Gripe A (H1N1): Comunicado do Director-Geral da Saúde

Face à pertinência do assunto, deixo-vos o Comunicado do Director-Geral da Saúde a propósito do anúncio da Organização Mundial de Saúde da Fase 6 da pandemia da Gripe A (H1N1), o qual pode ser lido no sítio da Direcção-Geral da Saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje, dia 11 de Junho de 2009, a fase 6 da pandemia da nova gripe A(H1N1).

Esta fase indica que a transmissão de gripe na comunidade passou a ser em maior escala, designadamente em países não afectados durante a fase 5.

A passagem à fase 6 da pandemia deve-se à propagação do vírus a nível mundial e não à sua gravidade. Apesar de ter atingido um elevado número de países a nível global, o vírus tem revelado, até à data, baixa virulência.

O início da fase 6, agora anunciado para todo o mundo, não reflecte qualquer alteração imediata na situação epidemiológica de Portugal. Por esta razão, mantêm-se as medidas previstas no plano de contingência, que têm demonstrado ser eficazes.

A diversidade do padrão epidemiológico nos diferentes países poderá justificar a adopção de soluções distintas, de acordo com a realidade de cada país.

As medidas de planeamento, na fase 6, devem centrar-se na coordenação dos recursos multissectoriais, com o objectivo de diminuir os impactos sócio-económicos que, eventualmente, resultarão da extensão da pandemia a Portugal.

Nesta fase, o trabalho deve focar-se na continuidade da operacionalização dos planos de contingência a nível nacional, regional e das instituições, quer do sector público quer privado. Assim, deverá concluir-se a preparação das infra-estruturas e a organização dos recursos humanos e equipamentos necessários no período pandémico.

No Sistema de Saúde deverão ser preparadas todas as medidas relacionadas com a prestação de cuidados, quer em ambulatório quer em internamento, de acordo com as Orientações da DGS.

A evolução da epidemia em Portugal pode ter implicações resultantes de um aumento acentuado do absentismo nos diversos sectores da sociedade e de um excesso de procura dos serviços de saúde. Por isso, as estruturas de saúde, tal como outras instituições, entidades, empresas, bem como os próprios cidadãos têm de estar adequadamente informados e preparados.

Informações sobre a nova gripe A (H1N1), que estão em permanente actualização, nomeadamente todas as Orientações Técnicas, estão acessíveis no microsite da Gripe, em www.dgs.pt.

Este Comunicado deverá, desde já, ser difundido em todas as instituições do Sistema de Saúde.

Em defesa de um ambiente mais limpo e saudável

Em Beja, a Cooperativa Proletário Alentejano iniciou no passado dia 1 de Junho, uma campanha para recolher termómetros de mercúrio, cujos fabrico e comercialização são proibidos desde 1 de Abril deste ano. Em troca, e a custo zero, aquela cooperativa oferece termómetros digitais.
Através da campanha, aberta numa primeira fase aos sócios da cooperativa, os interessados têm que depositar um termómetro de mercúrio num dos dois ecopontos disponíveis na loja de Beja. Em troca recebem gratuitamente um termómetro digital e informação sobre como “promover a saúde pública e, no caso do mercúrio, proteger o ambiente”.
A campanha “Em defesa de um ambiente mais limpo e saudável” prevê entregar 500 termómetros digitais e implicou um “custo associado de cerca de 900 euros”.

Na campanha estão envolvidos alguns alunos do curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Saúde de  Beja, dinamizadores desta acção (ver vídeo). Parabéns!!

Segundo a cooperativa, a campanha é inédita, porque “ainda não está a funcionar em Portugal, junto do cidadão comum, nenhum plano de recolha dos tradicionais medidores de temperatura”, isto “apesar de já ser proibido o fabrico e comercialização de termómetros de mercúrio”, metal líquido “altamente tóxico para o ser humano, no caso de manuseamento, inalação ou ingestão”, e de a legislação portuguesa prever a sua substituição.

