Avaliação da exposição a fungos e partículas em explorações avícolas e suinícolas

O estudo “Avaliação da exposição a fungos e partículas em explorações avícolas e suinícolas” entretanto divulgado no site da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) corrobora a mais valia de uma intervenção multidisciplinar e concertada de diversos profissionais no que à avaliação da exposição a fatores de risco ocupacionais diz respeito e onde, naturalmente, a Saúde Ambiental tem um papel relevante.

Avaliação da exposição a fungos e partículas em explorações avícolas e suinícolas

O estudo em causa, financiado parcialmente pela ACT, pretendeu avaliar a contaminação causada por fungos e partículas em sete explorações avícolas e sete explorações suinícolas. Foram ainda adicionados dois objetivos ao estudo, designadamente: (i) aferir a existência de três espécies/estirpes potencialmente patogénicas/toxigénicas com recurso à biologia molecular; e (ii) avaliar a exposição dos trabalhadores à micotoxina aflatoxina B1 por recurso a indicador biológico de exposição.
O estudo foi coordenado pela Doutora Carla Viegas, docente da área científica de Saúde Ambiental da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) em parceria com o Doutor Carlos Silva Santos da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSS) e encontra-se alojado numa das linhas de investigação do Grupo de Investigação em Ambiente e Saúde (GIAS).

Regime de delegação de competências nos municípios e entidades intermunicipais no domínio de funções sociais

Foi publicado hoje o Decreto-Lei n.º 30/2015, de 12 de fevereiro, que estabelece o regime de delegação de competências nos municípios e entidades intermunicipais no domínio de funções sociais, de onde destacamos, naturalmente, as competências no domínio da saúde, onde os colegas licenciados em Saúde Ambiental, a exercer funções enquanto Técnicos de Saúde Ambiental nos Cuidados de Saúde Primários, têm vindo a ter um papel relevante.

Decreto-Lei n.º 30/2015, de 12 de fevereiro Estabelece o regime de delegação de competências nos municípios e entidades intermunicipais no domínio de funções sociais.

No domínio da saúde, são delegáveis nos órgãos dos municípios e das entidades intermunicipais as seguintes competências: a) No âmbito das políticas de saúde: i) Definição da Estratégia Municipal e Intermunicipal de Saúde, devidamente enquadrada no Plano Nacional de Saúde; ii) Gestão dos espaços e definição dos períodos de funcionamento e cobertura assistencial, incluindo o alargamento dos horários de funcionamento das unidades funcionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), no cumprimento das obrigações e limites legalmente estabelecidos; iii) Execução de intervenções de apoio domiciliário, de apoio social a dependentes, e de iniciativas de prevenção da doença e promoção da saúde, no âmbito do Plano Nacional de Saúde; iv) Celebração de acordos com instituições particulares de solidariedade social para intervenções de apoio domiciliário, de apoio social a dependentes, e de iniciativas de prevenção da doença e promoção da saúde, no âmbito do Plano Nacional de Saúde; b) No âmbito da administração da unidade de saúde: i) Gestão dos transportes de utentes e de serviços ao domicílio; ii) Administração de Unidades de Cuidados na Comunidade; c) No âmbito da gestão dos recursos humanos, o recrutamento, a alocação, a gestão, a formação e a avaliação do desempenho dos técnicos superiores, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes técnicos e assistentes operacionais; d) No âmbito da gestão dos recursos financeiros, a elaboração de protocolos de apoio financeiro (mecenato); e) No âmbito da gestão de equipamentos e infraestruturas dos centros de saúde: i) Gestão das infraestruturas dos ACES, designadamente construção, manutenção de edifícios e equipamentos, arranjos exteriores, jardinagem e serviços de limpeza, segurança e vigilância; ii) Gestão dos bens móveis entre as unidades funcionais dos ACES.

International Conference on Food Contaminants (ICFC 2015)

Irá ter lugar nos próximos dias 13 e 14 de abril de 2015, no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa, o International Conference on Food Contaminants (ICFC 2015).

Este evento multidisciplinar, e de acordo com a comissão organizadora, pretende ser um fórum internacional tanto para jovens investigadores como para investigadores seniores, para troca de conhecimentos ao nível dos contaminantes de alimentos e a saúde humana.
International Conference on Food Contaminants ( ICFC2015)

O ICFC 2015 incluirá sessões plenárias garantidas por convidados de renome mundial, para além de sessões para comunicações orais e em poster, cujos resumos tenham sido submetidos (data limite até 13 de fevereiro) e aprovados pela respetiva comissão científica.

