exemplo da Malária, da Dengue, da Febre Amarela, da Febre do Nilo Ocidentel, dentre outras.

No seu ciclo de vida existem várias fases em que se destacam dois estádios, o aquático e o aéreo/terrestre. A maioria dos mosquitos desenvolve-se em água doce sendo neste meio onde eclodem os ovos e onde se desenvolvem até à fase adulta (aérea/ terrestre).

Em Portugal o programa REVIVE (Rede de Vigilância de Vetores) investiga, vigia, avalia a presença ou ausência de espécies, mas também a capacidade destas em transmitir doenças, estudando por isso todas as fases de vida dos Mosquitos. O controlo/estudo é feito de janeiro a dezembro nos aeroportos, portos e fronteiras do país e de maio a outubro são feitas colheitas de amostras em diversos concelhos do país.

Dos resultados publicados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge – Relatório REVIVE 2018, constata-se que foram detetadas espécies invasoras e que a atividade viral detetada tem sido limitada aos flavivírus específicos de insetos não patogénicos para o Homem.

Estas ocorrências climáticas atrás referidas, terão impacto na proliferação de vetores de doença pelo planeta, sendo que no caso dos mosquitos, poderá ocorrer a disseminação global deixando de existir zonas endémicas de doenças transportadas por eles.

A circulação de mercadorias e pessoas entre os vários países e continentes proporciona o transporte de vetores nas várias fases de desenvolvimento. A disseminação dos vetores pode ser causada, não apenas por migração ativa dos mosquitos, mas também pelo transporte passivo nomeadamente automóveis, comboios, aviões entre outros meios de transporte.

Na Bobadela, concelho de Loures, existe um local junto ao apeadeiro da Linha do Norte que serve aquela vila, onde é frequente a acumulação de água. A água ali acumulada pode ter várias origens, sendo este um potencial criadouro natural de mosquitos, pois são águas estagnadas com crescimento de vegetação e acumulação de lixo. A água estagnada que ali se encontra poderá ter origem nas águas pluviais, sendo, contudo, potenciada pela saturação do solo naquela região, na medida em que está junto à margem rio Tejo.

Pelo que foi possível apurar, e apesar dos criadouros que são objeto de especial atenção serem os que se encontram junto da malha urbana, o local identificado não estava sinalizado nem tem sido alvo de acompanhamento no âmbito do programa REVIVE.

Acumulação de lixo nas águas estagnadas do apeadeiro da Bobadela.

Na sequência da denúncia desta situação junto das autoridades competentes, o local foi identificado e georreferenciado, tendo sido a União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela notificada no sentido da proceder à eliminação daquela água estagnada, criadouro natural.

A localização deste potencial criadouro, junto à Linha do Norte, com acesso privilegiado ao principal eixo de circulação ferroviário do país por onde circulam diariamente milhares de pessoas, faz dele um fator de risco acrescido de disseminação de doenças veiculadas por vetores (mosquitos).

Criadouros de mosquitos colocam a saúde pública em alerta!” é um artigo da autoria das estudantes do primeiro ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), Fabiana Clérigo, João Anjos e Sandra Ferreira, publicado no portal Jovens Repórteres para o Ambiente.

Compra e venda a granel: uma opção sustentável

A “poluição plástica” e o desperdício alimentar são fenómenos frequentes da atualidade e que muito se devem aos hábitos de consumo. Uma forma de obviar estes fenómenos passa, por exemplo, pela venda e compra de produtos a granel, enquanto opção mais sustentável. Em Portugal, as lojas a retalho que optam por este tipo de comércio têm proliferado um pouco por todo o país e os Jovens Repórteres para o Ambiente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL) foram descobrir um pouco mais desta realidade n’O Granel do Bairro, com Nuno Cruz.

“Compra e venda a granel: uma opção sustentável” é uma videorreportagem da autoria das estudantes do primeiro ano do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), Andreia Coelho, Catarina Carvalho e Marta Amaral, publicada no portal Jovens Repórteres para o Ambiente.