ASAE encerra o país

Já fazia algum tempo que a ASAE não era aqui objecto de um post. Para quebrar o jejum, deixo-vos um cartoon de Hermínio Felizardo, que havia guardado para uma ocasião como esta.

ASAE encerra o país!

Depois daqueles que foram os últimos resultados eleitorais, eu diria que se corre mesmo o risco de até às próximas legislativas a ASAE promover o encerramento do país por incumprimento de requisitos higio-sanitários. Se entretanto não o fizer, imediatamente após aquelas eleições será obrigado a fazê-lo pelo facto do país ter provocado um toxinfecção ao actual Primeiro Ministro, Eng.º José Socrates.

Mais cartoons em A ASAE em acção, pelas mãos do RAIM.

Relatório de Primavera 2009

Relatório de Primavera 2009

Foi por correio electrónico que recebi o convite da coordenação do Observatório Português dos Sistemas de Saúde para o lançamento do Relatório de Primavera 2009.

A sessão terá lugar no dia 18 de Junho de 2009, 5ª Feira, das 10h00 às 13h00, na Sala 1 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa e contará com a presença de Sua Excelência a Ministra da Saúde.

Em princípio, dia 18 lá estarei.

Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Costeiras e Interiores

Estão disponíveis a partir de hoje, no sítio da Direcção-Geral da Saúde, para os Delegados Regionais de Saúde/Departamentos de Saúde (só??), os seguintes documentos, ambos de 4 de Junho de 2009:

Circular Normativa nº 06/DA
Assunto: Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Costeiras e de Transição

Circular Normativa nº 07/DA
Assunto: Execução do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares Interiores

Os objectivos destes programas de vigilância são: (i) dotar as autoridades competentes de informação sobre a localização e identificação dos factores de risco existentes ou potenciais, com vista à protecção da saúde das populações; (ii) colaborar com a entidade competente na fixação de normas de qualidade das águas balneares e na classificação das zonas balneares; (iii) e manter a base de dados existente nos nossos serviços com informação actualizada.

Estes são documentos de leitura obrigatória – digo eu! -, porquanto a esta vigilância ainda se irá dar prioridade.

O preço da cidadania em dia de eleições

À margem daquilo que é o blogue, venho aqui falar-vos de algo desconhecido para muitos de vós.

Refiro-me ao preço da cidadania em dia de eleições ou o custo evitável num dia como o de hoje.

Eu sou da opinião de que fazer-se parte de uma mesa de voto é um acto de cidadania. Se já se pensa em tornar obrigatório o voto, porque não tornar obrigatória a presença de um qualquer cidadão nas mesas de voto, quando convocado? Tanto quanto julgo saber, deverão ser os partidos politícos a indicar os elementos que farão parte das mesas de voto, constituídas por cinco elementos (um presidente, um vice-presidente, um secretário e dois escrutinadores). Após a escolha, as convocatórias são enviadas pelas juntas de freguesia para as autarquias que as remetem para os felizardos dos cidadãos a informar da sua selecção para as respectivas mesas de voto.

Não sei se sabem mas os elementos que fazem parte das mesas de voto em dia de eleições têm direito a uma compensação monetária. Fará sentido? Por aquilo que já vos disse, julgo que não! Julgo que o facto de podermos fazer parte de uma qualquer mesa de voto, num qualquer processo eleitoral devesse ser encarado como um verdadeiro acto de cidadania.

Cada um dos cinco constituintes das mesas de voto das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizaram hoje, dia 7 de Junho de 2009, recebeu 80€. Se tivermos em conta que temos cerca de 12500 mesas de voto, isto significa que só para este “peditório”, os contribuintes deram 4 milhões de euros que foram distribuidos pelos “cidadãos” indicados pelos respectivos partidos políticos. Quatro milhões de euros seria o custo evitável num dia como o de hoje se não tivesse sido definido um preço para o exercício da cidadania 

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