Nas diferentes sessões serão abordados temas tendo em conta a evolução do estado da arte em diferentes campos relacionadas com misturas químicas: análise, avaliação da exposição, biodisponibilidade e a toxicidade dos contaminantes alimentares.

Este evento está a ser organizado no âmbito do projecto “MYCOMIX – Exploring the toxic effects of mixtures of mycotoxins in infant food and potential health impact, financiado pela Fundação para a Ciência e tecnologia (PTDC/DTP-FT0/0417/2012; FCT, Portugal).

VIII Jornadas Nacionais sobre Tecnologia e Saúde

Irá ter lugar na Guarda, no próximo dia 17 de abril, as VIII Jornadas Nacionais sobre Tecnologia e Saúde, subordinadas ao tema “Saúde Pública, Cooperação e Inovação”, sendo que o programa contemplará vários eixos temáticos. Este é um evento promovido pelo Instituto Politécnico da Guarda

VIII Jornadas Nacionais sobre Tecnologia e Saúde

A submissão de resumos para comunicações orais ou postéres deverá ser feita até 28 de fevereiro e os trabalhos aceites para as Jornadas, e validados pela Comissão Científica, serão considerados para publicação em número especial da revista científica Egitania Sciencia, editada pelo Instituto Politécnico da Guarda e indexada à Latindex e Copernicus. A isto acresce a atribuição de prémios para “melhor comunicação” e “melhor poster”. Os interessados podem fazer a sua inscrição até ao próximo dia 6 de abril.

Bolsa Fulbright para Investigação em Saúde Pública (2015)

Porque julgamos poder ser de especial interesse para os licenciados em Saúde Ambiental, deixamos aqui a informação relativa à  Bolsa Fulbright para Investigação em Saúde Pública.

A Bolsa Fulbright para Investigação em Saúde Pública tem como objetivo apoiar a realização de projetos de investigação na área da Saúde Pública em universidades ou centros de investigação nos Estados Unidos da América (EUA) e destina-se a estudantes, investigadores e profissionais portugueses.

A bolsa é para estadias de 4 a 9 meses nos EUA e tem como requisitos para a candidatura: licenciatura terminada antes de concorrer à bolsa (média igual ou superior a 14, preferencialmente); concordância com o projeto por parte da instituição norte-americana de acolhimento; e bons conhecimentos de inglês.

O período de candidatura tem início no dia 2 de janeiro de 2015 e termina no dia 30 de janeiro.

Para informações mais completas acerca deste assunto, recomendamos que leiam o Regulamento da Bolsa e as Instruções de Candidatura para que posteriormente possam preencher o formulário de candidatura.

A todos os potenciais interessados, boa sorte!!

A epidemia de Ébola e o surto de Doença dos Legionários

Teve lugar esta tarde, no Anfiteatro da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), entre as 16h00 e as 18h00, uma Flash Conference subordinada ao tema O ano de todos os perigos: “A Epidemia de Ébola e o Surto de Doença dos Legionários”, promovida pelas áreas científicas de Análises Clinicas e Saúde Pública e de Saúde Ambiental da ESTeSL.

FLASH CONFERENCE: O ano de todos os perigos: "A Epidemia de Ébola e o Surto de Doença dos Legionários"

Este foi um evento que contou com a participação do professor Vítor Manteigas (Saúde Ambiental) e da professora Bela Ferreira (Análises Clínicas e Saúde Pública), que fizeram uma abordagem complementar naquilo que diz respeito ao Ébola e à Legionella e, naturalmente, às patologias que lhes estão associadas. Se por um lado o professor Vítor Manteigas enfatizou as questões ambientais que poderão estar na génese de casos e surtos de Doença dos Legionários, aludindo também às medidas de prevenção e controlo, a professora Bela Ferreira abordou as questões associadas ao seu diagnóstico laboratorial, onde o Ébola foi também objeto de atenção. No espaço dedicado ao debate, as questões levantadas recairam essencialmente sobre o papel a desempenhar por cada um dos profissionais (técnicos de Saúde Ambiental e técnicos de Análises clínicas e Saúde Pública) em situações desta natureza e onde se tornou clara a complementaridade da atuação destes profissionais.