Testemunhos de Saúde Ambiental no “Humans of Sudoe”

O Humans of Sudoe, um projeto de testemunhos cujo primeiro objetivo é recolher as experiências daqueles que usufruem e estão implicados nos projetos financiados através do Programa Interreg Sudoe, ilustrando como estes contribuem para a melhoria do dia-a-dia, criando dessa forma um reportório de testemunhos na primeira pessoa, relativo à construção de uma Europa por e para os cidadãos, recebeu o contributo do professor Vítor Manteigas, docente da área de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), coordenador dos programas Eco-Escolas e Jovens Repórteres para o Ambiente e coordenador Baixo Carbono, no âmbito do projeto  Interreg Sudoe ClimACT.

A participação da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL) enquanto escola-piloto do projeto ClimACT, levou-me a assumir as funções de coordenador Baixo Carbono, sendo o elemento de ligação da escola com a equipa técnica do projeto.
Com o projeto ClimACT tenho tido a oportunidade de, em conjunto com a comunidade académica, incluindo docentes, não docente e estudantes, identificar situações que têm melhorado o desempenho ambiental e energético da ESTeSL, contribuindo significativamente para a redução das emissões de carbono. Esta minha participação no projeto ClimACT possibilitou-me ainda o trabalho em rede com outras escolas de Portugal, Espanha, França e Gibraltar, onde a partilha de experiências tem passado por momentos únicos de aprendizagem. O ClimACT tem contribuído para a aquisição de conhecimentos e competências que tenho vindo aplicar no âmbito do programa Eco-Escolas, do qual sou coordenador, e naquelas que são minhas atividades enquanto professor de Saúde Ambiental. Tem-se tornado mais interessante e motivador abordar as questões energéticas e, naturalmente, as questões ambientais e relacioná-las com a saúde.

ClimACT é um projeto financiado no âmbito do Programa Interreg Sudoe 2014-2020. Através da gestão energética inteligente, as energias renováveis e a alteração de comportamentos, ClimACT melhora a eficiência energética dos edifícios escolares. Também realiza atividades formativas para sensibilizar os estudantes sobre a importância da economia baixa em carbono.

ClimACT… http://www.climact.net

Estivemos no “Carbono Zero” do Canal S+

A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL) foi convidada do programa Carbono Zero do Canal S+ (posição 125 da NOS), a propósito da sua participação no projeto Interreg Sudoe ClimACT e no programa Jovens Repórteres para o Ambiente.

O Canal S+ apresenta-se como sendo um canal de televisão por cabo dedicado à temática Saúde e Bem-Estar e o programa “Carbono Zero” procura dar destaque a práticas “verdes” adotadas por instituições na área da saúde, seja ao nível da gestão de resíduos, assim como na eficiência energética e outras metodologias que melhorem o desempenho ambiental das instituições.

Na sequência do convite da equipa de produção do programa Carbono Zero (produtora Mediapro), uma equipa de reportagem deslocou-se à ESTeSL para a recolha de testemunhos associados ao projeto Interreg Sudoe ClimACT e ao programa Jovens Repórteres para o Ambiente.

A reportagem contou com a participação do Hugo Silva, estudante do curso de licenciatura em Saúde Ambiental e Jovem Repórter para o Ambiente, um dos elementos dos grupos de trabalho responsáveis pelas várias video-reportagens realizadas no âmbito daquele programa, nomeadamente: “Beatas no chão… NÃO!”, um vídeo para a Litter Less Campaign Litter Less Campaign e o Sistema de Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos do Parque das Nações. Contou ainda com a participaçao de Ana Sabino, dos Serviços de Logística, Ambiente e Segurança e membro da Comissão Baixo Carbono do projeto ClimACT.

Em estúdio esteve Pedro Pena, também ele estudante do curso de licenciatura em Saúde Ambiental e Jovem Repórter para o Ambiente que, em função do artigo O teu plástico não me é estranho, foi um dos selecionados a nível nacional para participar na Missão Rock in Rio, para Jovens Repórteres para o Ambiente, que irá decorrer entre os dias 28 de junho e 1 de julho. Esteve também Vítor Manteigas, docente de Saúde Ambiental e coordenador dos Programas Eco-Escolas e Jovens Repórteres para o Ambiente, assim como coordenador Baixo Carbono no âmbito do projeto Interreg Sudoe ClimACT.

Esta foi mais uma experiência que vem reforçar o trabalho de qualidade que tem vindo a ser desenvolvido na ESTeSL e cujo contributo da Saúde Ambiental é inquestionável, mas cuja participação de toda a comunidade académica tem sido fundamental e a qual agradecemos. Muito obrigado!!

O teu plástico não me é estranho!…

Hoje, a propósito do Dia Mundial do Ambiente, onde o tema é os plásticos e a “poluição plástica”, deixamos aqui o artigo “ironicamente” de opinião, escrito pelos estudantes do curso de licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL), Pedro Pena e Cristiana Costa, que lhes valeu a participação enquanto Jovens Repórteres para o Ambiente na Missão Rock in Rio, que terá lugar entre os dias 28 de junho e 1 de julho, em Lisboa.

Com base nas poucas vivências, na inocência da tenra idade de pouco mais que um século empreendedor, uma noção de realidade irreverente às (novas) normas sociais em vigor: “gastar plástico”.

O plástico!…

São indiscutíveis as vantagens da sua utilização. A hipocrisia não tem limite neste tema devido às “desculpas” que ninguém clama ter para tão grande “problema”, a seus olhos.

Pois bem, um descarte de responsabilidade, e um “punhado” de velhos costumes (e como há “modas” que nunca se perdem), mais fácil é atirar um saco de plástico ao chão, que o separar para fins de reciclagem.

O teu plástico não me é estranho!...

Não julguemos o pobre indivíduo que tão arduamente procurou pela forma mais sensata de se desfazer do produto. Julguemos antes as alterações climáticas! Se não fosse essa “invenção” dos ambientalistas, ninguém reclamaria de ação tão simples e que tão pouco mal faz ao mundo. “Um saco de plástico é só um saco de plástico!”

Tanta poesia numa frase tão simples. Analisemos as metáforas presentes em cada palavra e ignoremos a quantidade de animais extintos, por exemplo. Estes não são nada comparado com a supremacia do Homem! Ignoremos a desertificação, a fome, a dizimação de culturas e o assassinato da verdade. Tudo mentiras! Preferíveis são os interesses do Homem, seguir tendências. Curioso que salvar o mundo do Homem nunca foi tendência. Talvez porque nunca houve necessidade, dizem os eruditos na matéria.

O ignorante ainda diz que é impossível uma ilha de plástico no meio do oceano. Tem toda a razão, até parece que a ida ao espaço alguma vez foi possível! Calúnias! Foquemo-nos no importante, deixemo-nos de atrocidades e preparem-se os “ricos”, que as políticas de sustentabilidade são completamente desnecessárias e poluir é um direito.

(In)feliz do Homem que assim pensa. Que a ironia não sirva de sátira à verdade, mas reforce o bom senso. “Um saco de plástico é só um saco de plástico”. Então que o Homem seja Homem e assuma a sua responsabilidade para com a Natureza que o sustenta.

A Saúde Ambiental na “Vida Verde”

No passado dia 28 de maio, a Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL-IPL) foi tema de conversa no programa Manhãs na TV.

O professor Vítor Manteigas, docente de Saúde Ambiental, coordenador dos Programas Eco-Escolas e Jovens Repórteres para o Ambiente da ESTeSL e Coordenador Baixo Carbono no âmbito do projeto Interreg Sudoe ClimACT, foi convidado a participar a rubrica “Vida Verde” do programa Manhãs na TV da Kuriakos TV, onde fez alusão ao trabalho que tem vindo a ser feito no âmbito da Educação Ambiental para a Sustentabilidade e onde, naturalmente, os estudantes do curso de licenciatura em Saúde Ambiental têm tido um papel de destaque.

Neste “Vida Verde”, para além da apresentação da rubrica, fez-se uma primeira abordagem à problemática dos resíduos plásticos que voltará a ser objeto de atenção numa próxima edição.